PL na Câmara cria programa de incentivo para energia solar

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2952/11, do deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), que institui o Programa de Incentivo ao Aproveitamento da Energia Solar – Prosolar. O projeto autoriza a União a estabelecer metas nacionais de geração de energia solar para 1% do total da matriz elétrica brasileira nos próximos três anos e de 3% em cinco anos. O texto permite ainda que o governo diminua o Imposto sobre Produtos Industrializados de conversores, painéis fotovoltaicos e outros equipamentos do sistema de energia solar até 2016.

Segundo a proposta, os leilões de expansão da matriz elétrica por energias renováveis deverão ser anuais e ter discriminado o percentual a ser atendido por fonte solar. Também há exigência de que as concessionárias e permissionárias de energia elétrica adquiram energia solar de centrais com capacidade instalada de até 3 MW. Outra medida prevista pelo projeto é a isenção das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição incidentes na produção e no consumo da energia comercializada por empreendimentos com base em fonte solar. As tarifas são zeradas por um período de dez anos.

Bornier afirma que o programa contribuirá para um maior aproveitamento da energia solar e para a diversificação da matriz energética. “O Brasil precisa continuar crescendo e diversificando suas fontes de energia. Esse esforço deve ocorrer por meio da busca de fontes renováveis sem impactos ambientais”, analisou. O projeto tramita apensado ao PL 5733/09, que tem caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Minas e Energia; de Desenvolvimento Urbano; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte:http://www.canalenergia.com.br/

PV América 2012- Soluções dinâmicas para a tecnologia fotovoltaica

A PV América 2012 acontecerá entre os dias 19 e 21 de Março em San Jose, Califórnia. O evento pretende reunir mais de 4.000 participantes incluindo fabricantes, instaladores e fornecedores, distribuidores, empresas de engenharia, serviços públicos, representantes de governos e formuladores de políticas, investidores e financiadores, arquitetos, construtores e incorporadores.

Para mais informações:http://www.pvamericaexpo.com/west/

UE inaugura unidade de miniprodução de energia

A Universidade de Évora inaugurou um sistema pioneiro em Portugal de miniprodução de energia no Colégio dos Leões. A instalação consiste na injeção de energia elétrica produzida por um sistema solar fotovoltaico produzido em Portugal e tem uma potência de 60kW.

O sistema solar fotovoltaico, que converte a radiação solar em energia, pretende compensar os gastos avultados em energia, foi integrado na arquitetura do edifício do Colégio dos Leões e concebido pela empresa Lobosolar e por ex-alunos da Universidade, que colocam em prática a teoria aprendida nas salas de aula.

As energias renováveis são uma forte aposta da Universidade de Évora, que lançou a primeira licenciatura nesta área, desenvolve mestrados em parceria com as Universidades da Extremadura e de Huelva e criou recentemente o Instituto Português de energia Solar, em parceria com 20 outras entidades e empresas.

Fonte:http://www.ueline.uevora.pt

Cohab alerta sobre venda de aquecedor solar no Vista Bela

Vender o equipamento é prejuízo certo e família pode ser excluída de benefícios

A Companhia de Habitação de Londrina (Cohab-LD) está em alerta para evitar a venda dos equipamentos de aquecimento solar instalados nas 1.272 casas do Residencial Vista Bela (zona norte). Por enquanto, a Cohab afirma não ter casos de que algum aquecedor tenha sido retirado. Mas, diante do tamanho do residencial, a companhia acredita que é uma questão de tempo. “É o que ocorreu em várias cidades do País”, diz o presidente da companhia, João Verçosa. No comércio, o aquecedor solar é vendido por até R$ 3 mil.

No Residencial, várias famílias ainda têm dúvidas sobre como utilizar adequadamente o sistema de aquecimento. Quem entendeu o equipamento – formado por uma placa solar e um boiler onde a água permanece em aquecimento – vê as contas de luz despencar. “Bom demais. Tinha que ter é em todo lugar”, opina o desempregado Sidval Moreira, que mora com a esposa e dois filhos pequenos no Vista Bela e pelo segundo mês paga contas de energia entre R$ 10 e R$ 15 mensais. A família está inscrita em programas de baixa renda na Copel, que também ajudam a quase ‘zerar’ a fatura.

Na casa da aposentada Maria de Fátima, 56, “ninguém explicou nada”, conta ela – mas a família se virou para entender o sistema. “Falta aprender a regular melhor porque chega até a queimar a gente”, diz – a água superquente foi atestada pela reportagem. A conta da família ficou em R$ 65,26 – sem inscrição nos programas de baixa renda – e certamente seria acrescida em mais R$ 40, se o aquecedor solar não existisse.

“As famílias não podem perder o equipamento porque o chuveiro elétrico sempre foi o vilão da conta de luz”, reforça João Verçosa. “Vender ou estragar o aquecedor é prejuízo certo: pode aumentar os gastos com energia da casa e fazer com que a família seja excluída dos benefícios reservados para pessoas de baixa renda”, argumenta o presidente da Cohab. Verçosa afirma que a empresa Gelt, fabricante dos aquecedores, fez demonstrações de como usar o sistema e dá garantia para o equipamento em caso de problemas.

Os moradores podem procurar a própria construtora no local do empreendimento ou fazer uma denúncia à Cohab, caso haja recusa da manutenção ou ajuste do equipamento.

Fonte:http://www.jornaldelondrina.com.br

O mercado elege o Sol

A indústria nacional de coletores solares para aquecimento de água deve fechar as contas de 2011 com 1,104 mil m2 comercializados. Se oficializado, o montante é 136 mil m2 inferior ao que se previa para o exercício, mas mantém o Brasil em posição de destaque nesse mercado, segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE).

Mesmo abaixo da meta, um desempenho preliminar de 14,2% em relação a 2010 garante montante acumulado de 7,3 milhões/m2 de placas. O país ocupa oficialmente o 7º lugar, logo atrás do Japão, no mais recente ranking mundial elaborado pela Agência Internacional de Energia (AIE).

O levantamento é de 2011, mas trabalha com dados de 2009, quando o Brasil tinha 5,2 milhões/m2 instalados. Para se ter uma ideia, os Estados Unidos tinham 20,4 milhões/m2 e a Alemanha, 12,6 milhões/m2, 2º e 3º colocados, respectivamente. A líder China tinha estratosféricos 145 milhões/m2 de coletores, cerca de 59% da base mundial instalada.

Sem subsídios

Com crescimento médio na casa de dois dígitos – entre 15% e 20% –, a indústria nacional busca avançar mais rapidamente. Quer chegar a 15 milhões/m2 instalados por volta de 2015, pouco mais do que possuía a Alemanha em 2009.

Pegou carona em programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, e trabalha na defesa de legislação de incentivo, sobretudo ante prefeituras de grandes metrópoles. Conta ainda com empurrão dos projetos de eficiência energética desenvolvidos por distribuidoras de energia. Mas chegou à posição em que se encontra graças à demanda natural do mercado. E sem depender de subsídios.

A distribuição das vendas no primeiro semestre, de acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), mostra que 59% dos negócios foram fechados em razão do interesse espontâneo do consumidor residencial das classes média e alta, principalmente no Sudeste, onde se concentram 80,3% dos negócios. Na sequência aparecem indústria, comércio e serviços, com 24%. Programas habitacionais contribuem com 18%.

Os custos crescentes dos energéticos tradicionais, somados a uma consciência mais madura em relação às questões ambientais, vêm ajudando a tomada de decisão em favor do aquecimento solar.

“O prazo de payback está ficando menor”, avalia Marcelo Mesquita, gestor do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol), da Abrava.

Ele cita o caso de Belo Horizonte (MG), onde o setor imobiliário já se deu conta de que unidades novas equipadas com coletores têm a preferência do mercado. Também são mais fáceis de revender. “Em Guarulhos (SP), por exemplo, a prefeitura oferece desconto no IPTU a quem fizer opção pelo aquecimento solar.”

Qualidade

A indústria tem fôlego para crescer. Com algo em torno de 200 fabricantes que, de acordo com dados extraoficiais, faturam por volta de R$ 500 milhões anuais, a atual produção de 1,2 milhão/m2 pode ser triplicada, simplesmente a partir da adoção de mais turnos de trabalho.

O setor aguarda uma sinalização mais efetiva do governo federal em relação ao ritmo de continuidade do programa Minha Casa Minha Vida, em compasso de espera desde o início do governo Dilma. A demora em retomar o programa pode comprometer a chegada à meta de 15 milhões/m2 em meados da década, estimada pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), responsável pelos estudos que escolheram o aquecimento solar como alternativa de sustentabilidade para o programa.

A qualidade dos equipamentos tende a melhorar. Ainda voluntária, a etiquetagem passará a ser compulsória. O Inmetro está cuidando do processo. Em breve um novo regulamento seguirá para consulta pública. Concluída essa etapa, prevê-se dois anos para que os fabricantes se adaptem às regras.

Quem optou pela etiquetagem voluntária, aumentou a eficiência (kWh/mês/m2) dos equipamentos em 9,6% e reduziu as perdas térmicas em 28,6%, em média, de acordo com dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).

Fonte:http://rotaenergia.wordpress.com/

Empresa da África do Sul encomenda projeto de torre solar

Sasol contrata BrightSource para encontrar tecnologia mais adequada à geração pela fonte no país

A companhia sul-africana Sasol, que atua nos setores de energia e química, contratou um estudo de engenharia e design com o objetivo de encontrar o melhor uso para a tecnologia de geração por meio de energia torressolar concentrada (CSP) no país. Pelo acordo, a BrightSource e sua parceira, a francesa Alstom, vão fazer o levantamento, que é considerado um passo crítico no desenvolvimento de empreendimentos da fonte.

“A África do Sul é abençoada com abundância de uma fonte de energia natural, a forma da luz do sol. Esse projeto CSP tem potencial de expandir significativamente o portfolio da Sasol em energia e contribuir na transição do país para uma economia de baixo carbono”, comenta o diretor administrativo da Sasol New Energy, Henri Loubser.

O presidente e CEO da BrightSource, John Woolard, afirma que a seleção da empresa pela Sasol significa um marco na expansão dos sistemas termossolares. Para a companhia, o mundo passa por um processo de revisão nas tecnologias ligadas à energia solar. “A África do Sul representa um mercado ideal para nossa tecnologia térmica. A Sasol é líder em inovação em energia e um parceiro natural na medida em que ajudamos o país a atender sua crescente demanda por geração limpa, eficaz e confiável”, comemora.

A tecnologia da BrighSource combina equipamentos comuns, como turbinas movidas a calor, com o uso do sol. Os projetos utilizam espelhos controlados por software, chamados heliostatos, para refletir a luz até o topo de uma torre, em que a alta temperatura e pressão são convertidos em energia. A empresa destaca que recentemente iniciou a instalação de um sistema do tipo para a Chevron na Califórnia, com previsão de entrega em 2013.

Fonte: Jornal da Energia

Especialista defende a "química verde"

Plásticos poderiam ser produzidos a partir de matérias-primas vegetais e se decompor mais rapidamente, diz o químico Uwe Lahl. Indústria diz que a “química verde” é difícil de ser implementada em larga escala.

Entre os ambientalistas alemães, a indústria química não tem mais a má reputação que tinha há 20 anos. A bancada do Partido Verde no Parlamento, por exemplo, afirmou em 2009 que sem a química a civilização seria impossível e que a indústria química é um importante motor da economia alemã.

Mas os verdes também esperam que indústria química impulsione de forma decisiva a proteção ambiental, por exemplo usando em grande quantidade plástico biodegradável.

Química verde

“Sem a indústria química, a União Europeia não conseguirá atingir a meta climática de reduzir em 80% suas emissões de CO2 até 2050”, declara o químico Uwe Lahl, que durante oito anos trabalhou no Ministério alemão do Meio Ambiente e é um dos mentores da “química verde” na Alemanha.

No estudo intitulado Going green: Chemie (química mais verde, na tradução livre do inglês e do alemão), ele expôs para a Fundação Heinrich Böll o que uma indústria química sustentável pode fazer diferente do que se faz hoje.

Ele defende, por exemplo, o uso obrigatório de plásticos que se decomponham em pouco tempo. “Por que uma embalagem deve permanecer mais de cem anos no meio ambiente?”, questiona Lahl. Por isso deveria haver uma lei limitando o tempo que uma embalagem deve durar.

#b#Além disso, a reciclagem do plástico deveria ser mais fácil. “Deve ser possível decompor plástico usado e recompô-lo novamente sem perda de qualidade”, diz o químico.

A principal meta de Lahl é reduzir significativamente o consumo de energia e matéria-prima por parte da indústria química. Além disso, a indústria química deve tornar seus processos mais eficientes por meio de catalisadores, utilizar mais a energia solar, produzir produtos químicos básicos a partir de matérias-primas como talos de milho ou restos de madeira e utilizar bactérias e levedura em refinarias.

#b#”Já em 2050 mais de 80% dos produtos químicos poderiam ser derivados de recursos renováveis”, sustenta o químico. Hoje, cerca de 10% da matéria-prima que as indústrias químicas alemãs usam vêm de plantas e árvores. Ela é usada principalmente em produtos como cola e tensoativos para detergentes.

Ceticismo na indústria

A Associação das Indústrias Químicas da Alemanha (VCI, na sigla original) diz que as ideias de Lahl são utópicas. Produtos químicos básicos, como o éter, podem até ser produzidos em laboratório a partir de açúcar ou celulose, mas isso não é economicamente viável, afirma o diretor-gerente da VCI, Utz Tillmann.

Além disso, a biomassa não pode substituir o petróleo em larga escala, diz Tillmann. Um exemplo: uma empresa com instalações modernas pode produzir mais de 800 mil toneladas de éter a partir do petróleo. Para obter a mesma quantidade a partir da cana-de-açúcar brasileira, seria necessário plantar uma área de 2.200 quilômetros quadrados, aproximadamente o tamanho de Luxemburgo. Para a produção do éter a partir da madeira, a área teria de ser ainda maior.

O químico Uwe Lahl não concorda com esses cálculos. Segundo ele, uma área de cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente o território do México, bastaria para produzir matéria-prima renovável para a indústria química mundial. Ainda segundo ele, não haveria conflito com a produção de alimentos.

#b#Atualmente são cultivados cerca de 15 milhões de quilômetros quadrados para a produção de alimentos e ração animal. Cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados foram abandonados nos últimos anos devido à falta de lucro ou ao mal gerenciamento. Com uma política de uso racional da terra, haveria área suficiente para tudo, afirma Lahl.

Uso da biomassa

Ele concorda que um processo de mudança da matéria-prima utilizada pela indústria química requer tempo e ainda exige muita pesquisa nos laboratórios das universidades e das empresas.

Mas ele também aguarda sinais do governo, principalmente em relação ao uso de biomassa (por exemplo cana-de-açúcar e outros vegetais) para fins energéticos. Na opinião dele, a biomassa deveria ser prioritariamente usada para produção de plástico e não de combustíveis.

Ele lembra que o elemento químico carbono é essencial na produção de plásticos e outros produtos químicos. Já a energia também pode ser produzida a partir do vento, do sol, da água ou do calor do planeta. Por isso ele exige uma revisão de prioridades, para que a biomassa seja utilizada preferencialmente pela indústria química.

Autor: Ralph Heinrich Ahrens (mas)
Revisão: Alexandre Schossler