Reino Unido – Indústria e universidade começam a definir o curso do armazenamento de energia

O armazenamento de energia é um dos pilares da nova revolução industrial.

No Reino Unido foi lançado o programa SUPERGEN Energy Storage Hub que vai colocar especialistas de sete universidades e 14 parceiros industriais e governamentais para debater e enfrentar os desafios técnicos e científicos voltados para a grande variedade de técnicas de armazenamento de energia.

Liderada pelo professor Peter Bruce FRS, com base na Universidade de Oxford, o Hub irá desenvolver uma visão compartilhada e o primeiro roteiro nacional integrado para armazenamento de energia no Reino Unido.

“O armazenamento de energia é mais importante hoje do que em qualquer outro momento da história da humanidade”, diz o professor Bruce. ‘Ele tem um papel vital a desempenhar no armazenamento de eletricidade a partir de fontes renováveis e é fundamental para a eletrificação limpa do transporte e mobilidade urbana. ”

‘O SUPERGEN Hub trabalhará com a indústria, governo e com sistema de ensino para melhorar o desempenho de dispositivos eletroquímicos, mecânicos e térmicos, desenvolverá e testará novos materiais e otimizará processos termodinâmicos, “continua o professor Bruce.

‘O desenvolvimento de tecnologias e infra-estrutura de armazenamento de energia eficientes é fundamental para descarbonizar a economia e fortalecer qualquer sistema de energia com segurança “, diz Philip Nelson, CEO da EPSRC(Engineering and Physical Sciences Research Council). “Trabalhando com a indústria, este novo SUPERGEN Hub irá mover o Reino Unido para mais perto de onde ele precisa estar para um futuro mais seguro e sustentável.”

Adaptado de http://www.renewableenergyfocus.com/

Mercado de energia solar japonês continua expansão

Quando o Japão anunciou suas tarifas feed-in de incentivo para a instalação de sistemas solares fotovoltaicos houve uma preocupação inicial devido ao alto valor do incentivo (em uma comparação com a média internacional) que poderia levar a um mercado oscilante de altos e baixos, mas o mercado japonês continua firme e crescendo.

De acordo com os números oficiais publicados pelo Ministério da Economia , o Japão tinha cerca de 5,6 GW de capacidade fotovoltaica instalada quando as novas tarifas feed-in entraram em vigor em 1 de Julho de 2012. Em 2013, cerca de 1,7 GW solares foram adicionados à matriz mas o mercado explodiu no ano fiscal atual com mais de 5,7 GW instalados até o momento. Na verdade, praticamente a única coisa que os japoneses estão construindo é energia solar fotovoltaica. Apenas para comparar com a energia eólica que se complementa muito bem com a energia fotovoltaica, partindo de 2,6 GW, foram adicionados 63 MW em 2013 e apenas 11 MW eólicos em 2014.

Ainda considerando que parques eólicos levam mais tempo para serem construídos serem construídos, o pipeline atual de projetos revela que o foco distorcido em solar fotovoltaico permanece: dos 33,2 GW aprovados para construção, 31 GW são solares e este desequilíbrio deve receber maior atenção pois deve-se assegurar uma grande participação das fontes renováveis ​​na oferta de energia e portanto eólica e solar devem andar mais próximas.

A necessária, sensata e repentina parada de mais de 50 reatores nucleares do Japão levou a um rápido aumento da dependência dos combustíveis fósseis, que têm de ser importados, mas cada vez mais o Japão está reagindo. A metade da energia nuclear desativada foi substituída pela eficiência energética e a energia solar e a eólica podem e já estão fazendo diferença para começar a cobrir algumas das lacunas. Para lidar com a perda rápida da capacidade de geração, o Japão precisava de soluções rápidas, ágeis e modulares do século 21. Isso significa eficiência energética e de energia limpa e distribuída. Apesar dos grandes obstáculos para a implantação dessas soluções – principalmente devido a uma completa ausência de políticas de energia renovável antes de Fukushima – a energia solar cresceu muito no país, explodindo as previsões anteriores.

Adaptado de http://www.renewablesinternational.net/

Conferência debate implantação de sistemas de energia inteligente no Brasil

A importância da implantação de sistemas de energia inteligente no Brasil é o tema abordado na Conferência Internacional de Energias Inteligentes, aberta nesta quarta-feira (07), em Curitiba. Voltado para profissionais do setor elétrico e de áreas relacionadas à Smart Energy, o evento segue até esta sexta-feira (09) com palestras de especialistas do setor elétrico e apresentações de cases nacionais e internacionais.

“As perspectivas de resultados positivos para o Paraná com a disseminação do uso e geração de energia por fontes renováveis, em meio à mudança de um modelo de distribuição de energia unidirecional para bidirecional, são muito promissoras e devem compor um projeto estratégico de governo”, disse o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, na abertura do evento.

A conferência é uma das ações do Programa Smart Energy Paraná, criado oficialmente em setembro de 2013. O programa é formado por um Comitê Gestor multissetorial, constituído por representantes do governo, do setor empresarial e das universidades para concentrar esforços no desenvolvimento de novas tecnologias no uso e distribuição da energia.

Vinculado ao Programa Paraná Inovador, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Projeto Smart Energy Paraná tem como meta promover a adequação da rede de energia elétrica convencional em rede inteligente e a disseminação da geração distribuída por fontes de energias renováveis e, também, incentivar modelos de aplicação para a eficiência energética. Outro objetivo é desenvolver competências locais neste tema e sensibilizar e educar a sociedade na utilização dessas novas tecnologias.

À frente da Secretaria Executiva do Comitê Gestor, Júlio Felix, diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), ressaltou que o Estado está na dianteira quanto ao desenvolvimento de tecnologias para o uso mais eficiente da energia. “O evento mostra a disposição do Paraná em realizar trabalhos em conjunto, com entidades públicas, privadas e da academia, por um objetivo único”.

“A conferência debate o futuro da energia no país, com o Estado se propondo a liderar o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção e distribuição da energia”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele lembrou que a demanda por energia será cada vez maior no futuro e a busca por eficiência no setor é fundamental para suprir essa necessidade. “A sociedade nos cobra cada vez mais rapidez nas soluções para os problemas e a conferência mostra o trabalho do Estado para apresentar novos projetos na área”, explicou.

DESAFIOS – Após a abertura da conferência, Claudio Lima, consultor do Programa de Redes Elétricas Inteligentes – Smart Grid, do Governo Federal, fez palestra com o tema “Smart Communities no contexto de smart grid e geração distribuída”. Ele falou sobre o desafio de adaptar a rede para um modelo que entenda que casas e prédios também vão produzir energia. “A geração distribuída é o futuro. Cada residência e prédio vai poder gerar a própria energia. Por isso, precisamos preparar nossas redes, deixando-as mais modernas e automatizadas para receber também a energia gerada por cada unidade. O conceito de smart community é cada casa gerando sua energia em rede, tornando a cidade mais inteligente no uso e distribuição”, explicou.

PROGRAMAÇÃO – No período da manhã desta quinta-feira (08), a conferência contou com um painel sobre geração distribuída e energia solar com palestras de Cícero Bley Junior, da Itaipu Binacional; Jair Urbanetz da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTPFR), e Carsten Tschamber, da empresa alemã Solar Cluster Baden-Württemberg. Também aconteceram mesas-redondas para debater a infraestrutura compartilhada e aspectos regulatórios em geração distribuída e smart grid, com representantes da Copel, Compagás, Sanepar, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e Instituto Lactec.

A programação da tarde inclui diversos painéis para discutir perspectivas em geração distribuída, smart grid, cogeração e a apresentção de trabalhos que podem ser ou já são desenvolvidos em centros de pesquisas. Entre os palestrantes estão Nelson Fonseca Leite, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Carlos Frees ,da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Márcio Spinosa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Filipe Cassapo, do (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai – Centro Internacional de Inovação).

Para encerrar o dia, haverá um painel empresarial sobre financiamento e viabilização de projetos e potencial de mercado com palestras de Elson Teixeira, da Fomento Paraná, Thomas Eggers, da Schmid Group, e Claudio Dantas de Oliveira ,da Schneider Electric.

A Conferência Internacional de Energias Inteligentes é promovida pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), com realização da Paraná Metrologia. O evento acontece no Centro de Exposições Horácio Sabino Coimbra, do Sistema Fiep, na Avenida Comendador Franco, 1341, no Jardim Botânico, em Curitiba. Confira a programação completa no site smartenergy.org.br.

Fonte:http://www.aen.pr.gov.br

Mineirão será primeiro estádio de Copa do Mundo a usar energia solar

O Mineirão irá entrar para história no dia 14 de junho. No dia do jogo entre Colômbia e Grécia pela Copa do Mundo, irá se tornar o primeiro estádio a sediar uma partida do Mundial com uma usina solar em pleno funcionamento. Após muitos meses de teste, a Usina Solar Fotovoltaica (USF) do Mineirão está em plena atividade, sendo capaz de produzir energia suficiente para abastecer 1.200 residências. Energia essa que é direcionada para o sistema de distribuição da concessionária que fornece energia para Minas Gerais (Cemig). Por contrato, somente 10% é utilizada no Mineirão – os outros 90% da energia produzida são distribuídos pelo estado.

A produção de energia, no entanto, não transforma o estádio em autossustentável, já que a produção de energia se dá durante o dia e é escoada para o sistema geral de distribuição de Minas. E também porque o Mineirão tem direito a apenas 10% da produção. Mas segundo o gerente de tecnologia da administradora do Mineirão, Otávio Góes, a medida faz parte de um conjuntos de ações para transformar o estádio em sustentável.

– A participação da Minas Arena (concessionária que administra o estádio) foi importante primeiro, pelo conhecimento da nova tecnologia, e também por fazer parte da proposta do eixo, de tornar o estádio em sustentável, e inseri-lo na linha verde. Junto com reaproveitamento de água da chuva e o tratamento de resíduos, a gente busca junto aos órgãos, os selos de sustentabilidade. Pois esses selos são reconhecidos mundialmente – garantiu.

As placas que captam a energia solar estão instaladas na cobertura do Mineirão e foram dispostas de forma a não interferir na fachada do estádio, que é tombado pelo patrimônio histórico. As obras aconteceram em simultaneidade com as do Mineirão.

De acordo com Alexandre Bueno, diretor da concessionária de energia, o investimento faz parte de uma série para garantir o fornecimento de energia para Minas Gerais durante a Copa do Mundo.

– Estamos investindo em infraestrutura na energia, para que a Copa ocorra de forma tranquila, sem riscos de falta de energia durante a execução do evento. E após o evento, esse investimento ficará para a população da capita mineira nos próximos ano – informou.

Fonte:http://globoesporte.globo.com/

Avanço da energia solar no Brasil

A demanda por energias renováveis cresce de forma exponencial em todo o mundo em função das pressões ambientais motivadas, principalmente, pelas preocupações quanto ao aquecimento global. No Brasil, a captação de energia solar fotovoltaica e termossolar é uma alternativa de grande valia para o país, uma vez que as características geográficas – banhado pelo sol praticamente o ano todo – privilegiam essa alternativa.

Para contextualizar esse argumento, é importante dizer que, no Brasil, cerca de 85% da energia elétrica consumida vem de fontes renováveis. As hidrelétricas representam 77% desse total, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. O número revela que o país ainda precisa avançar na diversificação da matriz energética, hoje dependente das hidrelétricas e termelétricas, tornando-se vulnerável aos apagões, já conhecidos por aqui.

Diante dessa necessidade, o mercado de energia solar na América Latina torna-se promissor, em função do reconhecimento dos países sobre o importante papel da energia solar como fonte de energia para o futuro. Aliás, muitos desses países planejam ou já estabeleceram incentivos para estimular este mercado, inclusive o Brasil.

Em 2012, por exemplo, o país regulamentou um desconto de 80% nas tarifas de transmissão e distribuição para projetos de energia solar em grande escala. No mesmo ano, foi instituído o sistema de compensação de energia elétrica para incentivar o mercado de geração distribuída, estratégico para o setor solar. Outra boa notícia para este mercado é a perspectiva de o primeiro leilão federal específico de energia solar no Brasil ser realizado ainda este ano.

Em paralelo ao leilão, alguns estados brasileiros se movimentam para tornar a utilização da energia elétrica solar uma realidade. O Ceará conta com a primeira usina de 1 MW baseado na fonte solar fotovoltaica, em Tauá, no interior do estado, e ainda aguarda a efetivação de um fundo que irá incentivar a venda de energia gerada pela usina.

Já Pernambuco, em 2013, saiu na frente com o primeiro leilão de energia solar no país e contratou, por meio do governo local 122,8 MW de capacidade instalada oriunda da fonte solar fotovoltaica, com um preço médio da energia negociada de R$ 228,63 por MWh.

Em 2014, o governo do Estado de São Paulo isentou do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) bens e equipamentos usados na geração de energia por meio de fontes renováveis, incluindo energia solar. Por meio dessas e outras iniciativas, o Governo Paulista pretende atingir 69% de participação de fontes renováveis em sua matriz energética até 2020.

Os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Tocantins e Piauí, que possuem grande potencial para a rápida disseminação da energia solar – em função da elevada tarifa de energia elétrica e a grande incidência de sol durante todo o ano – também englobam a lista de localidades onde a questão já é trabalhada de forma mais intensa.

O Brasil, com um enorme mercado interno potencial, desponta como o país da América Latina com a melhor perspectiva para esse segmento no longo prazo. No curto prazo, o destaque fica para o Chile, que avança cada vez mais em seu potencial. Já o México tornou-se um mercado promissor em energia solar, somando mais de 300 MW de projetos desta fonte em construção.

Semelhante ao Chile, o México tem entraves específicos sobre a rede elétrica e a energia solar é competitiva em mercados spot. O país também conta com contratos externos de fornecimento de energia, o que acirra a competição, assim como os investimentos em energia eólica.

Para promover e estimular as tecnologias e ampliar as aplicações desse tipo de geração de energia no Brasil, a cidade de São Paulo sedia a exposição e conferência Intersolar South America. O evento receberá, de 26 a 28 de agosto, no Expo Center Norte, empresas e profissionais do setor de energia solar para debater as tendências, estabelecer contatos e trocar informações sobre os desenvolvimentos tecnológicos deste mercado, métodos de produção eficientes, financiamento e planejamento de projetos, apresentar soluções tecnológicas, entre outros assuntos.

Chegou o momento de a energia solar despontar também no Brasil. Está provado que existe interesse em difundir a energia solar por aqui. Há demanda, receptividade da população e, o mais importante, vontade política para estimular este mercado, o que elevará o país a um patamar de destaque neste setor no mundo.

(Mônica Carpenter, diretora da Aranda Eventos, empresa co-organizadora da Intersolar South America)

Fonte:http://www.dm.com.br

Cônsul francês inaugura equipamentos de energia fotovoltaica em Rancharia

A prefeitura de Rancharia, juntamente com representantes do consulado francês no Brasil, inaugura às 10h dessa segunda-feira (5) um projeto experimental de microgeração de energia elétrica através da energia solar – fotovoltaica. O cônsul geral da França em São Paulo, Damien Loras, participa do evento. Com equipamentos doados pela França, o projeto teve início em 2012. No total foram instalados 24 painéis com 60 células de silício cada um, em dois locais de Rancharia, no laticínio do Colégio Agrícola e no almoxarifado da prefeitura. Tanto o laticínio quanto o almoxarifado receberam painéis que têm uma
potência instalada de 3 Kw.

No laticínio, toda a produção é utilizada para abastecer o consumo de uma geladeira, dois computadores, nove lâmpadas fluorescentes e ainda um tanque para resfriamento de leite com capacidade de mil litros. No almoxarifado da prefeitura, toda a energia produzida é injetada diretamente na rede de distribuição da Vale do Paranapanema. A energia gerada pelos painéis solares passa por um inversor de frequência e é injetada na rede elétrica.

O projeto conta com a liderança de uma consultoria francesa especializada em infraestrutura, do Ministério da Economia, Finanças e Indústria da França.

Além do cônsul, também estarão presentes no evento o chefe do serviço econômico da embaixada da França do Brasil, Antoine Chéry, o cônsul econômico da França em Sâo Paulo, Vicent Marinet e representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Secretaria de Energia do Estado de São Paulo.
Parceria

Os equipamentos foram utilizados em um estudo inédito de viabilidade técnica e econômica, desenvolvido em 2013. Os resultados deste estudo atestam a alta performance dos painéis fotovoltaicos e do sistema de monitoramento franceses, estando em consonância com a declaração de intenção de cooperação tecnológica e industrial entre o Brasil e a França no setor de energia solar, assinado em 11 de dezembro de 2012 na visita da presidente Dilma Roussef à Paris.

O estudo é financiado pela Direção Geral do Tesouro da França, com investimento em torno de 420.000 Euros (R$ 1, 135 milhão), no escopo do Fundo de Estudo e Auxílio ao Setor Privado (Fasep). O estudo é conduzido pelo escritório de consultoria Compagnie Européenne d’Intelligence Stratégique (Cesi) e pelo Commissariat à l’Énergie Atomique et aux Energies Alternatives (CEA), por meio de seu instituto especializado (Ines).

Resultados

Do ponto de vista da viabilidade econômica, foram identificados vários grupos que podem se beneficiar de equipamentos de geração de energia fotovoltaica, destinados tanto ao uso doméstico quanto ao comercial, especialmente em comunidades com difícil acesso a redes elétricas, no primeiro caso, e em estabelecimentos com consumo intensivo de energia, no segundo caso. A finalidade do projeto, é realizar estudos de viabilidade técnica e econômica com o objetivo de instalar
uma fábrica de módulos fotovoltaicos no Brasil, a partir da purificação do silício brasileiro.

Fonte:http://www.ifronteira.com

Energia solar transforma CO2 em combustível para aviões

Pesquisadores europeus demonstraram a viabilidade técnica de um novo processo que converte CO2 em combustível para aviões usando energia solar.

A energia solar é concentrada e usada para aquecer um reator onde é produzido o material intermediário do processo.

“Com esta primeira prova de conceito de um ‘querosene solar’, o projeto Solar-Jet deu um grande passo rumo a combustíveis verdadeiramente sustentáveis no futuro, com matérias-primas virtualmente ilimitadas,” disse o Dr. Andreas Sizmann, coordenador do projeto, que congrega várias universidades e empresas.

A demonstração envolveu uma tecnologia de processo que usa a luz solar concentrada para converter dióxido de carbono e água para o chamado gás de síntese.

Outros experimentos em menor escala já haviam usado a energia solar para produzir combustível para carros, uma área de pesquisas também conhecida como combustão reversa.

Isto é feito por meio de um ciclo redox que usa óxidos metálicos a temperaturas elevadas. A ideia é usar a energia termossolar para que o processo não dependa da queima de combustíveis fósseis para o aquecimento dos fornos.

“A tecnologia de reator solar apresenta uma transferência de calor por radiação otimizada e uma cinética de reação rápida, que são cruciais para maximizar a eficiência de conversão de energia solar para combustível,” disse o professor Aldo Steinfeld, do instituto ETH, na Suíça.

Gás de síntese

O gás de síntese produzido pelo reator solar – uma mistura de hidrogênio e monóxido de carbono – é depois convertido em querosene de aviação usando o processo Fischer-Tropsch tradicional.

Embora o ciclo redox acionado por energia termossolar para a produção de gás de síntese ainda esteja nos estágios iniciais de desenvolvimento, o processamento de gás de síntese para obtenção do querosene já está sendo implantado por empresas em escala global.

Além disso, o querosene obtido pelo processo Fischer-Tropsch já está aprovado para uso pela aviação comercial.

Na próxima fase do projeto, a equipe pretende otimizar o reator solar e avaliar o potencial técnico-econômico de implementação da tecnologia em escala industrial.

Veja o vídeo do processo clicando aqui

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/

Projeto Green Silicon, de energia solar, será apresentado em Curitiba

Em agosto, deve terminar a fase de estudo de viabilidade do projeto Green Silicon – ou Silício Verde -, que tem o objetivo de reunir competências para o domínio da tecnologia de industrialização do silício e a implantação, no Brasil e no Paraguai, da cadeia produtiva da energia solar. Uma parceria entre a Itaipu Binacional e a FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), o projeto será apresentado pelo superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Jayme Bley Júnior, na Conferência Internacional de Energias Inteligentes – Smart Energy Paraná 2014, que ocorrerá em Curitiba, de 7 a 9 de maio. O evento é promovido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Seti e o Instituto de Tecnologia do Paraná – Tecpar, com realização da Paraná Metrologia.

“A energia solar será a maior fonte de energia do planeta nos próximos 50 anos”, afirma Bley Jr. “Trata-se, obviamente, de uma energia renovável e países tropicais como o Brasil, que tem 2,5 vezes mais irradiação solar do que países de clima frio, podem ter mais eficiência em converter a energia do sol em energia elétrica e, com isso, superarem a crise energética internacional que se avizinha – e suas consequências ambientais – devido ao esgotamento das fontes fósseis.”

Ele explica que, apesar de o Brasil produzir 280 mil toneladas por ano de quartzo de alta pureza, que é a matéria prima do silício usado em painéis fotovoltaicos, toda essa produção é exportada em pedras para países que a processam. “Extraem-se os minerais finitos aqui que agregam valor econômico lá. O Brasil, embora ofereça a base para a indústria fotovoltaica, está fora da geopolítica internacional da área”, diz.

De acordo com Bley Jr., o Green Silicon pretende trabalhar 18 mil toneladas de quartzo por ano e, a partir de um sistema industrial integrado, ir do quartzo ao silício grau metalúrgico e solar, passando pelo processamento de lingotes, wafers, células até painéis solares, sendo estes na ordem de 636 MW/ano, quase uma turbina de Itaipu por ano.

Desenvolvimento econômico para o Paraná
O projeto Green Silicon exige uma disponibilidade de 74 MW de potência, o que, na América do Sul, somente a Itaipu, por ser binacional, pode viabilizar. Bley Jr. conta que serão necessários investimentos em torno de 1 bilhão de euros, mais de 3 bilhões de reais, além da formação de um complexo industrial integrado que demandará uma extensa rede de fornecedores de insumos, como vidros, cabos, plásticos, painéis, inversores, etc. “É uma cadeia de suprimentos que se instala no estado, com consequências muito positivas para o desenvolvimento econômico geral, mais intensamente para oeste do Paraná”, conta.

Com o final do estudo de viabilidade do projeto, em agosto desde ano, será convocado um private equity com investidores brasileiros e paraguaios para constituir uma empresa especificamente para sua implantação.

Smart Energy Paraná 2014

Para Cícero Bley Júnior, que também é diretor-geral do Centro Internacional de Energias Renováveis/Biogás (CIBiogás-ER) e acaba de lançar o livro “Biogás – A Energia Invisível”, o Paraná sempre foi referência na área da energia, com uma forte economia eletrointensiva, exportador de energia elétrica e importador de combustíveis fósseis. Também é um estado com recursos naturais possíveis de serem aplicados na geração de energia renovável, como os ventos de Palmas, a irradiação solar e a biomassa, tanto florestal quanto de resíduos, que podem gerar biogás. “O Smart Energy, portanto, pode ser o início de uma ampla política pública estadual para mobilizar esse potencial e colocar o Paraná em sintonia com o que há de mais avançado do mundo em relação à gestão da energia e o aproveitamento de externalidades das fontes renováveis, como redução de emissões de gases do efeito estufa e poluição hídrica”, declara.

Ele lembra que o biogás é uma fonte de energia de alto valor estratégico para uma economia como a do Paraná, fortemente assentada na geração de alimentos, como grãos, proteína animal, leite e carnes. Os resíduos dessa produção agropecuária e agroindustrial contêm biogás. Uma vez extraído, o biogás é um combustível capaz de gerar energia elétrica, térmica e veicular. “Trata-se da fonte energética mais disponível e com menor valor custo/benefício no Paraná”, afirma Cícero Bley Jr.

SERVIÇO: A Conferência Internacional de Energias Inteligentes – Smart Energy Paraná 2014 acontece entre os dias 7 e 9 de maio, das 9h às 18h, no Centro de Exposições Horácio Sabino Coimbra – Avenida Comendador Franco, 1.341, Jardim Botânico. Mais informações pelos telefones (41) 3271.7567, e-mail contato@smartenergy.org.br, pelo site www.smartenergy.org.br ou pela página do facebook: facebook.com/smartenergyparana

Fonte:http://www.paranashop.com.br