EVENTO – Cidades geradoras de Energia solar: este é o tema que será abordado pelo diretor do Studio Equinócio no CICI2011

Entre os dias 17 e 21 de Maio acontece em Curitiba a Conferência Internacional das Cidades Inovadoras – CICI 2011.  O consultor e diretor do Studio Equinócio, Carlos Faria, fará uma palestra abordando o tema Cidades Geradoras de Energia solar, onde apresentará um panorama das tecnologias e potencialidades do uso dos recursos solares no planejamento e no retrofit das cidades e suas edificações. “A energia solar apresenta um leque enorme  e disponível de possibilidades e diante dos desafios da sustentabilidade seu aproveitamento deve ser colocado como prioridade nas políticas urbanas  das cidades inovadoras, pois grande parte de nossa demanda de conforto seja  luz, calor, frio, eletricidade dentre outras, pode ser suprida somente pela energia do Sol”.

A CICI é um projeto que faz parte da iniciativa Cidades Inovadoras (http://www.cidadesinovadoras.org.br/),  um movimento articulado em rede, que promove e apoia ações com foco na sustentabilidade, equilíbrio social e maior harmonia entre o homem e o meio ambiente.

Para mais informações sobre como participar

http://www.cidadesinovadoras.org.br/cici2011/FreeComponent15189content124628.shtml

Studio Equinócio

Lifeline Energy fornece rádios movidos a energia solar para comunidades carentes de países africanos

Você já pensou no impacto que um rádio pode ter na vida de pessoas que vivem em regiões afastadas dos centros urbanos? A organização não governamental Lifeline Energy acredita que os rádios podem ser responsáveis por grandes mudanças em comunidades carentes, pois promovem acesso à informação e à educação.

Por isso, a entidade fornece o aparelho de som Prime, movido a energia solar e eólica, para vilarejos de países africanos que enfrentam a falta de energia elétrica e de saneamento básico. É possível que um grupo de até 60 pessoas consiga ouvir o que o rádio, que funciona 24 horas por dia, com som de alta qualidade, está tocando. Ele ainda possui acoplado um carregador solar para celulares.

Graças ao Prime, professores passaram a utilizar arquivos em mp3 disponibilizados pela ONG para ensinar temas variados a crianças e adultos, que também acompanham as notícias mundiais em tempo real e as novidades musicais.

Em um orfanato de Ruanda, por exemplo, as crianças aprendem inglês, matemática e ciências. Já em um vilarejo do pequeno país Lesoto, enfermeiras e internos de um centro de saúde têm a oportunidade de ouvir sobre prevenção de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, igualdade entre gêneros e outras questões sociais.

Observando o entusiasmo dos beneficiados com o projeto, surgiu a ideia de selecionar “guardiões” dos rádios, que garantem a conservação dos aparelhos em bom estado. Geralmente, quem fica responsável por essa função é um líder comunitário ou um professor. Hoje, as mulheres representam mais da metade dos guardiões.

A Lifeline Energy também tem outros projetos espalhados pela África e trabalha sempre levando soluções criativas e tecnologia limpa às comunidades pobres e distantes.

Studio Equinócio

Fonte: http://blog.naturaekos.com.br

Emirados: renováveis destronam petróleo

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) oferecem um ambiente que promove o crescimento futuro da energia renovável e é um espaço natural para ser a sede de longo prazo da IRENA, disse o diretor-geral da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), Adnan Amin, na primeira reunião da assembleia-geral da entidade.

De facto, os EAU deram alta prioridade à questão das alterações climáticas e das energias renováveis. O Departamento de Energia e Alterações Climáticas dos Emirados Árabes Unidos foi criado como parte do Ministério das Relações Exteriores em Março de 2010, com o propósito de ali sediar a IRENA. Mas o forte compromisso da nação para impulsionar soluções e tecnologias sustentáveis tem sido também demonstrado através de ações como a iniciativa Masdar, o código de construção verde de Abu Dhabi (Estidama), a World Future Energy Summit e o prémio Zayed Future Energy.

A cidade de Masdar, por exemplo, que está em fase de construção, pretende ser uma cidade sustentável neutra em carbono. O projeto está aberto a todo o tipo de tecnologias que promovam produtos e sistemas “verdes”, assumindo-se com um  ninho de oportunidades para empresas e outras organizações que queiram explorar parcerias tecnológicas. Em causa estão as áreas de ambiente construído (construção de sistemas), infra-estruturas (potência energética, isolamento térmico / refrigeração, água, resíduos, TIC), e transporte (veículos, infra-estrutura, sistemas).

Mas não é apenas a dependência de combustíveis fósseis que os Emirados querem eliminar. A escassez de água é outra das questões que está a determinar as opções tecnológicas do pais. Estima-se que, até 2025,  seja necessário investir 200 000 milhões de dólares (147 000 milhões de euros) em infra-estruturas e no tratamento de águas e águas residuais, até porque, em Junho de 2010, o regulador nacional anunciou novas regras para o tratamento de efluentes e no sentido de promover a reutilização de água.

A dessalinização é outra das grandes apostas na região: só o Dubai vai investir cerca de 20 000 milhões de dólares (15 000 milhões de euros) em unidades de dessalinização, nos próximos sete anos. Já este ano a Agência de Ambiente de Abu Dhabi anunciou o desenvolvimento de um projeto de dessalinização a energia solar que irá permitir reduzir custos e emissões de CO2. Os primeiros  testes foram realizados em duas unidades-piloto, cada uma com capacidade de produzir 35 KWh. Atualmente existem 30 sistemas a ser testados na região.

Portugal presente na World Future Energy Summit em 2012

Portugal está já de olhos postos neste mercado. Na World Future Energy Summit José Sócrates encabeçou uma delegação de 60 empresários portugueses dos mais variados sectores. O pavilhão português, de 200 metros quadrados, mostrou as iniciativas mais inovadoras nas tecnologias de energia e sustentabilidade sob o conceito renovável. O Mobi-E na mobilidade eléctrica e o InovCity nas redes inteligentes estiveram entre os principais projectos expostos.

A Secretaria de Estado da Energia e da Inovação faz um balanço «muito positivo» desta participação portuguesa, sublinhando o interesse dos gestores em participar no próximo fórum anual, a realizar em 2012. “Se há alguma coisa que se pode aprender com a experiência portuguesa é que é possível obter resultados em pouco tempo. Em seis anos, mudamos o cenário da energia”, referiu o Primeiro-ministro, no seu discurso  aquando da cimeira.

A Zagope actua nos Emirados Árabes Unidos através da sua participada Zagope Gulf Contracting, LLC. Recentemente, esta empresa, com sede em Abu Dhabi, obteve uma Licença Especial, que lhe permite apresentar-se a qualquer concurso de Obras Públicas nos Emirados Árabes Unidos. No domínio das renováveis, a Janz, Solar Plus e Eneida aspiram a conquistar este mercado, depois dos inúmeros contatos frutíferos que resultaram da sua participação na  World Future Energy Summit.

Studio Equinócio

Fonte: http://www.destakes.com/

Rali Solar 2011

Por ocasião da celebração do centenário da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, a Sociedade Portuguesa de Energia Solar organiza no próximo dia 4 de Junho de 2011 o Grande Prémio Rali Solar na FCUL (Campo Grande, Lisboa), que inclui competições de carrinhos e barcos solares.

O concurso Rali Solar 2011 visa a promoção da energia solar nos ensinos básico, secundário e profissional. Surge no seguimento de concursos como o Padre Himalaya e o Rali Solar.

Para mais informações ver: www. ralisolar2011.fc.ul.pt

Studio Equinócio

Itália reduz incentivos para instalação de energia solar

A União Europeia sugeriu à Itália a criação de um regime de apoio claro e previsível para o sector da energia solar e assegurar a estabilidade para os investidores, de modo a evitar eventuais sanções.

Uma lei aprovada em Março estipula que os ‘generosos’ incentivos previstos para o mercado solar, e que inicialmente abrangia investimentos de 2011 a 2013, serão aplicados apenas às unidades que se ligarem à rede até ao final de Maio. A súbita mudança no regime de apoio tem causado alvoroço entre os investidores e os operadores sobre o futuro dos negócios, naquele que é um dos maiores mercados da energia solar da Europa.

A porta-voz da Comissão Europeia para a Energia, Marlene Holzner, disse que a Comissão Europeia poderia abrir um processo por infracção contra os países que não garantam incentivos para investimentos em energias renováveis.

A principal associação do sector das renováveis, a APER, disse que iria recorrer a Bruxelas contra a lei que pode causar danos de milhares de milhões de euros aos investidores.

Studio Equinócio

Fonte:http://www.ambienteonline.pt/

O custo de Belo Monte

FELÍCIO PONTES JR

A tecnologia para exploração da energia solar sempre foi apresentada como de alto custo, bastante superior aos de outras fontes de energia. Por isso, um país como o Brasil, privilegiado pela alta incidência de insolação em seu território, deixou de investir na tecnologia solar em favor de outras fontes, principalmente a hídrica, responsável hoje pela geração de mais de 70% da energia no país. No entanto, esse argumento, o dos altos custos, não se justifica mais.

Nos Estados Unidos, dois projetos desenvolvidos na Califórnia de aproveitamento da energia térmica utilizando espelhos para a concentração de calor, Ivanpah e Blythe, provam que os custos dessa tecnologia já são bastante menores. O projeto Ivanpah, da empresa Brightsource, dobra a produção de energia solar no país. É prevista a geração de 370 MW de energia firme. São três usinas que, no total, terão um custo de R$3,4 bilhões. Já o projeto Blythe, das empresas Chevron e Solar Millennium, pretende produzir 960 MW ao custo de R$9,6 bilhões.

Se multiplicássemos o custo para geração de um megawatt nesses dois projetos de matriz solar por 4 mil megawatts médios – a quantidade, sendo otimista, de geração de energia prevista no projeto hidrelétrico de Belo Monte – teríamos um total de R$38 bilhões, no caso de Ivanpah, e de R$36,7 bilhões, se utilizarmos os valores relativos a Blythe.

Na primeira ação judicial contra Belo Monte, proposta em 2001, o governo dizia que a usina custaria R$10,4 bilhões. Ao pedir empréstimo ao BNDES, em 2011, o consórcio de empresas para fazer Belo Monte solicitou R$25 bilhões, o que representaria em torno de 80% dos custos. Logo, o custo oficial seria de R$31,2 bilhões. Nesse custo não estão previstos o valor do desmatamento que pode atingir 5,3 mil km2 de floresta (segundo o próprio consórcio), o valor de 100 km de leito do Xingu que praticamente ficará seco, a indenização a povos indígenas e ribeirinhos localizados nesse trecho, todos os bairros de Altamira que estão abaixo da cota 100 e, portanto, serão inundados… só para mostrar alguns exemplos.

Os custos finais de Belo Monte ainda são incertos, graças ao descumprimento das leis do licenciamento ambiental em vários momentos. Conforme apontou o relatório de análise de riscos feito por especialistas e intitulado “Megaprojeto, Megarriscos”, Belo Monte tem elevados riscos associados a incertezas sobre a estrutura de custos de construção do empreendimento, referentes a fatores geológicos e topológicos, de engenharia e de instabilidade em valores de mercado. Tem elevados riscos financeiros relacionados à capacidade de geração de energia elétrica, que é muito inferior à capacidade instalada. E tem riscos associados à capacidade do empreendedor de atender obrigações legais de investir em ações de mitigação e compensação de impactos sociais e ambientais do empreendimento.

Assim, computando-se todos os custos socioambientais que normalmente estão fora do orçamento das hidrelétricas na Amazônia (vide Tucuruí, Jirau, Santo Antônio e Balbina) e mais os incertos custos da própria obra (como escavações), pode-se afirmar que o valor da energia solar já é competitivo com o de Belo Monte.

Se não fosse, algumas das maiores empresas do mundo não estariam nessa área. O Grupo EBX investe na primeira usina solar comercial do país, no Ceará, a MPX Solar, com 4,4 mil painéis fotovoltaicos e capacidade de abastecer 1.500 residências. E a Google investe US$168 milhões no projeto Ivanpah.

Mas, enquanto países de clima temperado e com territórios muito menores, como a Alemanha e a Espanha, produzem mais energia a partir do sol do que o Brasil, aqui o governo prefere impor um modelo ultrapassado. E que agora não tem mais a vantagem de ser mais barato.

Em Belo Monte, senhores investidores, tenham certeza de que todos esses custos socioambientais serão cobrados se a barragem vier a ser construída.

FELÍCIO PONTES JR. é procurador da República no Pará.

Studio Equinócio

Fonte: http://rio-negocios.com/