Energia Solar no Brasil: um momento muito favorável

 

Da Agência Ambiente Energia – O Portal Ambiente Energia publica a integra com as conclusões e demandas do Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil, que acontece no mês de março de 2011. O evento reuniu academia, governo e iniciativa privada em busca da construção de uma agenda coordenada de ações que levem ao desenvolvimento da indústria fotovoltaica no país. Apesar de estar no caminho certo, o país ainda precisa fazer a lição de casa para aproveitar o potencial desta fonte energética. Veja abaixo as conclusões.

 

O contexto – A tecnologia solar fotovoltaica (FV) realmente começa a ganhar maior interesse e mudou sua derivada na curva de aprendizado, os custos serão decrescentes com maior velocidade agora. A conjuntura mundial mudou também, especialmente nos últimos dois anos com a entrada da China de um lado (como importante exportador de sistemas FVs, além do seu amplo mercado) e, de outro, com a interrupção de políticas de subsídios na Europa. Esses acontecimentos fazem com que mercados de países como o Brasil entrem no radar dos fabricantes e explica parte do interesse que se desperta no país recentemente.

 

As aplicações de FV são inúmeras e os sistemas FV são compostos por inúmeros componentes. O preço da eletricidade no Brasil só irá aumentar e certamente dentro de poucos anos o custo da energia gerada em aplicações conectadas à rede em edificações urbanas atingirá a paridade com as tarifas de eletricidade em diversas regiões do país.

 

É de interesse para o Brasil integrar-se na cadeia produtiva internacional naquilo que possui maior competência. Essa cadeia não se limita somente à purificação do silício, produção de células solares e módulos, onde o Brasil também pode atuar. Não se pode esquecer de que há também diversos componentes e também a integração desses sistemas à rede convencional. Aliás, muito do recente progresso tem ocorrido justamente nos componentes eletrônicos e sistemas de armazenagem de energia. O país perdeu muito espaço na pesquisa básica, mas ainda tem um papel importante na inovação, seja tecnológica, seja na criação de mecanismos de mercado e regulação que possam facilitar a integração dessa tecnologia na rede elétrica. A energia fotovoltaica tem uma dinâmica própria, mas ela compete com outras tecnologias de geração de eletricidade que também estão evoluindo.

 

Sem dúvida é preciso agregar valor ao silício que o país possui e exporta, mas se está falando aqui de algo maior também. A questão é dosar na medida certa, tentar realmente prever o espaço que a energia solar fotovoltaica terá na matriz nacional, considerando seus custos relativos com as demais tecnologias e nossas necessidades futuras de energia. Nada muito trivial, mas são desafios que o país tem toda condição de vencer.

 

Sinergia e chamada para a ação – Sinergia, articulação e chamada para a ação foram as palavras-chave utilizadas pelos diversos atores para o desenvolvimento da cadeia produtiva e de serviços de energia solar fotovoltaica no Brasil: sinergia/articulação das ações e esforços pelos diferentes atores envolvidos, tanto existentes como novos. Especialmente em um mercado cada vez mais dinâmico, global e competitivo, cujo tempo de resposta tem se mostrado crescentemente mais curto. Ações sem sinergia estão fadadas a elevado risco de insucesso e insegurança aos agentes.

 

Segmentos de mercado, necessidades e ações – Ainda é preciso criar as condições para estabelecimento do mercado propriamente dito no Brasil (interno e externo). Para os distintos segmentos de mercado, são diferentes as necessidades e medidas a serem adotadas. Para tanto, é necessário identificar e agrupar os segmentos, conhecer as necessidades, estimar os mercados potenciais (interno e externo), colocar em prática agendas de ações e realizar investimentos visando à criação de empresas e/ou a criação de novas oportunidades de negócios nas empresas já existentes.

 

Essa é exatamente a proposta de operacionalização sendo conduzida pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), ligada ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e apresentada no evento. O representante da Agência convidou os integrantes do governo e das indústrias para participarem conjuntamente na proposta.

 

Esta proposta de operacionalização é um desdobramento dos esforços conduzidos pelo MME (Ministério de Minas e Energia) e pelo MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia), descritos mais adiante.

 

No âmbito nacional, a inserção da energia solar fotovoltaica deve ser grande o suficiente para estimular o seu mercado e pequena o suficiente para evitar prejuízos à modicidade tarifária e à segurança do suprimento. É importante destacar que a definição do tamanho desse mercado deve explorar as oportunidades existentes de inserção competitiva no mercado internacional.

 

Iniciativas de governo e do setor privado – Importantes movimentos vêm sendo tomados em níveis federal e privado, cujos representantes estiveram presentes para apresentá-los. Mais uma vez, chama-se a atenção de que é salutar que tais iniciativas tenham prosseguimento de forma articulada entre elas.

 

No âmbito federal, o MME concluiu no final de 2009 o relatório final do Grupo de Trabalho de Geração Distribuída com Sistemas Fotovoltaicos (GT-GDSF) para subsidiar a elaboração de uma proposta de política de utilização destes sistemas conectados à rede elétrica, em especial em edificações urbanas, no curto, médio e longo prazos. Um dos desdobramentos é o projeto piloto “120 Telhados” , financiado pela Finep. O MME anunciou que criou novo grupo de trabalho para aprofundar três questões especificamente: aspectos regulatórios, forma de comercialização da energia gerada por “telhados solares” e geração centralizada. O prazo de conclusão previsto é de 18 meses.

 

O MCT, através do CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), publicou em 2009 um estudo propositivo de recomendações para subsidiar a formulação e implantação de políticas de incentivo à inovação tecnológica e à participação industrial do Brasil no mercado de silício grau solar e eletrônico e de energia solar fotovoltaica. Foram consultadas mais de cem pessoas ligadas ao setor.

 

Durante o evento, o representante do MCT anunciou que o PACTI 2011-2014 (Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação) direcionará com continuidade investimentos na energia solar fotovoltaica e que, no final de março, seria apresentado para a comunidade para discussões. No âmbito do SIBRATEC (Sistema Brasileiro de Tecnologia), o Ministério está operacionalizando neste ano uma rede de tecnologia solar fotovoltaica com recursos de R$ 8 milhões, cujo objetivo é atender demandas das empresas através do financiamento (com contrapartida das empresas) de projetos de PD&I envolvendo os centros de inovação da rede.

 

A ABDI está mapeando junto às empresas as demandas para subsidiar uma política industrial para o desenvolvimento da indústria fotovoltaica brasileira (vide item anterior).

 

No âmbito da iniciativa privada, a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) criou recentemente o Grupo Setorial Fotovoltaico com o objetivo de levantar e propor estratégias e demandas das empresas para o setor. Atualmente são mais de 50 empresas participantes (sócias e não-sócias) com adesões ainda ocorrendo.

 

Devido às perspectivas desse mercado, aumenta-se o número de empresas no país, sejam novas ou estrangeiras já consolidadas. Há empresas nacionais que, individualmente, vêm apostando por conta própria através de investimentos na área. Exemplos apresentados por empresas participantes do evento são:

 

1. A construção pela Tecnometal de uma linha de produção de módulos fotovoltaicos. Em uma primeira etapa, fabricados através de componentes comprados nacionais e internacionais (2 – 20 MWp/ano) para, posteriormente, serem fabricados a partir de silício nacional, quando se prevê para 2013 uma capacidade produtiva de 100 MWp/ano. Já disponibiliza produtos no mercado.

 

2. Investimentos em pesquisa na purificação de silício grau solar pela rota metalúrgica (p.e. RIMA e Minas Ligas) que consome menos energia e integra-se à linha produtiva do já existente parque produtivo de silício grau metalúrgico.

 

3. Devido à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016, algumas concessionárias de distribuição estão investindo no conceito dos Estádios Solares, como Cemig, Light e Coelba. Aeroportos Solares também são importantes oportunidades.

 

4. Uma planta central de 1 MWp está sendo construída em Tauá (CE) pela MPX, com planos de expansão para 5 MWp e 50 MWp.

 

5. A CP Eletrônica, empresa tradicionalmente do ramo de no-breaks, desenvolveu inversor de 3 kW para aplicações em sistemas fotovoltaicos isolados e conectados à rede.

 

O papel da Eletrobras como promotora – A Eletrobras possui importante papel como agente promotor da tecnologia. Algumas iniciativas vêm sendo realizadas, porém é necessário maior escala e articulação dessas ações.

 

Estas abrangem os sistemas isolados e aplicações interligadas. No primeiro caso, haja vista a existência de 800 mil famílias a serem atendidas pela universalização do acesso à eletricidade, projetos de caráter piloto são realizados para testar tecnologias e processos cujos aprendizados e melhores práticas podem ser transferidos como soluções às concessionárias para a universalização do atendimento e fornecer subsídios à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no aprimoramento da regulamentação.

 

No segundo caso, através de sua subsidiária (Eletrosul), está-se implantando o Projeto Megawatt Solar, que consiste na instalação na sede da empresa de uma planta de geração solar fotovoltaica de aproximadamente 1 MWp (1.060 kWp) com custo total estimado de R$ 10 milhões. Toda a eletricidade gerada será vendida no Mercado Livre. O principal objetivo é adquirir experiência com a tecnologia.

 

Aspectos regulatórios – A Aneel prepara minuta de resolução a ser colocada em audiência pública em 2011 para reduzir as barreiras regulatórias existentes para conexão de geração distribuída de pequeno porte na rede de distribuição. A minuta será baseada nas contribuições que foram recebidas através da Consulta Pública nº 015/2010, cuja nota técnica e relatório de análise das contribuições foram publicados no site da Agência.

 

Um ponto de significativa importância e urgência é a necessidade de uma regulamentação específica para os sistemas de geração associados a mini-redes no âmbito da universalização do acesso à eletricidade.

 

Outro ponto urgente é a restrição da janela política existente de dois anos para qualquer mudança nas tarifas de eletricidade por conta das eleições de 2014.

 

A CCC (Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis) pode ser um vetor de apoio ao uso dessa fonte, em específico, e outras renováveis para sistemas isolados. Apesar das regras atuais permitirem esse apoio, este não se tem mostrado suficiente. O que se precisa é dar um uso mais virtuoso a esses recursos da CCC, dando-se clara prioridade ao uso da energia solar fotovoltaica e outras fontes renováveis de energia.

 

Interesse comum – Ficou evidente o atual ganho de interesse do governo federal, indústrias, fabricantes, concessionárias e empresas de serviços no mercado da energia solar fotovoltaica no Brasil associado ao desenvolvimento industrial. Em diferentes estágios, estes atores estão atualmente avaliando as perspectivas, barreiras e ações para o desenvolvimento deste mercado de dimensão global, ainda incipiente no país.

 

Foram consensuais entre os diversos representantes presentes no evento as importantes oportunidades e potenciais que o país apresenta para se beneficiar do estabelecimento no país de uma cadeia produtiva de materiais, equipamentos e serviços de elevado valor agregado, voltada para os mercados interno e externo.

 

Mesmo com o patente reconhecimento dessas importantes oportunidades e potenciais que o Brasil apresenta, foi também consensual a premência de uma política pública clara e eficaz para os próximos dois anos. Caso contrário, o país poderá perder a janela de oportunidade que está aberta e tornar-se grande importador dessa tecnologia no futuro, especialmente quando todos os atores vêm demonstrando evidente interesse no estabelecimento desse mercado associado ao desenvolvimento industrial no país.

FMI pode alterar subsídios e valor do IVA na Energia Solar

As recomendações do FMI indicam que os apoios às energias renováveis devem ser revistos, nomeadamente a alteração do IVA nos equipamentos e na revisão das tarifas actualmente pagas pela electricidade produzida.

A presidente da Associação da Indústria Solar sublinha que há muito espaço de diálogo sobre o apoio a este tipo de energias renováveis.

A indústria da energia solar não consegue viver sem o apoio do Estado, reconhece a presidente da Associação Portuguesa da Industria Solar (APIS) que hoje organizou o Festival Solar em Lisboa.

Maria João Rodrigues quando confrontada com a redução dos subsídios à produção de electricidade com base em energias renováveis, prevista no programa de ajuda externa, afirma que acredita que as recomendações do FMI dão “algum espaço de interpretação”.

“O que está lido é alguma vontade, ou indicação, no sentido de renegociar tarifas, mas nestas tarifas estaremos sempre a falar das grandes centrais em Portugal e nunca regimes como a micro-geração e a mini-geração, as que realmente dinamizam o mercado e o sector em Portugal”, considerou Maria João Rodrigues.

A modificação das taxas de IVA a aplicar para o sector coloca outras questões em aberto: “O IVA e de que forma os outros produtos vão ser taxados. Não creio que se esteja explicitamente a retirar o apoio a este tipo de energias renováveis e este tipo de aplicações. Há muito espaço de diálogo que vai ter de ser bem orientado”, defendeu a presidente da associação.

A indústria da energia solar já emprega seis mil pessoas em Portugal.  De 2008 para 2010, o número de utilizadores e produtores passou de zero para 10 mil.

Studio Equinócio

Fonte: http://www.portal-energia.com/

EVENTO- 3º festival solar com conferência e largada de balões amarelos

A 3.ª edição do Festival Solar celebra-se no dia 6 de Maio, no Museu da Eletricidade, em Lisboa. O projeto está inserido no âmbito dos Dias Europeus do Sol (www.diaseuropeusdosol.apisolar.pt ), que entre os dias 1 e 15 de Maio vai celebrar o Sol através de mais de 5 000 eventos em 17 países Europeus. Este evento afirma-se como a âncora do Dias Europeus do Sol em Portugal.

O Festival pretende divulgar, junto da sociedade civil, a energia solar como uma aposta individual para a construção de um futuro comum sustentável. Por isso, estarão em debate várias questões sobre o consumo doméstico da energia solar, numa conferência que reúne atores dos mercados solar térmico e fotovoltaico com o objetivo de esclarecer e debater a importância das energias solares e renováveis no presente e no futuro.

apisolar

 

 

Para encerrar o 3.º Festival Solar e numa ação que  pretende ser emblemática, far-se-á uma largada de 5000 balões amarelos, símbolo inequívoco dos Dias Europeus do Sol.

O evento é co-organizado pela APISOLAR e pelo Museu da Electricidade. Inscrições para o e-mail: claudia.mendes@apisolar.pt

Studio Equinócio

CASO DE SUCESSO- A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é a segunda capela verde que utiliza sistema de energia solar

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias lançou sua primeira capela com energia Solar há um ano em Farmington, Utah. O edifício ganhou o prêmio LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental) por implementar elementos ecologicamente corretos.

 

Agora, com mais uma capela concluída em Mesa, Arizona, a segunda de três protótipos que utilizará energia solar para produzir mais eletricidade do que consome o edifício e em um ano deve conseguir uma “rede-zero energia” .

É o mais recente uso da tecnologia por parte da Igreja em seu projeto de construção. H. David Burton , bispo presidente da Igreja, disse: “Durante décadas nós temos procurado maneiras inovadoras de utilizar os recursos naturais em nossas capelas que refletem o nosso compromisso como mordomos sábios das criações de Deus”.

Dados obtidos nos últimos 12 meses mostram que o edifício em Farmington, Utah, economizou cerca de 5 mil dólares em despesas de consumo. A maioria das economias provenientes do sistema solar fotovoltaico que gera energia elétrica através da conversão de radiação solar em corrente elétrica direta.

“Como o preço da energia solar cairá mais, e como as taxas de serviços públicos continuam a subir, a viabilidade da energia solar vai se tornando mais e mais forte”, disse Jared Doxey, diretor de engenharia, arquitetura e construção da Igreja. “Definitivamente é uma tecnologia que usaremos no futuro.”

O monitoramento do sistema é outra inovação, o qual aponta falhas mecânicas na propriedade através da Internet. Os e-mails são enviados automaticamente para os gestores fora das instalações da Igreja e notifica-os de qualquer problema. O sistema reduz o tempo de viagem e solução de problemas pelos prestadores de serviços.

Tal como aconteceu com a capela de Farmington, Utah, a capela de Mesa está a caminho de mais uma vez, ganhar uma das distinções mais prestigiadas da indústria da construção civil: o LEED Silver Certificate. A conquista demonstra um esforço pró-ativo para reduzir a energia, resíduos e uso da água, proporcionando um ambiente mais eficiente.

Bolsas europeias sobem puxadas por ações de montadoras e energia solar

Valor Online

SÃO PAULO – As principais bolsas europeias operaram em terreno positivo, mas com pouco volume, movidas por notícias corporativas, como os balanços da Volvo e Electrolux, e uma fusão no segmento de energia solar.

O mercado londrino ficou fechado nesta sexta-feira por conta das comemorações do casamento real entre príncipe William e Kate Middleton. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,05%, para 4.107 pontos; enquanto em Frankfurt, o DAX avançou 0,53%, para 7.514 pontos.

As ações da Volkswagen ganharam 1,57%, ainda em reação ao balanço divulgado anteontem, quando a montadora alemã trouxe lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2,91 bilhões de euros. Volvo subiu 2,3% também embaladas pelo resultado divulgado esta semana.

Outro destaque foram papéis de empresas de energia solar. Norway’s of Renewable Energy avançou 8%, SolarWorld saltou 6% e Q-Cells subiu 4,6%. Elas reagiram ao anúncio da compra de uma fatia de 60% da Sunpower pela Total. As ações da Sunpower dispararam 35%.

Entre os indicadores do dia, o desemprego na Espanha continuou aumentando, atingindo 4,9 milhões de pessoas, 213,5 mil a mais que no final do ano passado. Com isso, a taxa de desemprego no país avançou de 20,3% no quarto trimestre de 2010 para 21,3% nos primeiros três meses deste ano.

A confiança do consumidor americano melhorou em abril. O indicador para o mês ficou em 69,8, ligeiramente acima da leitura preliminar (69,6) e superior aos 67,5 de março.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/04/29/bolsas-europeias-sobem-puxadas-por-acoes-de-montadoras-energia-solar-924346347.asp#ixzz1LNmgp013

Studio Equinócio

NEGÓCIOS INOVADORES- Um lugar ao sol

Há quatro anos, Lynn Jurich deixou uma carreira no mercado financeiro para fundar a Sun Run, que vende energia solar para residências. Desde então, a empresa quadruplica a cada ano

Nos últimos anos, a energia solar surgiu como uma espécie de panacéia ambiental. Os raios solares são uma fonte praticamente inesgotável, com pequenos impactos ambientais. Seria o melhor dos mundos se já existisse uma forma barata de captar esse tipo de energia. Não é o caso. A energia solar é cara — tanto que poucos entre os consumidores mais ricos do mundo, os americanos, estão dispostos a investir até 60 000 dólares para instalar os painéis que transformam os raios solares na energia que faz suas casas e empresas funcionar. “O investimento inicial ainda afasta boa parte da população da energia solar”, diz a americana Lynn Jurich, de 31 anos. “Pouca gente quer pôr a mão no bolso para diminuir a conta de luz no longo prazo.”

Lynn vem tentando reduzir a distância entre as boas intenções com o meio ambiente e a disposição de pagar a conta. Há quarto anos, ela deixou um emprego no Mercado financeiro para fundar a Sun Run, empresa da Califórnia que vende energia solar para residências. Lynn criou um modelo de negócios que reduz muito o valor necessário para gerar eletricidade a partir do sol. A empresa instala painéis solares em casas e condomínios de graça ou por um preço simbólico — em torno de 1 000 dólares por residência. Em troca, os clientes comprometem-se a comprar a energia gerada em seus telhados por 20 anos. Na prática, a Sun Run financia os painéis para os clientes, que pagam na tarifa.

O interesse pelo mercado de energia renovável surgiu quando Lynn cursava faculdade de economia, no final dos anos 90. Foi quando ela e o colega Edward Fenster, hoje seu sócio, conceberam um modelo parecido com o que puseram em prática na Sun Run. “Muita gente dizia que nossos planos não dariam certo porque o investimento necessário era muito alto”, afirma Lynn. Hoje, a Sun Run tem painéis instalados em pouco mais de 10 000 casas nos Estados Unidos. Esses clientes proporcionaram re ceitas estimadas em 4 milhões de dólares em 2010 — mas a empresa vem quadruplicando de tamanho a cada ano desde sua fundação. Apesar do crescimento, a Sun Run ainda não consegue sustentar sua expansão só com os resultados da venda de energia. Porém, os contratos de longo prazo com os consumidores e o potencial de crescimento da empresa têm atraído investidores.

Fundos como o Sequoia Partners, um dos maiores dos Estados Unidos, já aplicaram mais de meio bilhão de dólares no negócio. “Acredito que a Sun Run possa ser uma das mais importantes geradoras de eletricidade americanas daqui a 20 anos”, afirma Lynn. O cenário é favorável. Em janeiro, o presidente americano, Barack Obama, anunciou um programa de financiamento a empresas que desenvolvam tecnologias para produzir energia limpa. Nos próximos anos, 80 bilhões de dólares serão destinados a esse tipo de negócio no país. A Sun Run parece estar numa posição privilegiada para aproveitar a onda de crescimento. “A grande barreira para expandir o uso da energia solar é o preço dos equipamentos”, diz Cristopher Vlavianos, fundador da Comerc, empresa brasileira que atua no mercado livre de energia e que acompanha as tendências do setor elétrico. “A solução encontrada pela Sun Run torna essa tecnologia muito mais acessível.”

O DINHEIRO QUE VEM DA LUZ

Como funciona o modelo de negócios da Sun Run

1 – Equipamento grátis

A Sun Run fornece o sistema de painéis solares sem custos para o cliente, que

paga apenas uma taxa pelo uso da energia gerada nos telhados.

2 – Preços abaixo do mercado

A tarifa é 15% menor que a média cobrada no mercado de energia elétrica —

e não será reajustada pelo período de 20 anos do contrato.

3 – Economia premiada

O cliente que não utiliza toda a energia gerada em sua residência recebe créditos. O excedente pode ser repassado a outro consumidor.

Studio Equinócio

Revista Exame PME – 04/2011

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/

VIDEO – Aquecimento solar está em casas do programa Minha Casa Minha Vida

Enquanto o mercado e os cidadãos brasileiros aguardam pela 2ª fase do programa de aquecimento solar no programa minha casa vida que prevê a implantação de 300.000 casas com a tecnologia solar que é mais econômica, limpa e sustentável para gerar calor,  as instalações realizadas na 1ª fase do programa em 2010 que totalizaram a contratação de mais de 40.000 casas começam a ser entregues.

[tentblogger-youtube YqeCHfTSM04]

Studio Equinócio

SolarFlora –Energia verde para espaços públicos

Combinando um design ultra sustentável com elegância e modernidade, o Solarflora de Néctar Design é um gerador solar totalmente funcional que, além de fornecer energia verde nos espaços públicos, presta homenagem à beleza da natureza. Sugerindo uma flor gigante, com linhas que são simultaneamente limpas e ligeiramente curvilíneas subindo como se fossem pétalas. O Solarflora é capaz de manter um, dois, três ou quatro painéis solares e fornecimento de até 1,2 quilowatts-hora de eletricidade por dia, dependendo das configurações da folha.

Uma adição artística e agradável para os parques, shoppings, museus, feiras, centros de convenções, paradas de ônibus, e grande variedade de outros locais, a Solarflora inclui até três folhas modulares, que apresentam uma luz suave e estão ligados a uma central -como caule. Cada Solarflora é ajustado para a latitude geográfica local de modo que o painel é inclinado em direção ao Sol, para capturar a energia máxima disponível, além disso foi testado para suportar ventos com força de furacão.

 

O Solarflora é feito de alumínio de aeronaves nas instalações da empresa Southern California utilizando materiais produzidos localmente.

Studio Equinócio

Fonte: http://maisarquitetura.com.br/

MERCADO- Energia solar aumenta o valor dos imóveis

O Lawrence Berkeley National Laboratory dos Estados Unidos publicou recentemente um estudo sobre o impacto dos sistemas de energia solar fotovoltaica no valor dos imóveis.

Os responsáveis do estudo analisaram uma base de dados com aproximadamente 72.000 registos de imóveis no estado da California, em que cerca de 2.000 continham um sistema solar fotovoltaico.

Para melhorar a robustez do estudo, controlou-se um conjunto de factores que poderiam influenciar os resultados, tais como flutuações de mercado, efeitos da vizinhança, a idade e tamanho do imóvel e a zona onde se encontra.

O estudo conclui que existem fortes evidências de que habitações com sistemas fotovoltaicos são vendidas por um valor superior em comparação com habitações sem sistemas fotovoltaicos. O valor médio da diferença entre os dois tipos de habitação ascendia a $ 17.000 (para um sistema fotovoltaico de 3,1 kW – a potência média dos sistemas no estudo).

Pode-se descarregar clique aqui.


Studio Equinócio

Fonte: http://blog.enerwise.eu/

Projeto da Eletrosul abre seminário na Alemanha que tratará sobre os estádios solares para Copa de 2014

O pioneirismo da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. na geração de energia fotovoltaica – que transforma a radiação solar em energia elétrica – será um dos destaques do seminário organizado pela Embaixada Brasileira, em Berlim, Alemanha, nesta terça-feira (03). A apresentação do projeto Megawatt Solar abrirá o evento, que também colocará em discussão o aproveitamento das coberturas dos estádios brasileiros, sedes da Copa 2014, para captação e geração de energia a partir dos raios solares. Os projetos dos estádios Governador Magalhães Pinto – o Mineirão, em Belo Horizonte (MG), e de Pituaçu, em Salvador (BA) também serão apresentados.

Entretanto, o projeto da Eletrosul será o primeiro a sair do papel e a disponibilizar a energia gerada – um megawatt-pico ou o equivalente ao consumo de 570 residências, aproximadamente – nas redes de transmissão. O Megawatt Solar emprega a tecnologia BIPV (sigla em inglês para energia fotovoltaica integrada à edificação). O telhado do edifício-sede da Eletrosul, em Florianópolis (SC), e as coberturas dos estacionamentos, somando uma área de cerca de 8 mil metros quadrados – receberão os módulos fotovoltaicos (placas de silício que captam a radiação e convertem em energia elétrica).

“Os projetos de energia solar brasileiros, graças à atuação da Embaixada Brasileira, têm tido uma repercussão muito grande em toda a Europa. É uma honra para a Eletrosul ser a primeira empresa pública a pesquisar a geração de energia solar e trabalhar nessa questão. É uma honra sermos precursores dessa ideia e termos o importante aval do governo brasileiro por meio da embaixada na Alemanha”, afirmou o presidente da estatal, Eurides Mescolotto.

Para o diretor técnico do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas (Ideal) e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Ricardo Rüther, o projeto da Eletrosul irá alavancar outras iniciativas de geração fotovoltaica no Brasil. Segundo ele, o cenário no país é otimista já que a região menos ensolarada do Brasil tem níveis de radiação 40% maiores que nas áreas mais ensolaradas da Alemanha. “Lá, os investimentos em energia solar estão crescendo vertiginosamente, mesmo tendo menos radiação que no Brasil. Chegou a hora de investirmos pesado também”, disse.

O governo alemão tem sido um importante parceiro da Eletrosul na concretização do Megawatt Solar. Além de contribuir com a concepção do projeto, por meio da agência alemã de cooperação internacional GIZ, concedeu financiamento de 2,8 milhões de euros, a fundo perdido, pelo banco KfW, para viabilizar a implantação da usina. O projeto tem, ainda, as parcerias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto.

O seminário desta terça-feira (03) – Solarenergie für Stadien und Gebäude in Brasilien (Energia Solar para Estádios e Prédios no Brasil) – reunirá empresas fabricantes de painéis fotovoltaicos e outros componentes de geração de energia solar, da Alemanha e de vários outros países.

Studio Equinócio

Fonte: Fonte: EletroSul