O pioneirismo da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. na geração de energia fotovoltaica – que transforma a radiação solar em energia elétrica – será um dos destaques do seminário organizado pela Embaixada Brasileira, em Berlim, Alemanha, nesta terça-feira (03). A apresentação do projeto Megawatt Solar abrirá o evento, que também colocará em discussão o aproveitamento das coberturas dos estádios brasileiros, sedes da Copa 2014, para captação e geração de energia a partir dos raios solares. Os projetos dos estádios Governador Magalhães Pinto – o Mineirão, em Belo Horizonte (MG), e de Pituaçu, em Salvador (BA) também serão apresentados.

Entretanto, o projeto da Eletrosul será o primeiro a sair do papel e a disponibilizar a energia gerada – um megawatt-pico ou o equivalente ao consumo de 570 residências, aproximadamente – nas redes de transmissão. O Megawatt Solar emprega a tecnologia BIPV (sigla em inglês para energia fotovoltaica integrada à edificação). O telhado do edifício-sede da Eletrosul, em Florianópolis (SC), e as coberturas dos estacionamentos, somando uma área de cerca de 8 mil metros quadrados – receberão os módulos fotovoltaicos (placas de silício que captam a radiação e convertem em energia elétrica).

“Os projetos de energia solar brasileiros, graças à atuação da Embaixada Brasileira, têm tido uma repercussão muito grande em toda a Europa. É uma honra para a Eletrosul ser a primeira empresa pública a pesquisar a geração de energia solar e trabalhar nessa questão. É uma honra sermos precursores dessa ideia e termos o importante aval do governo brasileiro por meio da embaixada na Alemanha”, afirmou o presidente da estatal, Eurides Mescolotto.

Para o diretor técnico do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas (Ideal) e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Ricardo Rüther, o projeto da Eletrosul irá alavancar outras iniciativas de geração fotovoltaica no Brasil. Segundo ele, o cenário no país é otimista já que a região menos ensolarada do Brasil tem níveis de radiação 40% maiores que nas áreas mais ensolaradas da Alemanha. “Lá, os investimentos em energia solar estão crescendo vertiginosamente, mesmo tendo menos radiação que no Brasil. Chegou a hora de investirmos pesado também”, disse.

O governo alemão tem sido um importante parceiro da Eletrosul na concretização do Megawatt Solar. Além de contribuir com a concepção do projeto, por meio da agência alemã de cooperação internacional GIZ, concedeu financiamento de 2,8 milhões de euros, a fundo perdido, pelo banco KfW, para viabilizar a implantação da usina. O projeto tem, ainda, as parcerias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto.

O seminário desta terça-feira (03) – Solarenergie für Stadien und Gebäude in Brasilien (Energia Solar para Estádios e Prédios no Brasil) – reunirá empresas fabricantes de painéis fotovoltaicos e outros componentes de geração de energia solar, da Alemanha e de vários outros países.

Studio Equinócio

Fonte: Fonte: EletroSul

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