Califórnia incentiva energia solar nas novas edificações

No últimos anos a Califórnia ofereceu incentivos generosos que favoreceram o sucesso e crescimento da energia solar em os EUA. Mas uma de suas iniciativas para manter a hegemonia e pioneirismo no setor da energia solar encontra-se ainda na sua infância e não foi utilizada maciçamente até presente momento.

É o caso do programa chamado “New Solar Homes Partnership”, que oferece incentivos financeiros e uma série de apoios aos construtores, com o objetivo de incentivar a construção de novas casas “solares”, que não só incluem energia solar nos telhados, mas também uma maior eficiência energética levando a um menor consumo e menores impactos sobre o meio ambiente.

Desde o lançamento do programa em 2007, cerca de 12 megawatts de painéis solares foram adicionados ou aprovados para instalação usando este programa, de acordo com dados fornecidos pela comissão de energia do estado. A meta é chegar a 400 megawatts até o final de 2016.

As causas da ainda baixa utilização do programa e da redução de seu uso pode ser explicada pela queda das construções habitacionais, não só na Califórnia, mas em todo os EUA. O programa foi lançado quando o mercado da construção civil estava crescendo, mas naquele ano o mercado inverteu a tendência indo de 113.034 casas construídas em 2007 para 44.925 em 2010, de acordo com dados da Associação da Indústria de Construção da Califórnia.

Alterações introduzidas no ano passado tornaram ainda mais atraente o programa, permitindo que os proprietários de casas novas instalem a energia solar fotovoltaica sob contratos de longo prazo do arrendamento (leasing) ou acordos de compra de energia de longo prazo (PPA).

As alterações têm aumentado significativamente o número de novas instalações de energia solar nos últimos meses, e as expectativas similares existem para um maior crescimento nos próximos trimestres.

Com a idéia de ajudar os proprietários em estimar as economias de eletricidade a Comissão de Energia da Califórnia, desenhou uma “calculadora solar” que permite conhecer os efeitos dos menores pagamentos futuros de consumo de eletricidade.

Iniciativas semelhantes têm sido implementadas em outras grandes cidades como Nova York, indicando uma maior disposição e tendência para o desenvolvimento de “cidades solares”.

Lei determina implantação de sistema solar em prédios públicos de BH

Escolas, hospitais e postos de saúde podem economizar até 45% das despesas com o uso da energia solar, que a além de econômica é uma fonte sustentável

Uma nova norma municipal autoriza os prédio públicos de Belo Horizonte a instalarem sistema de aquecimento solar. A Lei 10.282/11, que entrou em vigor nessa quinta-feira, incentiva o uso sustentável dos recursos naturais e a redução dos gastos públicos na capital. Conforme a lei, a instalação do sistema de aproveitamento de energia solar poderá ser feita na construção, ampliação ou reforma dos prédios pertencentes à prefeitura. Estudos de viabilidade técnica e econômica serão realizados antes da implantação das placas de energia solar em escolas, hospitais, postos de saúde, entre outros.

No projeto original, o texto tornava obrigatório o uso do sistema solar nos prédios públicos, mas sofreu alterações ao ser sancionado e agora estabelece a prática como recomendada, levando-se em consideração a estrutura dos edifícios. Segundo o vereador Iran Barbosa (PMDB-MG) autor da proposta, o executivo municipal não fica obrigado a instalar os equipamentos, mas sempre que for tecnicamente possível, deverá colocar as placas. Alguns prédios com características arquitetônicas especiais talvez fiquem sem a tecnologia, para não perderem a originalidade.

A lei pretende racionalizar o consumo de energia elétrica, através do uso de fontes de energia mais baratas e de menor impacto ambiental como alternativa à energia eletrica. Segundo Iran Barbosa, além da questão ambiental, o uso do sistema solar gera economia para os cofres públicos. Usando a experiência de cidades como Rio e São Paulo, o vereador acredita que BH pode reduzir até 45% as despesas com energia elétrica.

A prefeitura vai fazer um estudo apontando os prédios que devem receber o sistema. Em seguida, abrirá processo de licitação e, segundo Iran Barbosa, o processo de instalação deve durar até quatro meses. De acordo com o parlamentar, o investimento no sistema de placas solares pode ser pago com seis meses de uso e gastos menores.

Fonte:http://www.em.com.br

Projeto de usina termossolar em Coremas é discutido com empresários

Em uma reunião realizada no último dia 6, na sede da Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão (Seplag), empresários paulistas apresentaram a representantes do Governo do Estado o projeto de implantação da usina de energia termo solar Coremas I, no município de Coremas, localizado no Sertão paraibano, a 390 quilômetros da Capital. O investimento inicial é de R$ 300 milhões, com geração de 1,5 mil empregos diretos na região. O projeto, que consiste em um sistema de geração de energia via fonte solar e biomassa, garante à Paraíba a condição de primeira localidade da América Latina a possuir uma usina dessa natureza.

Para o titular da Seplag, Gustavo Nogueira, trata-se de um investimento de importância singular para a Paraíba, uma vez que está focado na exploração de energia renovável, e com uma vertente com um contorno de inclusão social e de inclusão produtiva. “Este projeto terá do Governo do Estado toda a atenção, seguindo a recomendação do governador Ricardo Coutinho”, disse.

Para o secretário do Turismo e do Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano, a palavra de ordem, a partir de agora, é o trabalho em conjunto, para que o investimento se. Já a diretora-presidente da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), Margarete Bezerra Cavalcanti, completou: “Serão necessários mais seis meses para a conclusão das definições do projeto”.

Desenvolvimento – Segundo o prefeito de Coremas, Edilson Pereira de Oliveira, o maior ganho para a cidade será o desenvolvimento econômico. “Os recursos provenientes do pagamento de impostos, pela usina, serão destinados, prioritariamente, para a melhoria de equipamentos nas áreas de educação e saúde”, disse.

De acordo com Edmon Farahat, sócio-diretor da empresa paulista Rio Alto Energia, responsável pelo projeto, inicialmente a usina terá capacidade para produzir 50 megawatts de energia, mas a intenção é expandir esse potencial para 150 megawatts, em um prazo de até oito anos. “O projeto vai mudar o cenário dessa região, no que se refere a desenvolvimento”, afirmou.

Ele disse ainda que a cidade de Coremas foi escolhida com base em estudo realizado sobre a incidência da radiação solar naquela região – o que é ideal para o rendimento de uma usina de energia solar. Além disso, conforme explicou, em Coremas há facilidade de acesso à água e o município dispõe de uma subestação, que foi feita para uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), instalada no açude daquela cidade, e que está sendo subutilizada. “Essa subestação tem condições de receber toda a energia que será gerada”, completou.

Rafael Brandão, também sócio-diretor da Rio Alto Energia, disse que a licença de instalação já foi obtida e a construção da usina já foi iniciada, em uma área de 400 hectares. “Estamos aguardando as liberações financeiras. Só falta a venda de energia, por meio de um possível leilão organizado pelo Ministério das Minas e Energia”, informou. Ele disse que a energia será vendida para a Eletrobrás, havendo ainda possibilidade de venda para um grupo privado.

Brandão destacou também que, como complemento à energia solar, a empresa utilizará o bagaço do coco para produzir energia. “Faremos um estudo utilizando o resíduo de coco na região, em um raio de 80 quilômetros. Já iniciamos discussões com o BNDES para auxiliar na parte social, na geração de empregos diretos (além das 1.500 vagas iniciais), também na parte da estufa, que será construída após a conclusão da obra da usina”, informou o empresário.

Participaram da reunião os secretários Gustavo Nogueira (Seplag) e Renato Feliciano (Setde); a diretora-presidente da Cinep, Margarete Bezerra Cavalcanti; o diretor de Desenvolvimento Econômico da Cinep, Juliano Gorski; o prefeito do município de Coremas, Edilson Pereira de Oliveira, e o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Pedro Sabino.

Fonte: http://canalpb.com.br

Sua Majestade o Rei da Espanha Juan Carlos I e Sua Alteza Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan inauguram usina solar da Gemasolar na Espanha

SEVILHA, Espanha–(BUSINESS WIRE)–Fuentes de Andalucía — No ultimo dia 6 de Outubro, Sua Majestade o Rei da Espanha Juan Carlos I e Sua Alteza Geral Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, Príncipe Coroado de Abu Dhabi, Comandante Supremo das Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos, inauguraram oficialmente a nova usina solar Gemasolar em Fuentes Andalucía, Espanha.

Sua Alteza Sheikh Hazza bin Zayed Al Nahyan, Conselheiro de Segurança Nacional e Vice-Presidente do Conselho Executivo de Abu Dhabi, EAU, e Sua Alteza Sheikh Abdullah bin Zayed Al Nahyan, Ministro das Relações Exteriores, juntamente com outros dignatários dos Emirados Árabes Unidos e do governo espanhol, também participaram do evento. O Ministro das Relações Exteriores e Cooperação da Espanha, Trinidad Jiménez, e o Ministro da Indústria, Turismo e Comércio, Miguel Sebastián, estavam entre os convidados. O sr. Sebastian participou da cerimônia, juntamente com o presidente do governo autônomo de Andaluzia (Junta de Andalucía), José Antonio Griñán, que foi o último orador no evento.

Propriedade da Torresol Energy, uma joint venture entre a Masdar – empresa de energia renovável progressiva e holística de Abu Dhabi – e a SENER – empresa de construção e engenharia líder da Espanha, a Gemasolar é a primeira usina comercial no mundo a usar armazenamento térmico baseado em sal derretido em configuração de torre central com um campo heliostático.

A instalação da Gemasolar representa um avanço significativo da indústria solar global e um importante novo campo de cooperação entre a Espanha e os Emirados.

Durante a cerimônia, o presidente da Torresol Energy, Enrique Sendagorta, o presidente da SENER, Jorge Sendagorta, e o diretor executivo da Masdar, Dr. Sultan Ahmed Al Jaber, destacaram nos seus discursos a importância desse projeto.

O sr. Enrique Sendagorta declarou: “Queremos ser uma empresa global que desenvolve o uso de energia solar como uma fonte sustentável de energia e, portanto, contribuir com a proteção do ambiente para as gerações futuras. O lançamento desta usina que inauguramos hoje é o primeiro passo decisivo no nosso caminho. A Gemasolar, que pertence à Torresol Energy, não teria sido possível sem as contribuições dos seus parceiros: SENER e Masdar”.

Por sua vez, o sr. Jorge Sendagorta complementou: “Na última década, a SENER dedicou um enorme esforço intelectual e econômico para o avanço e a implementação comercial da geração termoelétrica de energia solar concentrada. Um esforço que deu resultados, pois materializamos três importantes contribuições para o desenvolvimento dessa tecnologia: o armazenamento térmico, que melhora drasticamente a disponibilidade da usina e torna possível gerar energia mesmo quando não há luz solar, o aumento da eficiência termoelétrica, com receptores que operam em temperaturas muito altas e a redução de custos com designs e processos industrializados. Todas essas inovações são particularmente demonstradas nessa usina da Gemasolar”.

O Dr. Al Jaber disse: “Abu Dhabi tem o objetivo de construir pontes com nações semelhantes para tratar dos maiores desafios do mundo, tais como segurança energética, mitigação de mudança climática e desenvolvimento humano sustentável. Hoje é um marco importante neste empreendimento. A Masdar está trabalhando com parceiros internacionais para desenvolver e implementar as mais recentes inovações científicas e tecnológicas, aumentando o papel da energia renovável como parte de uma energia diversificada. Desta forma, vamos usufruir do papel internacional dos Emirados como exportadores de energia, sendo também fornecedores globais de conhecimento e expertise de energia do futuro. Os benefícios dessa usina vão além da nova tecnologia e chegam ao desenvolvimento econômico e social e esperamos trabalhar com outras nações para aproveitar novas oportunidades e nos beneficiarmos desta significativa conquista”.

Mais de trezentos e cinquenta convidados participaram da abertura, entre eles representantes de governos centrais, regionais e locais, políticos líderes da Espanha, profissionais do setor financeiro, associações comerciais e agências de pesquisa, além de figuras importantes do setor de ESC e técnicos cujo trabalho contribuiu para a bem sucedida conclusão da usina.

A Gemsolar é uma revolução no setor de ESC, e espera-se que sua operação comercial abra caminho para outras usinas de torre central com tecnologia de receptor de sal derretido, um sistema eficiente que melhora o despacho de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

A Gemasolar é uma usina solar de alta temperatura, que pode alcançar temperaturas operacionais de mais de 500°C, muito mais altas que usinas com tecnologia parabólica, pois não precisa de petróleo, mas usa ao invés disso sal derretido como fluido de transferência. Essas temperaturas mais altas, por sua vez, geram vapores mais quentes e pressurizados na turbina, o que aumenta significativamente a eficiência da usina.

A capacidade de armazenamento de sal permite que a usina forneça energia sob demanda para a rede, independentemente de haver radiação solar. Logo, a Gemasolar, com sua capacidade de 19,9 MW, pode fornecer eletricidade a uma população de 27.500 domicílios no sul da Espanha. Espera-se que a Gemasolar produza um total líquido de mais de 110 GWhe por ano operando um total de 6.450 horas em capacidade total.

Essa produção anual da Gemasolar (110 GWhe) é equivalente à energia gerada em uma usina térmica convencional queimando 89 mil toneladas de lignito ou energia convertida de 217 mil barris de petróleo. Portanto, espera-se que a usina economize mais de trinta mil toneladas de emissão de CO2 por ano.

Os equipamentos mais avançados da usina foram desenvolvidos pela SENER. Essa empresa tem sido responsável por conduzir a EPC e os trabalhos de comissionamento da usina e também fornecer toda a tecnologia para a Gemasolar e o design de engenharia básico e detalhado. Quanto à Masdar, uma desenvolvedora estratégica de projetos de energia renovável, a empresa ajudou a garantir a abordagem comercial para financiar e operar esta instalação.

A Torresol Energy, que desenvolve comercialmente, gerencia construção, é dona e opera usinas de ESC globalmente foi premiada com uma tarifa regulamentada de 25 anos pelo governo espanhol. Ela está desenvolvendo outras duas instalações – Valle 1 e Valle 2 – perto de Cadiz. Essas instalações de 50 MW empregarão tecnologia parabólica e terão uma produção elétrica líquida de 160 GWh/ano cada uma – equivalente a um consumo médio de quarenta mil domicílios. Essas duas usinas juntas ajudarão a economizar 90 mil toneladas de CO2 por ano. Ambas estão agendadas para começar a operar no final de 2011.

Essas instalações ajudarão a Espanha a contribuir para as metas de clima e energia de 2020 da Europa que pretendem reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20%, aumentar para 20% o uso de renováveis como fonte primária de energia e reduzir o consumo de energia primária em 20% através de eficiência melhorada.

Uma instalação de financiamento de 171 milhões de euros foi garantida através do mercado aberto em 2008 para a construção da Gemasolar, guiada pelo Banco Popular, Banesto e o Instituto de Crédito Oficial, com 90 milhões de euros dessa instalação fornecidos pelo European Investment Bank. Outros 540 milhões de euros de empréstimos de financiamento do projeto foram garantidos para a construção de Valle 1 e Valle 2.

Levantar este valor para uma tecnologia inovadora em escala comercial mostra que a Masdar e a SENER são capazes como parceiros tecnológicos fortes e confiáveis. O apoio da EIB também foi muito importante para a viabilidade desse projeto. O investimento total nas três instalações chegou a 1 bilhão de euros (US$ 1,4 bilhão).

A Gemasolar já ganhou inúmeros prêmios inclusive ‘Inovação de tecnologia comercializada do ano’ e o título Ruban d’Honneur nos prestigiosos Prêmios de Negócios Europeus.

Martifer aposta na energia solar no Brasil

A Martifer está a sondar oportunidades de investimento em energia solar no território brasileiro, avançou à agência Lusa o CEO da Martifer Renováveis do Brasil.

“Uma das grandes actividades do grupo é a Martifer Solar. Estamos a posicionar-nos no mercado brasileiro para, quando a regulamentação sair, podermos fazer alguma coisa”, afirmou Armando Abreu. Apesar de o país ter condições favoráveis para o desenvolvimento da tecnologia, a energia solar ainda não avançou no Brasil por falta de legislação que viabilize o seu aproveitamento pela rede eléctrica.

Deste modo, enquanto a regulamentação não é aprovada no Congresso brasileiro, a Martifer Renováveis está a contactar potenciais clientes privados. “Estamos a negociar contratos de venda de energia solar com players privados. A ideia é começar com o projecto assim que tivermos uma oportunidade e, depois, esperar pela regulamentação”, concretizou Armando Abreu.

A Martifer pretende ainda expandir as suas operações na produção de energia eólica no Brasil. Em 2009, a empresa ganhou nove projectos para a construção de parques eólicos.

Fonte:http://www.oje.pt/

Paraty recebe o Desafio Solar Brasil 2011 em outubro

Entre os dias 25 e 29 de outubro, Paraty recebe o “Desafio Solar Brasil 2011”, competição de barcos movidos a energia solar organizada pelo Polo Náutico da UFRJ. Ao mesmo tempo, ocorre a “Festa do Mar e do Sol”, que inclui oficinas que abordam temas como energia limpa e renovável, sustentabilidade e reciclagem. O objetivo é estimular o desenvolvimento de tecnologias para fontes limpas de energia. O evento também divulga o potencial de aplicação de fontes alternativas de energia em embarcações, contribuindo para o desenvolvimento da indústria naval brasileira.

O “Desafio Solar Brasil” foi idealizado pelo Polo Náutico após a participação de uma equipe da UFRJ no “Frisian Solar Challenge 2006”, competição de barcos solares realizada a cada dois anos na Holanda.

Paraty foi sede da edição experimental da competição em 2009 e fechou a edição de 2010, que também teve etapas em Niterói e Cabo Frio. Nesta terceira edição, o evento já passou por Santa Catarina e pela cidade do Rio de Janeiro, na Cidade Universitária.

Fonte:http://www.planetauniversitario.com

Tecnologia para criar metrópoles mais verdes

Será que as grandes cidades conseguem virar uma parte da solução ambiental, em vez de parte do problema?

Não se trata de uma pergunta à-tôa. Espera-se que a população urbana do mundo dispare nos próximos 20 anos, de mais de 3 bilhões atualmente para mais de 5 bilhões. Se a atual taxa de urbanização for mantida, as cidades vão responder por quase três quartos da demanda de combustíveis, inclusive para geração de energia, até 2030. A maior parte desse aumento virá de países em rápido desenvolvimento, como China e Índia; só as cidades da China terão de prover água, habitação, transporte e outros serviços para 400 milhões de novos habitantes urbanos até 2030.

Assim, não dá para as cidades só ficarem um pouco mais verdes; é preciso que elas sejam repensadas do começo ao fim. O objetivo: ambientes residenciais compactos que exijam menos recursos e extraiam o máximo da terra, água e energia que usam.

“Vai ter de haver novas formas de combustíveis, novas maneiras de distribuir energia e novas formas de infraestrutura”, diz Warren Karlenzig, presidente da consultoria Common Current, especializada em cidades sustentáveis. “Tudo isso vai ser necessário para que as cidades possam operar como operam hoje.”

Não faz muito tempo que a ideia de usar “verde” e “cidade” na mesma sentença parecia absurda. Cidades eram consideradas uma mancha no ambiente: chiqueiros de energia que vomitam poluição, verdadeiros infernos ambientais. Mas em anos recentes, elas começaram a ser vistas como modelos de virtude verde. Moradores de centros urbanos tendem a usar mais transporte coletivo, andar mais e dirigir menos do que os de pequenas cidades. Morar em apartamentos geralmente implica em menor uso de energia por residência.

A partir dessas vantagens, planejadores e construtoras estão criando soluções inovadoras para atender, agora e no futuro, às necessidades de energia, água, transporte e saneamento de habitantes urbanos.

Alguns melhoramentos são bem fáceis, como a mudança para a iluminação econômica com luminárias do tipo LED em prédios e postes de rua, ou a criação de faixas para bicicletas em ruas e avenidas e o alargamento de calçadas para estimular alternativas ao transporte automobilístico. Outras são mais ambiciosas e exigem novas obras ou até mesmo uma vasta reforma da infraestrutura urbana.

Alguns dos projetos mais ambiciosos — e as maiores fontes de ideias inovadoras — são as dezenas de projetos de “eco-cidades” que estão sendo desenvolvidas ou desenhadas em pranchetas pelo mundo afora. Projetos como o Distrito Comercial Internacional Songdo, perto de Incheon, na Coreia do Sul, estão na vanguarda, testando as últimas novidades em tecnologias verdes.

Mas as iniciativas verdes não são encontradas somente em projetos de novas cidades. A americana Chicago, por exemplo, tem cerca de 350 projetos de telhados ajardinados cobrindo mais de 400 mil metros quadrados.

É claro que muitas dessas iniciativas podem sair caro, com um custo inicial elevado. Planejadores urbanos dizem que a economia com as contas menores de eletricidade e outras coisas podem mais do que compensar as despesas extras, mas o ponto de equilíbrio pode levar anos para chegar. Mesmo assim, as cidades — diferentemente do proprietário da casa própria que pensa em instalar painéis de energia solar no teto — podem adotar uma visão de longo prazo e fazer investimentos que só terão retorno em décadas.

Assim, como poderiam as cidades — velhas e novas — levar o verde a um novo patamar? Eis algumas maneiras:

Microturbinas Eólicas As enormes fazendas de vento que já são vistas em alguns cenários rurais não servem para as cidades, onde a vibração poderia chacoalhar as janelas e o barulho seria irritante.

Por isso os planejadores estão se voltando para microturbinas. Esses pequenos geradores ficam em cima de prédios comerciais ou residenciais e são projetados para aproveitarem as características típicas do vento nas grandes cidades — muita turbulência e mudanças frequentes e repentinas de direção.

Essas turbinas são geralmente pequenas, com poder de 1 a 3 quilowatts cada. Mas quando instaladas em série e combinadas com painéis de energia solar de alta eficiência, conseguem gerar uma grande parte da quantidade de eletricidade que um prédio necessita, especialmente quando a estrutura é equipada com um conjunto completo de recursos para economizar luz.

Um pequeno grupo de empresas fornece microssistemas eólicos pelo mundo, e os aparelhos, embora mais caros por quilowatt do que sistemas maiores, foram já instalados em vários lugares, entre os quais a sede administrativa da PepsiCo Inc. em Chicago.

Armazenamento Hídrico Bombeado/Micro-hidrelétricas As energias eólica e solar são notoriamente inconstantes, produzindo mais eletricidade do que é preciso em certos momentos e menos do que é desejado em outros. Uma cidade que quer contar com essas fontes intermitentes precisa descobrir uma maneira de acumular essa energia.

Uma técnica: o armazenamento hídrico bombeado. Quando a energia eólica ou solar é abundante, a eletricidade é usada para bombear água para um reservatório superior; mais tarde, quando a eletricidade é requerida, a água é liberada para descer, alimentando turbinas no processo. (Os lagos resultantes têm a vantagem adicional de ajudar no paisagismo dos espaços externos do prédio.)

Sistema de armazenagem hídrica de grande escala estão sendo cada vez mais usados para guardar energia, e muitas cidades isoladas dependem de micro-hidrelétricas para ter eletricidade.

Acrescentar uma instalação de armazenamento hidrelétrico não é tecnicamente difícil, mas é caro, especialmente em pequena escala, e a atual tecnologia geralmente exige uma grande “queda”, ou mudança de elevação, para produzir eletricidade em quantidade — mas as empresas estão desenvolvendo turbinas hidráulicas de baixo fluxo que consigam operar em ambientes com menos inclinação.

Andar a pé e de bicicleta Ao reunir pessoas, empregos e serviços em alta concentração, as metrópoles têm o potencial de estimular o uso de transporte coletivo. Embora isso seja mais factível em centros urbanos do mundo desenvolvido, metrópoles não tão ricas também têm tentado ampliar suas alternativas de serviços de ônibus e outros transportes públicos.

Os planejadores de cidades “verdes” avançam ainda mais, projetando ruas de maneira que caminhar seja seguro, conveniente e interessante, com amplas calçadas, paisagismo e muitas faixas de pedestres, além de designar faixas exclusivas para bicicletas nas ruas, além de ciclovias dedicadas.

Songdo, na Coreia, com seus 607 hectares, foi projetada de modo que a maioria das lojas, parques e pontos de ônibus possa ser alcançada em uma caminhada de menos de 15 minutos. A cidade também tem uma rede de 24 quilômetros de ciclovias.

Algumas cidades também estão experimentando o PRT, sigla em inglês para Transporte Pessoal Rápido. São véiculos que trafegam por vias específicas e podem carregar até seis pessoas cada. Não há horários ou rotas fixas, cada passageiro escolhe aonde quer ir e um computador central guia o carro sem paradas intermediárias.

Coleta de Lixo Pneumática Até mesmo as cidades mais verdes produzem montanhas de lixo, o que cria dois problemas: coletar o lixo e eliminá-lo.

Do lado da coleta de resíduos, um sistema centralizado, utilizando uma rede subterrânea de tubos pneumáticos, pode substituir as frotas de caminhões que atrapalham o trânsito, estragam a pavimentação das ruas e queimam combustíveis fósseis.

Os tubos podem recolher o lixo tanto das casas como dos latões de lixo nas ruas e levá-lo a um centro de coleta e triagem. Embora alguns sistemas recolham apenas resíduos de alimentos, outros são planejados para tratar da coleta separada de papel e outros resíduos recicláveis.

Esses sistemas são utilizados atualmente em dezenas de cidades em todo o mundo; um sistema pneumático de coleta de lixo na Ilha Roosevelt, em Nova York, está em operação desde 1975.

Transformar lixo em recursos Alcançar desperdício zero é tão importante para as cidades como alcançar o carbono zero.

Isto significa não só incentivar os moradores a reciclar. As cidades também podem implantar tecnologias que aproveitam a energia e outros recursos valiosos enterrados no lixo.

Avançados digestores anaeróbicos processam o lixo orgânico e o lodo que sobra do tratamento de águas residuais para a produção de biogás, que pode ser queimado para gerar energia. Essa tecnologia, mais comum na Europa, está começando a ser implantada nos EUA para o tratamento do lixo urbano.

Gaseificadoras por arco de plasma de alta temperatura podem consumir quase todo o fluxo de resíduos, gerando um gás sintético que é queimado para produzir eletricidade. A escória que sobra pode ser usada em materiais de construção.

Em um novo sistema em estudos no projeto PlanIT Valley, uma cidade ecológica planejada para o norte de Portugal, as latas de alumínio são processadas com água e energia, produzindo óxido de alumínio e hidrogênio, que pode então ser usado para alimentar células a combustível.

Mas como o óxido de alumínio exige tremendas quantidades de energia para fabricar alumínio, pode ser mais viável economicamente apenas reciclar as embalagens de alumínio.

Telhados verdes Os telhados, que ocupam um quinto da superfície urbana, podem ser usados para instalar painéis solares ou turbinas eólicas; mas sem ser isso, são subutilizados.

Cobrir o alto dos edifícios com gramíneas, arbustos e outras plantas pode gerar uma série de benefícios.

Embora com frequência seja mais caro do que as coberturas tradicionais, o telhado verde proporciona isolamento e reduz as necessidades de aquecimento e resfriamento de um edifício.

Ele absorve a água da chuva, reduzindo a carga dos sistemas de drenagem de águas pluviais, e filtra o restante da água que escorre, podendo assim ser usado para muitas necessidades domésticas. Esse telhado também filtra muitos poluentes do ar.

Fonte:http://online.wsj.com

JR Hotel já está operando em Ribeirão Preto- energia solar aquece a água

Com investimento de R$ 15 milhões e a geração de 30 empregos diretos, o JR Hotel já entrou em operação na esquina das Ruas Campos Salles com Saldanha Marinho, na região central de Ribeirão Preto (SP). Esta é a terceira unidade de uma rede que já conta com hotéis em Marília e Presidente Prudente, todos no interiorpaulista.

Os 89 apartamentos (UH) do JR Hotel Ribeirão Preto estão distribuídos em doze andares, sendo individuais, duplos, triplos, de casal e também suítes especiais com hidromassagem. Todos estão equipados com aparelhos de ar condicionado, televisores LCD, frigobar abastecido, secadores de cabelos e acesso gratuito à internet (cabo e sem fio). Além disso, haverá uma área especial para atender o público feminino. Outro diferencial é o espaço Fitness Center totalmente equipado com aparelhos modernos e vista panorâmica do centro da cidade.

O JR Hotel Ribeirão Preto foi construído conforme normas ambientais que prevêem sistema de aquecimento com energia captada por meio de painéis solares, sistema inteligente de controle do consumo de energia nos quartos, corredores e elevadores, gerador central, entre outros itens. O empreendimento também segue padrões de segurança com escadas pressurizadas, sistema anti-incêndio inteligente e câmeras de monitoramento.

Corporativo – Na segunda etapa da operação, prevista para daqui a 30 dias, o JR Hotel passará a contar com três salas de eventos totalmente equipadas para convenções, palestras, seminários e reuniões de negócios.

“A cidade recebe muitos turistas de negócios que participam de feiras e reuniões, profissionais que vêm paracursos, congressos e também estudantes em fase de vestibular. Além disso, precisamos pensar em 2014, quando teremos a Copa do Mundo no Brasil, sem contar os grandes eventos que já acontecem na região, como as feiras de agronegócios, micaretas, entre outros”, explica José Carlos Guimarães Alvim, diretor-proprietário do JR Hotel Ribeirão Preto.

Homenagens – “Geralmente, nos hotéis, os locais destinados para a realização de eventos ou reuniões sempre têm um nome como identificação. No caso das salas de eventos do JR Hotel, a ideia é homenagear as cidades onde já estamos presentes, portanto, o nome das salas serão Marília, Presidente Prudente e, agora, também Ribeirão Preto”, afirma Adriana Mantese Gáspari, gerente do hotel.

Localização privilegiada – A região central de Ribeirão Preto vive atualmente um excelente momento, poispassa por reformas anti-enchentes e revitalizações. O JR Hotel Ribeirão Preto também veio para colaborar diretamente com a melhoria da infra-estrutura nesse setor da cidade. Os hóspedes, além do fácil acesso, poderão contar com uma bela vista do Parque Maurilio Biagi, da Catedral Metropolitana e de diversos prédios históricos da cidade.

Fonte:http://www.jornalahoraonline.com.br

Sede da Bill & Melinda Gates Foundation recebe certificação LEED-NC Platinum

Complexo de organização não lucrativa se tornou o maior do mundo desse tipo a receber certificação

Os edifícios da fundação Bill & Melinda Gates, projetados pelo escritório NBBJ na cidade de Seattle (Estados Unidos), acabam de receber a certificação LEED-NC Platinum, que é acreditada a novas construções. Concluída em março, a sede se tornou o maior complexo de uma organização não lucrativa com esse tipo de certificação do mundo.

Sede compreende dois edifícios envidraçados em forma de “V”

Os edifícios de 59,4 mil m² contam com 8 mil m² de cobertura verde, 3,8 milhões de litros de reservatórios para água da chuva, sistema de captação de luz solar e outros itens sustentáveis. A estrutura ocupa um terreno que antes servia como um estacionamento. Para melhorar a permeabilidade do local, o projeto previu a colocação de vegetação por todo o terreno.

A sede consiste em dois volumes principais em forma de “V”, com fachadas de envidraçadas. Entre os dois, há uma praça arborizada e com espelhos d’água. Por onde o visitante passar, haverá vegetação.

Segundo o escritório, o projeto começou com o objetivo de receber a certificação LEED Nível Prata, mas o projeto foi se tornando mais sustentável com o tempo. “Nosso principal objetivo foi projetar os edifícios certos para a equipe da fundação e para a comunidade ao redor. Aconteceu que as melhores soluções para os edifícios eram também as mais ‘verdes”, disse Margaret Montgomery, diretora de sustentabilidade no escritório.

Para alcançar a certificação, foram aplicadas soluções como sistemas de economia de energia através de sensores de iluminação e de ocupação da sala, uso de ventilação natural e utilização de vidros de alto desempenho. A água reservada durante o dia é utilizada nos edifícios e a noite fica estocada, resfriando os prédios. A água dos edifícios é aquecida através de 47 tubos coletores de luz solar no telhado. No total, as soluções reduzem em 40% a quantidade de energia utilizada e o investimento será pago em 30 anos. Na construção foram utilizados também materiais reciclados, assim como materiais da região.

Fonte:http://www.piniweb.com.br