Os recentes desenvolvimentos tecnológicos, novos materiais e métodos de fabrico, e diferentes abordagens de negócio na indústria solar térmica marcaram a quinta edição do SMEThermal. A conferência internacional teve lugar a 18 de Fevereiro, em Berlim na Alemanha, e, durante um dia inteiro, juntou mais de 130 especialistas de 20 países diferentes.
“O solar térmico na Europa precisa de um forte compromisso político a longo prazo, só assim o imenso potencial técnico e económico pode ser desbloqueado no seu todo”, apontou Karl-Heinz Remmers, o CEO da Solarpraxis, responsável pela organização da conferência.

A Índia foi o país convidado da edição deste ano. Responsáveis governamentais e das associações solares indianas deram a conhecer as metas e os mecanismos de apoio existentes no país, assim como o seu potencial da energia solar térmica, quer para colectores concentradores, quer para a sua utilização no aquecimento de águas.

Aproveitando a ocasião, Gerhard Stryi-Hipp, do Fraunhofer ISE, apresentou a parceria entre o German Society for International Cooperation (GIZ) e o Ministério para Novas Energias e Renováveis indiano, cujo objectivo é promover o desenvolvimento do mercado para as aplicações industriais de calor de processo na índia, através do aumento da sensibilização global e confiança na credibilidade dos sistemas e disponibilizando informação confiável sobre desempenhos e poupanças relativamente aos combustíveis fósseis.

Comunicar os desempenhos e vantagens da tecnologia de forma simples e clara continua a ser uma dificuldade do sector, apontou Uwe Trenkner (Trenker Consulting). “Os clientes têm interesse nas poupanças a longo prazo geradas pelo solar térmico, mas não em todos os parâmetros e detalhes técnicos”, declarou.

Outro dos temas fortes do encontro foi a abordagem de novos modelos de negócio, em particular a aplicação do modelo dos contratos de desempenho energético (ESE) a fornecedores de energia solar térmica: estes vendem directamente o calor de processo ao cliente, a taxas pré-definidas e abaixo dos preços dos combustíveis fósseis. Neste esquema, explicou Justin Schafer da Skyline Innovations, os riscos são retirados ao cliente, sendo porém necessário ter em conta os enquadramentos específicos para as ESE de cada país.

Este foi o quinto ano em que se realizou a conferência SMEThermal, organizada pela Solarpraxis AG. O evento contou com a colaboração da agência de pesquisa do mercado especializada na energia solar, Solrico – responsável pelo Índice ISOL – e da revista especializada Sun & Wind Energy.

Fonte:http://edificioseenergia.pt/

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