Até o início do próximo ano, a Paraíba deve contar com a primeira fábrica de painéis fotovoltaicos (solares) no Brasil através do Grupo Brasil Solair que na primeira fase do projeto vai implantar a unidade em uma área superior a dois hectares no Distrito Industrial de Pedras de Fogo com um investimento inicial de R$ 17 milhões e a geração de 74 empregos diretos. Para a concretização do empreendimento, o grupo foi recebido na quarta-feira (22) pelos dirigentes da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), outros gestores do governo e parceiros.
Durante a reunião, coordenada pela presidente da Cinep, Margarete Bezerra Cavalcanti, o grupo fez uma apresentação do projeto que será executado na Paraíba e que vai utilizar tecnologia alemã do grupo Schmid, presente em 23 países e um dos maiores no mundo em solução e tecnologia na cadeia produtiva de energia fotovoltaica, desde o polissilício até os painéis solares.
Segundo a presidente da companhia, a implantação do projeto da Brasil Solair é importante, pois além de gerar emprego e renda na Paraíba, vai contribuir para a diversificação da matriz energética do País.
A Brasil Solair está no mercado brasileiro há cerca de dois anos e é uma empresa de desenvolvimento e aplicações de energias renováveis, com base nas fontes solar e eólica, que acredita na micro e mini-geração distribuídas, por sua eficiência técnica e econômica, e capacidade de gerar melhores resultados e menores custos, se comparada ao processo realizado através do sistema convencional.
A primeira fase de implantação da planta industrial da Brasil Solair na Paraíba será destinada a fabricação de 30 mega watts em painéis por ano, cuja produção inicial será destinada ao mercado brasileiro com atendimento a condomínios, empreendimentos comerciais, entre outros. Já na segunda fase, em parceria com a Schmid, produzirá de forma vertical desde o polissilício até a produção final de painéis solares.
O diretor de Desenvolvimento Econômico da Cinep, Juliano Gorski Antônio, destacou que a importância do projeto está na transferência de tecnologia que se dará com a implantação da unidade na Paraíba. “Esse desdobramento possibilitará acordos de cooperação técnica e intercâmbios institucionais com as universidades paraibanas, além disso, o Estado poderá abrigar toda a cadeia produtiva de energia fotovoltaica”, destacou.
De acordo com Bruno Queiroga, diretor de relações institucionais do grupo, na segunda fase do projeto haverá um investimento de cerca de R$ 200 milhões e gerados aproximadamente 140 postos de trabalho de forma direta. Serão produzidos ainda na Paraíba pela Brasil Solair, equipamentos eletrônicos como medidores inteligentes, concentradores e inversores.
O sistema de energia com painéis fotovoltaicos traz inúmeras vantagens, dentre elas, ao consumidor, redução de até 100% na conta de energia, e para o meio ambiente, isenção de desmatamento das florestas e redução da emissão de gases poluentes.
Ele explicou que a diferença entre o painel fotovoltaico para o painel solar, popularmente conhecido, é que o último é utilizado para o aquecimento de água, onde através da incidência do sol sobre uma chapa de aço, alumínio ou ferro se faz o aquecimento da água, enquanto que o fotovoltaico cuida de transformar fótons em elétrons, que consequentemente será gerado energia elétrica.
Bruno Queiroga destacou que apesar do grupo ter recebido convite de outros Estados para a consolidação do empreendimento, optou pela Paraíba, pois tem posição geográfica privilegiada e qualificação profissional com centros de capacitação de mão de obra como a UFPB e UFCG aliada à política de incentivo do Governo do Estado com a concessão de incentivos fiscais e locacionais pela Cinep, além da desburocratização e celeridade na análise do projeto. “Como o sol nasce primeiro na Paraíba, a indústria fotovoltaica no Brasil também nascerá primeiramente aqui”, lembrou.
Participaram da reunião, na sede da Cinep, a presidente da companhia, Margarete Bezerra Cavalcanti, o diretor de Desenvolvimento Econômico e a diretora de Operações da Cinep, Juliano Gorski Antônio e Eriene Rafael de Sousa Suassuna, o chefe do departamento de Incentivos da companhia, Everaldo Aguiar, o vice presidente da Companhia Docas da Paraíba, Antônio Ricardo de Andrade, o secretário executivo da Receita, Leonilson Lins de Lucena, o assessor de política tributária da Secretaria de Estado da Receita, João Dantas, o diretor do centro de energias alternativas e renováveis da UFPB, Zaqueu Ernesto da Silva, executivos da Brasil Solair, Bruno Queiroga, Márcio Matta, Eduardo Klarnet e Luiz Guedes Pinheiro, além do vice presidente da Schmid, Frank Tinnefeld.
Secom-PB