O futuro de prédios não-residenciais envolverá fachadas de alta qualidade, segundo Doreen Kalz, engenheira mecânica do Instituto Fraunhofer da Alemanha. A especialista foi uma das palestrantes do Sasbe 2012 (Smart and Sustainable Built Environments), realizado entre os dias 27 e 29 de junho no Centro Brasileiro Britânico, em São Paulo.
Hoje prédios são grandes consumidores de energia – só o consumo de ar-condicionado subiu 7,5% em 2011 (dados globais). De acordo com Doreen, se edifícios novos tendem a seguir o conceito de energia zero, então a solução passa por os prédios demandarem menos energia para aquecimento e resfriamento.

Atualmente, as fachadas desempenham um papel passivo. Mas isto deve mudar. A fachada deve ter uma função ativa no desempenho do prédio, seja para promover aquecimento, resfriamento, ou mesmo geração de energia.

A alta qualidade das fachadas envolve também a multifuncionalidade dos elementos. Os vidros podem não só controlar os raios solares, como também serem eles próprios os geradores de energia com a aplicação de células voltaicas em sua superfície. Desta forma, não só paredes cegas e telhados, mas também as janelas podem gerar energia.

Outra necessidade será incorporação de tecnologia para se usar menos energia no aquecimento ou resfriamento. Primeiramente, os prédios devem demandar menos energia. “Se a temperatura é confortável entre 20°C e 27°C, é preciso resfriar os edifícios?”, questionou Doreen.

A palestrante citou o uso de ventilação natural, adoção de massa térmica incorporada nas paredes para conforto térmico, sistemas que aproveitam a energia geotérmica para dissipar a carga térmica do edifício.

Para o Brasil, sistemas com aproveitamento de energia solar são especialmente interessantes, por dispormos deste recurso natural com certa abundância. Há sistemas de resfriamento por água, de circuito aberto ou fechado, que podem fazer o trabalho de resfriar a temperatura sem o uso de energia elétrica.

As principais soluções, destacou Doreen, devem seguir uma abordagem holística. Não adianta somente introduzir componentes tecnológicos, mas sim integrar e adaptar as soluções à realidade do prédio em questão, do local, do ambiente, do uso, de todos os fatores em conjunto.

Fonte:http://www.piniweb.com.br/

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