Mercado mundial de energia solar fotovoltaica bate novo recorde atingindo 27,4 gigawatts em 2011

O relatório anual de mercado publicado pela NPD Solarbuzz apontou para um novo recorde no mercado mundial de energia solar fotovoltaica: 27,4 gigawatts (GW) em 2011. O crescimento global foi impulsionado pela forte demanda do segundo semestre e a indústria fotovoltaica gerou US $ 93 bilhões em receitas globais, um aumento de 12% em relação ao ano de 2010.

Dos mais de 100 países avaliados pelo relatório, os cinco principais mercados de energia solar fotovoltaica foram a Alemanha, Itália, China, Estados Unidos e França que juntos responderam por 74% da demanda global em 2011. Na China o crescimento foi de 470% o que levou o país do sétimo(2010) para o terceiro maior mercado.


Figura 1: Principais mercados do mundo (GW)

Fonte: NPD Solarbuzz 2012 Marketbuzz

DuPont e BBC World Series promovem debate inédito sobre energia

Renomados especialistas do País discutem os maiores desafios no setor.

São Paulo– O crescimento acelerado da população, associado ao aquecimento econômico dos mercados emergentes, indicam que até 2035 a demanda global por energia deve crescer em 40%. Além de investimentos na diversificação da matriz energética, diferentes esferas da sociedade começam a trabalhar em colaboração para o desenvolvimento de fontes limpas e renováveis.

Reduzir a dependência de combustíveis fósseis constitui um dos pilares de crescimento para a DuPont, que trabalha com clientes e parceiros no desenvolvimento de soluções que atendam as demandas e os desafios do mercado. Para estimular a discussão sobre o tema, a empresa organizou, em associação com a BBC World Series, um debate com renomados profissionais do mercado energético brasileiro.

A escolha do País para sediar o evento deve-se ao pioneirismo brasileiro no desenvolvimento de fontes energéticas limpas e renováveis. Em 2010, 45% das necessidades energéticas brasileiras foram atendidas por fontes renováveis. Para a próxima década, a expectativa é que este índice alcance a marca de 60%. “Não consigo pensar em nenhum lugar melhor do que o Brasil para discutir os desafios mundiais em torno do nosso futuro energético”, ressalta Thomas Connelly, vice presidente executivo e chefe de Inovação da DuPont. “Estamos trabalhando para alcançar a paridade tarifária em energia solar e eólica, e unindo esforços para tornar os biocombustíveis altamente competitivos em nível global, como já ocorre no Brasil”, reforça.

O debate, realizado na noite do dia 20 de março (terça-feira),em São Paulo, contou com representantes da iniciativa privada, universidades, organizações civis e não-governamentais.

José Goldemberg, professor emérito da Universidade de São Paulo, e Marcos Jank, CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), exploraram as oportunidades e os desafios do setor, bem como as iniciativas locais no desenvolvimento de alternativas energéticas de fontes limpas e renováveis.

Segundo Eduardo Wanick, Presidente da DuPont na América Latina: “As inúmeras oportunidades nos mercados de biocombustíveis, fotovoltaicos e energia eólica nos motivam a trabalhar em colaboração com nossos clientes e parceiros para desenvolver soluções sustentáveis e inovadoras orientadas para o mercado”.

O debate também marca a presença da DuPont na segunda temporada do programa Horizons, exibido pela BBC World News e apresentado pelo renomado jornalista Adam Shaw. Nesta temporada, a série continua sua viagem pelo mundo na busca de ideias e novas formas de fazer negócios para solucionar os grandes desafios do planeta, sobretudo relacionados à produção de alimentos, energia limpa e segurança de pessoas e do meio ambiente. A nova temporada será exibida em mais de 200 países a partir do dia 07 de abril. [www.horizonsbusiness.com].

Perfil-A DuPont (NYSE: DD) traz ao mundo o melhor da Ciência em forma de produtos, materiais e serviços inovadores desde 1802. A companhia acredita que, por meio da colaboração com clientes, governos, ONGs e líderes de opinião, é possível encontrar soluções para os desafios globais, provendo alimentos saudáveis e suficientes para a população mundial, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e protegendo a vida e o meio ambiente. [ www.dupont.com].

.{Fotos: Eduardo Wanick, presidente da DuPont América Latina | Marcos Jank, CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar |José Goldemberg, professor emérito da Universidade de São Paulo |Felipe Faria, responsável por relações governamentais e institucionais do Green Building Council Brazil].

Fonte:http://www.revistafator.com.br/

Localidade de Santo Antão torna-se na primeira com energia renovável 24 horas por dia

Cidade da Praia – A localidade de Monte Trigo, na ilha cabo-verdiana de Santo Antão (norte), é, desde 06 de Fevereiro, a primeira do arquipélago de Cabo Verde a ser iluminada 24 horas por dia através das energias renováveis, noticiou à Lusa.

Num comunicado, o Serviço Energético Sustentável para Povoações Rurais Isoladas – Energias Renováveis (SESAM/ER) indica que a comunidade piscatória de cerca de 300 habitantes, no sul de Santo Antão, se tornou a primeira a receber energia em regime continuado a partir de uma fonte de energia renovável.

Em testes desde 06 deste mês, a Central Eléctrica Fotovoltaica de Monte Trigo está equipada com 210 módulos, 48 baterias, inversores, centrais de gestão de fornecimento e armazenamento e painéis indicativos do estado do sistema.

A central poderá produzir até 200 kilowatts/hora no período solar, tendo em conta que as exigências energéticas nos primeiros dias de testes foi de metade.

O projecto, assegura a SESAM/ER no documento, é financiado em 75 por cento pela União Europeia (UE), com os restantes 25 por cento a serem disponibilizados pela Câmara de Porto Novo que, segundo o comunicdo da empresa, ainda não o fez.

O projecto tem estado a ser executado por um consórcio de empresas e instituições cabo-verdianas, francesas e espanholas, de que faz parte também o Departamento de Mecânica do Instituto Superior Técnico (IST) de Portugal.

A SISAM/ER fala de uma autêntica revolução na povoação, uma vez que o projecto está a diminuir “consideravelmente” os custos domésticos fixos, dando como exemplo os frigoríficos a gás que estão a ser substituídos por eléctricos a um preço baixo.

O projecto contempla uma série de actividades de sensibilização e instrução à população local, sobretudo na forma como utilizar a energia de forma racional e eficiente, adianta a empresa, salientando que cada usuário recebeu, em média, três lâmpadas de baixo consumo.

A segunda fase do projecto prevê alargar o abastecimento de energia totalmente renovável à localidade de Tarrafal de Monte Trigo, próximo de Monte Trigo, que conta com 900 habitantes.

O sistema eléctrico será unificado em breve e, até 2020, será ligado à vizinha ilha de São Vicente, através de um cabo submarino.

Actualmente, a central diesel, que permanecerá activada para precaver situações de emergência, funciona somente sete horas por dia com custos que a edilidade local considera “insustentáveis”.

O Governo cabo-verdiano tem estado a apostar nas energias alternativas para diminuir significativamente o custo com combustíveis fósseis, tendo como meta, até 2020, a produção de 50 por cento das necessidades energéticas a partir de fontes limpas, estando actualmente essa percentagem nos 25 por cento.

Os quatro parques eólicos já em funcionamento, que se juntam às duas centrais fotovoltaicas, permitem uma poupança anual em combustíveis de cerca de 12 milhões de euros, o que representa 2,3 por cento do Orçamento do Estado (OE) para 2012.

João Durval pede mais atenção do governo à energia solar

Em discurso nesta quarta-feira (21), o senador João Durval (PDT-BA) alertou para a necessidade de o governo ampliar a utilização do potencial brasileiro de energia solar. O senador apresentou estudo do Instituto de Termodinâmica do Centro Aeroespacial da Alemanha, de 2006, que concluiu pela necessidade de garantir até 2050 uma participação de 80% na matriz energética para as fontes renováveis, com destaque para as fontes solar, eólica e hídrica.

– Agora que fazemos parte do grupo de países emergentes e com novos patamares de crescimento econômico, precisamos aumentar rapidamente a geração de energia e investir com vigor na pesquisa, no financiamento e na produção de energias alternativas, atualizando a nossa matriz energética, para não corrermos o risco de racionamento e de estrangulamento do setor produtivo – sugeriu Durval, ressaltando que o Brasil se tornou recentemente a sexta economia do mundo.

O senador ressaltou que, nesse aspecto, o Brasil apresenta grandes vantagens em comparação com a maioria dos países desenvolvidos ou emergentes. No caso específico da energia solar, o país tem a maior área territorial dos trópicos, recebendo grande quantidade de irradiação solar, lembrou.

Citando o pesquisador Ricardo Rüther, da Universidade Federal de Santa Catarina, Durval disse que Florianópolis, “o lugar menos ensolarado do Brasil”, recebe 40% mais energia solar do que o lugar mais ensolarado da Alemanha.

– Imaginem o restante do país. O nordeste brasileiro, com uma grande área semiárida, clima quente, baixíssimo índice pluviométrico, pouca incidência de nuvens e elevada incidência de radiação solar, é uma região com características plenamente favoráveis à implantação de usinas de geração solar – observou.

O senador citou projeto de implantação de usina solar no município baiano de Xique-Xique, pelo grupo italiano Enel Green Power, e a experiência pioneira do grupo EBX no município cearense de Tauá, em funcionamento desde o final de 2011.

João Durval também mencionou acordos fechados pela empresa brasileira Braxenergy para implantar usinas geradoras de energia termo-solar na África do Sul e no Peru.

– A energia elétrica derivada da fonte solar é a maior garantia de um abastecimento perene no futuro; é também a garantia para o tão almejado crescimento sustentável de nossa economia. Especialmente no nordeste brasileiro representa oportunidade única, onde se unirá tanto as condições técnicas ideais para esse tipo de energia como a oportunidade de desenvolver social e economicamente uma área carente de oportunidades que é o sertão do país – disse.

Eluma oferece tubos e conexões para instalações de água e gás e sistemas de aquecimento solar

Empresa oferece produtos em cobre, metal que suporta altas temperaturas é ecologicamente correto e possibilita maior durabilidade e segurança

A oferta de soluções eficazes e ecologicamente corretas está ganhando espaço dentro da construção civil, por isso o aproveitamento de recursos renováveis como a energia solar – fonte inesgotável e gratuita – está em evidência.

A Eluma, marca da Paranapanema, vem se destacando principalmente no desenvolvimento de sistemas de calefação e de aquecimento solar. Com atuação nacional, dispõe de componentes para a fabricação de placas à base de cobre, metal que se sobressai nesses sistemas devido as suas propriedades, dentre elas alta condutibilidade e melhor desempenho e rendimento na absorção de radiação solar.

Além de melhorar a eficiência, o cobre permite a modernização nos processos de fabricação, pois é possível desenvolver coletoras mais finas e mais leves, diminuindo, inclusive, a sobrecarga do sistema sobre os telhados sem perder a eficiência térmica, o que torna o produto a matéria-prima ideal para esse tipo de aplicação.

O metal também vem sendo utilizado na distribuição da água quente gerada pelo sistema, com a vantagem de ser um item de fácil manuseio e instalação, além de suportar altas temperaturas por longo espaço de tempo, resistir à dilatação e contrações e não sofrer envelhecimento quando exposto à luz solar. Outro benefício é sua capacidade de resistência à variação de ciclos de pressão e temperatura, possibilitando melhor aproveitamento dos benefícios da energia solar nas residências e estabelecimentos comerciais

Lei o artigo na íntegra.

Brasil divulga regulamentações que estimulam o uso de energia solar

O Brasil, que tem uma única usina de energia solar, emitirá dentro de duas semanas regulamentações destinadas a promover o uso de energia gerada a partir da luz do sol, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). As informações são do site de notícias americano Bloomberg.

A política de dupla vertente oferece incentivos fiscais para o setor de energia e permitirá que consumidores e empresas vendam a eletricidade gerada por fontes renováveis para a rede elétrica, de acordo com Ivan Marques de Toledo Camargo, diretor de regulamentação dos serviços de distribuição da Aneel.

De acordo com o site da Bloomberg, o Brasil organizou leilões de energia que tornaram a energia eólica mais barata do que a energia gerada a partir de combustíveis fósseis, e é o segundo maior produtor de etanol do mundo. Camargo afirmou que o país está agora tentando impulsionar o uso da energia solar.

“O Brasil está apoiando muito a questão da energia solar. Estamos esclarecendo as regras. O mercado irá determinar o quanto de energia solar será desenvolvida. ” Disse em uma conferência em Campinas, São Paulo.

Sob os novos regulamentos, as concessionárias serão elegíveis para um desconto de 80% em impostos pagos por distribuidoras de eletricidade gerada por grandes projetos de energia solar.

A regulamentação para os medidores de energia permitirá que proprietários de casas e empresas alimentem os sistemas geradores de eletricidade como painéis solares na rede elétrica.

O volume que estes sistemas produzem será descontado da energia consumida pelos proprietários, que receberão na fatura somente esta diferença.

A única usina solar comercial do Brasil tem 1 MW (megawatt) de capacidade e está localizada na cidade de Tauá, no interior do Ceará. Ela é operada pela MPX, do empresário Eike Batista.

fonte: http://www.jb.com.br/

Bahia discutirá o futuro das fontes renováveis de energia

Salvador – A cidade de Salvador recebe, nos dias 12 e 13 de abril, executivos de todo o País para debater a complementaridade e a sinergia entre as fontes renováveis no planejamento energético brasileiro, durante a primeira edição do Clean Energy Forum. O encontro é uma iniciativa da IBC e do Governo da Bahia, e tem a presença confirmada das principais entidades do setor e representantes das fontes eólica, solar e de biomassa, além das pequenas centrais hidrelétricas (PCH).

Para David Maciel, gerente de projetos da IBC e responsável pelo evento, o Clean Energy Forum foi idealizado para debater aspectos da comercialização das fontes que, juntamente com a energia hídrica, constituem a matriz energética brasileira, considerada a mais limpa do planeta. “É preciso debater a estrutura dos leilões, aspectos regulatórios, benefícios fiscais e ouvir a opinião dos representantes de cada fonte sobre a política do governo, para garantir a sinergia e complementaridade entre elas” afirma o executivo.

Na abertura do Fórum, um amplo debate sobre as diretrizes e perspectivas para a isonomia entre as fontes renováveis. Além da visão do governo, representado pela EPE, a sessão apresentará a visão da ABEEÓLICA, ÚNICA, ABENS e ABRAGEL. Também receberão destaque na agenda do encontro os problemas comuns a todas as fontes, como as linhas de transmissão, por exemplo.

No segundo dia, o especialista em regulação da ANEEL, Tito Ângelo Lobão Cruz, fala sobre sinergia que deve existir entre os leilões de geração e de transmissão para acompanhar e viabilizar os investimentos no setor. Na seqüência, o diretor da EPE, Amilcar Guerreiro, debate os incentivos fiscais, questões regulatórias e benefícios necessários para viabilizar a energia solar no país. Ao seu lado estarão o especialista em regulação da ANEEL, Fábio Stacke Silva, e o diretor da ABINEE, Leônidas Andrade.

A parte da tarde do segundo dia do Clean Energy Forum terá estudos de casos práticos de geração de energia solar, nas modalidades centralizada, distribuída, microprodução e em projetos híbridos. Participam das análises executivos da ANEEL, Furnas e Chesf. Encerra o encontro uma discussão sobre a criação de polos industriais para suprimentos tecnológicos às fontes renováveis e os reflexos na geração de empregos verdes.

Integram a agenda do Fórum Clean Energy Forum dois workshops, que serão realizados no dia 12. No primeiro, os consultores João Carlos de Oliveira Mello e Leontina Pinto abordam as regras de comercialização e potencial das fontes incentivadas no Mercado Livre. No segundo workshop, executivos da SUDENE e do FINEP falam sobre as novas modalidades de captação de recursos e securitização de projetos renováveis.

O 1º. Clean Energy Forum é uma iniciativa da IBC e da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, com o apoio de diversas entidades do setor. Informações no site www.informagroup.com.br/cleanenergy e na central de atendimento, pelo telefone 11-3017-6808.

http://www.portugaldigital.com.br/

ABDI apresenta perspectivas para o setor de energia fotovoltaica no Brasil

Tema foi debatido na Unicamp, nesta semana, durante evento sobre a cadeia de energia solar.

Brasília– Criar condições, por meio de políticas públicas, para a instalação e o desenvolvimento da indústria na área de energia solar. Esse é um dos objetivos do Plano Brasil Maior (PBM) para a cadeia de suprimentos em energias, apresentado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) no II Workshop Inovação para o Estabelecimento do Setor de Energia Solar Fotovoltaica no Brasil. O evento foi promovido nos dias 13 e 14 de março (terça e quarta-feira), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Campinas (SP).

“Para alcançar esse objetivo, o governo está dedicado à construção de uma agenda setorial que busca o desenvolvimento de fontes de energia renovável, o que inclui sistemas eólicos e solares”, explica Eduardo Tosta, especialista da ABDI que participou do evento. “A construção dessa agenda acontece no âmbito do Comitê Executivo de Energias Renováveis, passando também pelo Conselho de Competitividade dessa cadeia – que reúne representantes das iniciativas pública e privada –, ambos instâncias de articulação e formulação do PBM”, acrescenta.

Um dos primeiros passos para a construção da agenda setorial é a elaboração do diagnóstico da cadeia. “Estamos reunindo informações sobre a dinâmica mundial do setor, tendências de mercado, regulação, financiamento, pesquisa, desenvolvimento e inovação, regimes especiais, compras governamentais, recursos naturais, investimentos estrangeiros, mercados potenciais, entre outros diversos fatores de impacto direto no setor”, elenca Tosta. Com conclusão prevista para abril, a agenda setorial de energia solar indicará os desafios, diretrizes, objetivos, mapa estratégico, indicadores, metas, iniciativas, medidas e instrumentos que estão sendo planejados para o setor, no âmbito do PBM.

Outro tema apresentado pela ABDI durante o evento é o desenvolvimento tecnológico da indústria de bens de capital para energia renovável. “Estamos acompanhando as perspectivas para esse setor, em energia fotovoltaica, eólica, de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e de biomassa. O objetivo é estimular a inovação e o aproveitamento, pela indústria de bens de capital, de oportunidades geradas pela diversificação da matriz energética brasileira. Para identificar essas oportunidades, estamos promovendo um estudo em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Os resultados desse trabalho – cuja realização técnica é da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – devem ser apresentados no próximo mês de maio”, declara Valdenio de Araujo, que também representou a ABDI no workshop.

Plano Brasil Maior -Lançado em agosto de 2011, o Plano está organizado em ações transversais e setoriais. As transversais são voltadas para o aumento da eficiência produtiva da economia como um todo, como por exemplo investimentos, inovação, comércio exterior e formação e qualificação profissional.

As ações setoriais, definidas a partir de características, desafios e oportunidades dos principais setores produtivos, estão organizadas em cinco blocos, que ordenam a formulação e execução de programas e projetos estabelecidos. As cadeias de suprimento em energias compõem um desses blocos. [www.brasilmaior.mdic.gov.br]

Estados Unidos duplicaram capacidade de energia solar em 2011

Os Estados Unidos mais que duplicaram a sua capacidade solar fotovoltaica em 2011 – um aumento de 109% – de acordo com a associação norte-americana das Indústrias de Energia Solar. Segundo a SEIA, os Estados Unidos deverão continua a crescer nesta energia renovável em 2012.

Os instaladores solares norte-americanos construíram 1.855 MW de projectos fotovoltaicos em 2011, uma capacidade instalada recorde para esta indústria. O anterior recorde, atingido um ano antes, era de 887MW.

Estas novas instalações, que custaram um total de €6,4 mil milhões (R$ 15,1 mil milhões) são suficientes para gerar energia para mais de 370 mil casas. “O mercado norte-americano esteve muito forte em 2011 e esperamos que continue forte em 2012”, explicou à Reuters o director-geral da GTM, Shayle Kann.

Só no último trimestre de 2011, foram instalados 776 MW de projectos fotovoltaicos. Para 2012, a GTM e a SEIA falam numa capacidade instalada entre 2.500 e 2.800 MW.

Em termos globais, os Estados Unidos continuaram atrás da Alemanha, Itália e China em termos de novas instalações fotovoltaicas.

Nova tecnologia pode reduzir preço de painéis solares


Uma pastilha flexível de silicone fabricada com uma ferramenta da empresa iniciante Twin Creeks.

Essa empresa do Vale do Silício revelou na terça-feira uma ferramenta de produção chamada Hyperion, projetada para reduzir drasticamente o custo das pastilhas de silício usadas para fabricar as células fotovoltaicas. Sua tecnologia consegue fabricar pastilhas muito mais finas — tão finas que podem ser flexionadas e enroladas como uma folha de cartolina.

A Twin Creeks se propôs a adotar uma abordagem muito diferente das técnicas utilizadas há décadas para criar as pastilhas. Normalmente os fabricantes partem de lingotes de silício e os cortam em fatias com serras de diamante, um conceito similar a fatiar um filão de pão.

Há dois inconvenientes nessa técnica, diz Siva Sivaram, veterano da indústria de semicondutores e diretor-presidente da nova firma. As pastilhas produzidas dessa maneira são relativamente espessas, medindo por volta de 200 mícrons, e o processo gera resíduos semelhante à serragem numa serraria.

A Twin Creeks não emprega serras, mas sim partículas atômicas usadas como ferramenta de corte. Com a ajuda de cerca de 1,2 milhão de volts, diz Sivaram, íons de hidrogênio são lançados contra uma pastilha de silício convencional e se implantam logo abaixo da superfície. Quando aquecidas, as camadas ultrafinas de silício, com espessura de apenas 15 a 20 mícrons, podem ser descoladas da pastilha, mais ou menos como um decalque.

Sivaram diz que essa abordagem reduz em 90% o teor de silício na produção dos painéis, e também diminui a quantidade de outras máquinas e materiais usados pelos fabricantes de painéis, cortando pela metade tanto o custo geral de produção das células solares quanto as despesas de capital. As células flexíveis, embaladas em rolos, acrescenta ele, podem ser rapidamente instaladas sobre um telhado por dois empregados, sem exigir a montagem de uma grande estrutura de metal e vidro.

A empresa não está sozinha. Outras firmas iniciantes que buscam novas abordagens para a redução do silício incluem a 1366 Technologies, a AstroWatt e a Silicon Genesis, a qual também vem estudando uma técnica de clivagem envolvendo a implantação de partículas.

Mas os analistas estão otimistas. “A Twin Creeks é uma de um punhado de firmas com potencial de causar um grande impacto no preço final do módulo solar”, diz Sam Jaffe, gerente de pesquisas da IDC Energy Insights, uma firma que acompanha o setor.

Uma questão a observar é a quantidade de energia necessária para produzir cada célula solar, algo que pode ter um grande impacto no custo final, diz Jaffe. Outro fator é saber se muitos fabricantes — alguns dos quais estão hoje em dificuldades financeiras — podem pagar pelas novas máquinas para melhorar sua produtividade. (A Twin Creeks não divulgou o preço exato da Hyperion, mas Sivaram diz que a máquina custará “milhões” de dólares).

Um terceiro fator é garantir a segurança dos operários que trabalham perto da Hyperion, tendo em vista as altíssimas voltagens empregadas. “Estamos falando de um ‘eletrocutador de insetos’ caríssimo”, brinca Sivaram.

A Twin Creeks está atacando os problemas — e se esforçando para satisfazer os inspetores de segurança — em uma fábrica piloto no Mississippi, estado que vem oferecendo incentivos financeiros para essa empresa e outras fabricantes de painéis solares. Ao todo, a empresa já captou cerca de US$ 93 milhões.

A nascente Twin Creeks, hoje com 76 funcionários, é uma das empresas de tecnologia verde criando empregos nos Estados Unidos — mas não na escala que poderia ocorrer se as empresas do país não tivessem sido atingidas pelos encorpados concorrentes chineses. De fato, ao se concentrar na criação de uma ferramenta de tecnologia de ponta que é difícil para rivais estrangeiros copiarem, Sivaram espera que muitos dos maiores clientes da empresa venham justamente da China.

“Eles têm o capital. Eles têm as fábricas. Eles têm o mercado”, disse ele. “Eu quero que eles gastem o capital deles comigo.”

Fonte: http://online.wsj.com/