USP apresenta casa totalmente abastecida por energia solar

Nesta sexta-feira (4), acontece a apresentação do projeto Ekó House. É uma casa que funciona exclusivamente com energia solar, tanto térmica quanto fotovoltaica, montada no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP. O evento acontece no auditório do IEE, na Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289, na Cidade Universitária.

“A casa tem aproximadamente 47m² e é projetada para ter flexibilidade em seus quatro cômodos com o uso de persianas e móveis. A casa é o concorrente brasileiro no Solar Decathlon Europe 2012 (www.sdeurope.org), uma competição internacional onde 20 equipes de vários países projetam, constroem e colocam em funcionamento uma casa sustentável e com eficiência energética.

O Team Brasil é uma equipe transdisciplinar formada por estudantes e docentes de diversas áreas como: Arquitetura e Urbanismo, Engenharias Civil, Mecânica, Elétrica, Sanitária e Ambiental, Automação e Sistemas, de várias universidades do país como a USP, a UFSC, a UFRJ, a Unicamp, UFRN e o IFSC.

O Solar Decathlon é dividido em dez categorias que avaliam as inovações da casa, como sua capacidade de geração e eficiência energética, conforto, qualidade espacial e construtiva, entre outras. A competição acontecerá em Madrid, na Espanha e as casas serão transportadas para o local da competição.

A casa é feita em peças de cumaru e placas de OSB (oriented stranded board) que formam painéis. Esses painéis são preenchidos com lã de vidro para isolamento térmico. Como revestimento, são usadas placas cimentícias, e entre os painéis e as placas também é utilizado aerogel, um material fibroso de alta eficiência no isolamento térmico.

Em desenvolvimento desde o final de 2010, o projeto está em estágio de produção e montagem. A ideia é pesquisar sobre as chamadas Residências de Energia Zero (REZ), adaptadas ao nosso clima e sociedade, diminuindo o impacto ambiental.

Dia do Sol – 3 de Maio

O Sol nos ilumina todas as manhãs quando acordamos para fazer nossos afazeres. É ele que desperta nas pessoas vários sentimentos como a renovação, a vida e a esperança.

Pois bem , nesta quinta, dia 3 de maio, comemoramos o Dia do Sol. A estrela central do nosso sistema planetário solar é de suma importância para todos os seres vivos.

O Sol é a fonte de energia para a nossa Terra. Tal energia penetra em nosso ecossistema por meio de seres autótrofos, sendo repassada para os seres heterotróficos. Esta energia é cíclica, aquela que nunca acaba.

Mesmo com os combustíveis fósseis, como é o caso do petróleo, o carvão e o gás natural, que também são fontes de energia, são produtos de captação e armazenamento da luz do Sol em plantas, animais e algas a milhares de anos atrás.

Poderíamos ficar citando inúmeros exemplos de como o Sol é importante em nosso dia a dia. Vamos celebrar sempre essa estrela que nos aquece.

Feliz dia do Sol por Todos os Dias

Usos da energia solar é tema de palestra em Salvador no dia 9 de Maio

Após o colapso da energia, ocasionado por mais de 50 anos de abusos das reservas de combustíveis fósseis e pela projeção de megalópoles edificadas em modelos econômicos insustentáveis, as alternativas de energia limpa começam a ganhar espaço nas discussões e nos projetos modernos.

E buscar novas iniciativas e propor um desenvolvimento alinhado a sustentabilidade requer conhecimento e prática dos profissionais. Por isso, o Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE), através dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e a pós-graduação em Arquitetura de Construções Sustentáveis e em parceria com a Academia Solar e o Studio Equinócio, realiza, no próximo dia 9 de Maio, a palestra Revolução da Energia Solar – tecnologias limpas para o “envolvimento sustentável”.

O evento, gratuito e aberto ao público, é direcionado principalmente para arquitetos e urbanistas, engenheiros civis, mecânicos, elétricos, ambientais e técnicos em edificações, profissionais com papel fundamental na transformação das cidades brasileiras em cidades “solares”.

Entre os temas discutidos estarão o histórico e a evolução da energia solar no Brasil e no mundo, a evolução das políticas públicas e os novos modelos de negócios para o setor, além da discussão sobre o potencial desta energia limpa para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

O PALESTRANTE – Carlos Faria, mais conhecido como Café, é formado em Engenharia Mecatrônica e especialista em fontes alternativas de energia. Mestrando em gestão e auditoria ambiental com aplicação de energias renováveis pela Univ. de Leon, na Espanha, é também presidente do Studio Equinócio, empresa de consultoria na área de energia solar térmica e diretor da MetaSolar, empresa integradora na área de energia solar fotovoltaica. Idealizador da Iniciativa Cidades Solares no Brasil, coordenador da Academia Solar, consultor do Procobre Brasil.

Vídeo – Revolução da Energia Solar

A economia mundial ainda baseia-se em recursos energéticos não renováveis como o carvão, petróleo, gás e urânio, cuja utilização e modo de exploração tem consequências catastróficas para o homem, a sociedade e o ambiente. É muito importante trabalharmos para assegurar a mudança estratégica plenamente factível de usar a formidável central térmica do cosmos, o Sol, para atender à todas as necessidades energéticas da humanidade.

O caminho das energias renováveis e o abandono das energias atômica e fóssil representam uma absoluta necessidade social e é uma questão central de todo século XXI.

Academia solar realiza hoje palestra em Belo Horizonte

Hoje, dia 2 de Maio, a Academia Solar realiza em parceria com o Sinduscon-MG a palestra ” Revolução Solar – tecnologias e economia para o envolvimento sustentável”. O evento já com vagas esgotadas, acontecerá das 18h30 às 20h30 no Auditório do Sinduscon-MG.

” A energia solar e seus inúmeros recursos e possibilidades evoluem rapidamente a cada dia no Mundo”, comenta Carlos Faria, diretor do Studio Equinócio e palestrante da Academia Solar.

Dentre temas importantes serão abordados a filosofia da economia solar, as novas tecnologias disponíveis no mercado, a importante aplicação dos aquecedores solares no programa Minha Casa Minha Vida e as perspectivas da microgeração solar de energia elétrica nos telhados dos brasileiros com a portaria recentemente publicada pela ANEEL-Agência Nacional de Energia Elétrica – Leia Matéria https://studioequinocio.com.br/mercado/brasileiros-ja-podem-ter-telhados-solares-ate-que-enfim/

Acredito que nas próximas duas décadas teremos um tempo de drástica inflexão estratégica no que diz respeito à mudança de nossas fontes de energia e recursos e as gerações vindouras reconhecerão a economia solar e renovável, finaliza Faria.

” Somente em uma economia solar é possível satisfazer as necessidades de todos os seres humanos, projetar para o futuro a idéia de uma autêntica igualdade de direitos humanos para todos e retornar à pluralidade de culturas na sociedade mundial.O que em princípio, é impossível de realizar somente com a “mão invisível do mercado” é possível com a mão visível do Sol” ( Hermann Scheer, Economia Solar Global)

Microgeração já atraiu 16 mil investidores em Portugal desde 2008

Já existem em Portugal 16 mil microprodutores solares. Segundo dados da Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR),entre 2008 e 2011, a microgeração foi responsável por cerca de 57MW, 98% dos quais realizados com sistemas solares fotovoltaicos.

A microgeração ou micro-produção, consiste em produzir electricidade para venda à EDP, através de instalações de baixa tensão e pequena potência como painéis fotovoltaicos, microturbinas, e outras tecnologias.

As instalações de microprodução com tarifa bonificada podem utilizar sistemas de produção de eletricidade com tecnologia solar, eólica, hídrica ou de cogeração a biomassa. Contudo, a solução mais rentável é a tecnologia solar fotovoltaica, uma vez que é a energia produzida a partir destes painéis é vendida a quase três vezes o preço de consumo de electricidade. Estes sistemas utilizam painéis fotovoltaicos para converter diretamente a radiação solar em energia eléctrica. Existe ainda tecnologia dos painéis solares térmicos que transformam radiação solar diretamente em energia térmica para o aquecimento de água e outros fins. Quem aderir a esta tecnologia, pode ver a sua conta mensal baixar logo até 70%.

Fonte:http://www.apisolar.pt/

Comunidade na Alemanha produz com energias renováveis 3 vezes mais energia que consome

Pode ser uma pequena comunidade agrícola no no sul da Alemanha, mas Wildpoldsried está dando um exemplo importante para o resto da Alemanha e para o mundo. O município pequeno nos Alpes possui uma população de 2500 pessoas, mas produz três vezes mais energia do que consome – e 100% da energia provém de fontes renováveis. Wildpoldsried tem sido reconhecida como um paraíso ecológico desde 1998. Os moradores do vilarejo têm investido em projetos verdes na região, e se beneficiam de sua reputação, também. Mesmo corporações globais, como a Siemens descobriram Wildpoldsried. A empresa está usando a região para testar redes inteligentes, o sistema de rede inteligente que é a chave para a distribuição eficiente de energia limpa.

Veja o vídeo e aprecie o que deveria ser perseguido com muito mais atenção no Brasil

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Cemig abre licitação para estádio solar de 1,5MWp

Empresa instalará cobertura fotovoltaica no Mineirão, que receberá jogos da Copa de 2014

A Cemig está implantando o projeto Minas Solar 2014, que tem como objetivo a instalação de uma planta de 1,5MW de energia solar fotovoltaica na cobertura do estádio Governador Magalhães Pinto – o Mineirão. A arena receberá jogos da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo, em 2014.

Para o desenvolvimento do projeto em Belo Horizonte (MG), a companhia abriu uma concorrência internacional como meio de selecionar as companhias fornecedoras dos módulos fotovoltaicos para a planta. Os equipamentos deverão usar a tecnologia de silício cristalino.

A implantação da usina será realizada através de solução integrada, onde o contratado deverá se responsabilizar integralmente pela entrega da usina montada e conectada à rede, incluindo: projeto executivo, aquisição de equipamentos (módulos fotovoltaicos, inversores, transformadores e sistema de medição e controle), proteção e impermeabilização das superfícies que receberão os módulos; além de montagem dos painéis, strings, conexão à rede e comissionamento. O prazo para a execução da montagem dos módulos termina em 21 de dezembro.

As condições gerais exigidas pela Cemig, as garantias necessárias, o projeto básico e as especificações técnicas, bem como demais documentos, serão fornecidas junto com a documentação do edital.

As empresas deverão comprovar experiência de longa data, individualmente ou como membro de consórcios, tendo executado a completa implantação de pelo menos um sistema fotovoltaico conectado à rede (SFCR) com potência superior a 500 kWp. Também é exigida experiência na instalação de uma usina solar fotovoltaica instalada sobre a cobertura de uma edificação.

Fonte:http://www.jornaldaenergia.com.br

"Sustentabilidade é agredir o ambiente de forma mais lenta"

Para arquiteto especialista em biomimética — criação de tecnologias limpas que imitam a natureza — humanidade ficou preguiçosa na “era dos combustíveis fósseis”

por Túlio Caricatti

A construção de estruturas 100% ecológicas será possível?
É comum encontrar quem se vanglorie de criar uma garrafa plástica de refrigerante que utiliza 30% de material renovável a partir de cana-de-açúcar. Difícil é encontrar alguém que critique esse modelo tido como sustentável. O arquiteto inglês Michael Pawlyn é um deles. Na contramão de empresas e associações que acreditam que reduzir os danos seja a política ideal de desenvolvimento, ele defende uma postura mais radical: a construção de estruturas e materiais 100% ecológicos.

Misturando biologia e arquitetura desde 1997, Pawlyn é um dos expoentes do biomimetismo (bio = vida; mimetismo = imitação, adaptação) pelo mundo. Essa prática prevê que o homem imitará a natureza para encontrar soluções que vão não só resolver os problemas do mundo, mas também recuperar os ecossistemas do planeta. Nesse grupo de invenções biomiméticas estão, por exemplo, uma folha artificial que imita a fotossíntese para gerar eletricidade e telas que copiam a luz refletida nas escamas das borboletas para produzir imagens sem gastar energia. Além delas, muitas outras tecnologias estão em desenvolvimento por empresas e universidades do mundo (a edição impressa da Galileu, de maio, traz 9 grandes exemplos).

O especialista é autor do livro Biommimicry in Architeture (“Biomimética na Arquitetura”, ainda sem edição brasileira) e em 2011 deu uma palestra sobre o assunto no TED, uma das mais importantes conferências sobre tecnologia entretenimento e design do mundo. Pawlyn conversou com Galileu para explicar como a será o principal instrumento de inovação para recuperar o planeta dos danos causados pela “era dos combustíveis fósseis”.

Por que a biomimética demorou tanto a acontecer?

Pawlyn: A demora tem a ver com o nosso entendimento da natureza. Não sabíamos como essas adaptações incríveis funcionariam. Ela também está relacionada com a era dos combustíveis fósseis. Esse período nos deixou preguiçosos. Tem sido tão fácil queimar combustível para atender nossas demandas que deixamos a engenhosidade de lado.

A era dos combustíveis fósseis está acabando?

Pawlyn: Sim, com certeza. Estamos entrando em uma era muito empolgante: a era ecológica. Teremos o ressurgimento da engenhosidade. Nossas soluções serão mais inventivas. Precisamos encontrar formas mais eficientes de resolver nossos problemas porque os recursos naturais do planeta estão acabando. Por isso a biomimética é tão importante. Ela será uma das ferramentas mais importantes para facilitar a transição da era industrial para a era ecológica.

Quais são as características mais importantes dessa nova era?

Pawlyn: Teremos um aumento radical na eficiência dos recursos que utilizamos para produzir nossos materiais e produtos. Essa é a área em que a biomimética terá um papel fundamental. Além disso, vamos explorar cada vez mais modelos de laço fechado. Isso significa, por exemplo, que o lixo produzido por um prédio pode servir de matéria prima para uma usina que gera energia para o próprio prédio que produziu o lixo. A era ecológica também será marcada pela transição dos combustíveis fósseis para uma economia solar.

A energia solar ainda não se inseriu de maneira definitiva no mundo. Por que estamos demorando tanto a fazer a transição?

Pawlyn: A energia que recebemos do Sol é sete mil vezes maior do que precisamos para abastecer a humanidade. Isso quer dizer que nossos problemas de energia não são insuperáveis, trata-se de um desafio para a engenhosidade. O progresso tem sido lento, sobretudo por causa da inércia e do poder sobrepujante da indústria de combustíveis fósseis. Os subsídios para eles são maiores do que para os combustíveis renováveis. Contudo, estamos chegando lá. As células fotovoltaicas ficam 20% mais baratas cada vez que a indústria dobra de tamanho. Outras células custam um quinto do que custavam há 20 anos. É uma questão de tempo.

Mas o tempo está acabando…

Pawlyn: É também uma questão de vontade. Não é uma tarefa difícil, quer ver? Produzimos 75 milhões de carros por ano e temos três bilhões de celulares do mundo. Ou seja, há um esforço manufatureiro em outros campos. Na Segunda Guerra Mundial fábricas foram transformadas da noite para o dia para a produção de material bélico. Os obstáculos que temos são basicamente políticos.

O mercado e as universidades estão preparados para receber e formar profissionais da biomimética?

Pawlyn: A biomimética é um nicho pequeno ainda. A maior parte das pessoas se identifica quando a conhece, mas não se trata de algo amplamente debatido. A sustentabilidade está mais estabelecida. Contudo, não estamos mais satisfeitos com o termo sustentabilidade. Temos que ir além, para chegar em soluções de arquitetura, design e engenharia que sejam capazes de restaurar o planeta. A biomimética é a melhor forma de inovação para fazer essa mudança.

Qual a diferença entre o design sustentável e o de restauração?

Pawlyn: Sustentável implica em algo que poderá continuar indefinidamente. Porém, em muitos momentos, isso tem a ver com mitigação, em fazer com que algo fique um pouco menos pior. Continuamos com o modelo velho, mas o tornamos menos agressivo ao ambiente. Por outro lado, o design de restauração procura soluções que recuperam os ecossistemas.

Poderia dar um exemplo de design sustentável e outro que seja de restauração?

Pawlyn: Digamos que um prédio de escritórios usa 30% menos energia elétrica, tem 20% menos concreto e janelas que conseguem filtrar a luz solar. Essas janelas, por exemplo, misturam diferentes materiais e todo o vidro que vai parar no ambiente não é reciclável. O concreto, mesmo em menor quantidade, continua sendo concreto, que é um material cuja produção emite muito gás carbônico. A conclusão é que apesar de ser menos agressivo, o prédio não contribui para a recuperação do ambiente. Ele apenas torna a agressão mais lenta.

Como seria esse prédio se ele tivesse sido concebido a partir de conceitos de restauração?

Pawlyn: Um prédio assim tem o objetivo de aumentar a produtividade das pessoas, criando níveis de luz ambiente e melhorando a qualidade interna do ar, por exemplo. O ar que sai do prédio precisa ser tão limpo quanto o que entra. Isso pode ser feito usando plantas. É preciso também usar materiais que reduzem os níveis de poeira. A luz solar não aproveitada para iluminação é transformada em eletricidade para o prédio. A conclusão é que devemos ir além do conceito comum de sustentabilidade e recuperar o sistema agredido. Temos que sair de um nível estático, em que consumimos os recursos naturais de forma inconsequente, e sermos produtores dinâmicos de recursos.

Fonte:http://revistagalileu.globo.com/R