Acaraú terá nova usina de geração fotovoltaica

O empreendimento terá capacidade de geração de energia de quatro megawatts (MW), em área de cinco hectares

Enquanto o mundo debatia na Rio + 20 o desenvolvimento sustentável e a vida no Planeta, o Ceará avançava em projetos de energia limpa e ganha, agora, uma nova usina de energia solar. Com investimentos da ordem de R$ 20 milhões, a italiana Solensy – líder no mercado europeu em energia renovável e a alemã, Inventux, fabricante de módulos fotovoltaicos de ultima geração, irão instalar uma usina solar com capacidade de geração de energia de quatro megawatts (MW), em área de cinco hectares, no município de Acaraú, a 425 km de Fortaleza, no litoral norte cearense.

Além de gerar energia solar limpa e sustentável, A Solensy Brasil irá fornecer placas solares, telhas foltovoltáicas e lâmpadas a Led para instalação em residências e condomínios, pequenas, médias e grandes empresas e indústrias, estádios de futebol, escolas e instituições públicas e privadas. Em entrevista exclusiva para o Diário do Nordeste, o sócio diretor da Solensy, no Brasil, Fabrízio Wilke, explica que os painéis solares da empresa utilizam a tecnologia “Tandem” (micro amorfo).

“São painéis com duas camadas de vidros temperados, que geram até 20% mais energia e não super aquecem como as demais, possibilitando a produção de energia, até mesmo na sombra”, garante o empresário. Menores que os modelos disponíveis no mercado, os painéis apresentam design inovador e garantem a produção de energia por 25 anos, afirma Wilke.

Competitividade

Com a nova resolução normativa 482, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que possibilita residências e empresas a conectarem sistemas de geração de energia alternativos, como eólicos e fotovoltaicos na rede elétrica de distribuição do sistema ONS, e gerar bônus pela energia produzida; pequenas e grandes indústrias poderão, em breve, reduzir em até 100%, o custo com energia elétrica.

“Ao gerar sua própria energia, empresas de quaisquer segmentos poderão reduzir custos de produção, e consequentemente, baratear os preços dos produtos e ampliar a competitividade no mercado interno e internacional, destaca o empresário. “O uso da energia sustentável, além de mais barata, é um caminho sem volta”, aposta o sócio Fabrízio Wilke.

Benefício na conta

Da mesma forma, explica o empresário, residências e condomínios, podem gerar a sua própria energia, consumir o que precisa e lançar na rede de distribuição da Coelce, o excedente: ganhando bônus na conta de luz, e reduzindo ou até zerando o valor da fatura no fim do mês. Pela nova resolução da Aneel, os bônus gerados podem ser aproveitados para abater despesas com energia elétrica de várias filiais de uma mesma empresa industrial ou comercial, que mantenha o mesmo CNPJ.

Fases

O projeto da usina solar de Acaraú será dividido em três fases: Na primeira etapa serão instaladas placas para geração de 1MW de energia, já a partir de novembro de 2012; na segunda fase, prevista para junho de 2013, a usina dobrará a potência instalada com a instalação de mais um MW. E na terceira fase, prevista para junho de 2014, serão instalados mais dois MW, concluindo o projeto de quatro MW. Segundo Wilke, o projeto completo prevê a instalação de cerca 28 mil módulos fotovoltaicos.

De acordo com ele, “o Ceará é perfeito” para a instalação da nova usina, e aplicação da tecnologia, devido ao elevado índice de insolação no Estado, em quase todos os dias do ano. “Se a energia solar é sucesso na Europa, que não faz sol o ano todo, no Ceará, no Brasil, não temos dúvidas de que o será”, avalia Wilke,

Segundo ele, antes mesmo de instalar a usina, já iniciou contatos com empresários cearenses de vários segmentos industriais e comerciais, para instalação das placas e telhas fotovoltaicas nas empresas. “A gente vem mostrando que o investimento no novo sistema pode ser recuperado, dependendo do perfil e do tamanho da empresa, em cerca de três anos”, sinalizou.

Capacitações criam novas oportunidades de trabalho

A empresa Solensy formará mão de obra para parques solares, sistemas residenciais e empresas e instituições públicas

Para dinamizar a instalação das placas fotovoltaicas em empresas, indústrias ou condomínios, a Solensy informa que irá ministrar cursos de capacitação para instaladores e de manutenção dos sistemas fotovoltaicos, criando novas oportunidades de trabalho para vários níveis de profissionais na área de energia renovável. Conforme disse Frabrízio Wilke, a partir da implantação da usina solar, serão capacitadas equipes para micro-usinas (Sistemas Residenciais), para usinas de médio porte (Empresas e Instituições Publicas); e grupos para Macro-Usinas (Parques Solares), no interior cearense.

Ele informou ainda, que para viabilizar o acesso à população e também às micro e pequenas empresas à nova tecnologia, o Banco do Nordeste (BNB) estaria criando uma linha de crédito específica, o Cresol (Credito Solar), apropriada à implementação da nova tecnologia e instalação de sistemas fotovoltaicos residenciais. Os financiamentos são da ordem de R$ 15 mil, para instalação de sistemas elétricos de até três quilowatts/hora (kW/h).

Economia doméstica

A perspectiva é de que a partir da utilização do novo sistema elétrico, as famílias economizarão nas despesas com energia elétrica, podendo utilizar, se não todo, mas grande parte do valor economizado na antiga conta de luz, para pagar o investimento, em pequenas parcelas, dentro do próprio orçamento doméstico.

“Com o dinheiro que o proprietário ou micro empresário economizar, ele poderá ir pagando o valor do financiamento”, explica Wilke. Consultado, o BNB disse que linhas de crédito para financiamento de projetos de energia renováveis já estão disponíveis para micro, pequenas e médias empresas.

Fonte:http://diariodonordeste.globo.com

Parque Tecnológico da Bahia terá laboratório de pesquisa em energia solar

Um laboratório de pesquisa para desenvolver tecnologias de aproveitamento da radiação solar para a produção de energia elétrica será uma das novidades da segunda etapa do Parque Tecnológico da Bahia. A pesquisa será desenvolvida pela Coelba, que formalizou a parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) nesta quarta-feira, 20, na sede da empresa, no bairro de Narandiba, onde foi assinado o convênio. Participaram do ato o secretário Paulo Câmera e o presidente da Coelba, Moisés Sales.

O Laboratório de Certificação de Componentes de Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica irá ocupar 600m² nas instalações do Parque Tecnológico e a proposta da Coelba atende ao contrato de concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, que prevê a aplicação de 0,3% da Receita Operacional Líquida das Distribuidoras de Energia Elétrica em Programa de Pesquisa e Desenvolvimento, além de fomentar a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

O Presidente da Coelba, Moisés Sales, destacou a importância da instalação do laboratório. “A região Nordeste possui o maior potencial solar do país e isso pode significar a instalação de um grande número de painéis fotovoltaicos, o que reforça a necessidade de testar e verificar a qualidade dos equipamentos que serão instalados.”

A montagem do laboratório de certificação pela Coelba, foi um dos nove projetos estratégicos aprovados pela ANEEL, através da Chamada de Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento Estratégico 013/2011 – “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira” , que foi lançado em agosto de 2011.

De acordo com o secretário Paulo Câmera esse projeto é inovador e pioneiro na região Nordeste. “É importante fomentar a tecnologia fotovoltaica na Bahia e estimular a produção de energia solar, pois acreditarmos que projetos de geração de energia renovável e não poluente são fundamentais para garantir o suprimento futuro e desenvolvimento sustentável do país” destacou o secretário Paulo Câmera.

Demonstrando a potência de uso da tecnologia solar, a Coelba inaugurou em abril o primeiro sistema solar fotovoltaico em uma arena esportiva da América Latina. Com a instalação das placas solares, o estádio Governador Roberto Santos (Pituaçu), tornou-se autossuficiente na produção de energia. A energia gerada com o projeto Pituaçu Solar, abastece as instalações do estádio e a produção excedente, lançada na rede da Coelba, vai para a sede da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), proporcionando uma economia anual de aproximadamente R$120 mil ao Governo do Estado.

Fonte: Ascom – SECTI- Bahia

Renováveis solares- Participação na oferta é diminuta

O crescimento médio anual da demanda por eletricidade no Brasil deverá ser da ordem de 4,5% nos próximos dez anos. Segundo estimativa da Empresa de Planejamento Energético (EPE), o consumo passará de 472 mil gigawatts-hora (GWh), em 2011, para 736 mil GWh em 2021. Até 2030, estudo da consultoria Ernst & Young em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas Projetos aponta que o País será o sétimo maior mercado consumidor de energia.

Para suportar esse consumo, observando a atual matriz energética brasileira, a maior parte da geração, em torno de 66,5%, é proveniente das usinas hidrelétricas, com mais quase 27% vindos das térmicas. Nesse contexto, fontes complementares como as do vento e do sol, as chamadas energias eólica e solar, apesar do grande potencial do País e do aumento dos investimentos nos últimos anos, ainda são presença diminuta no total da oferta interna.

Maior destaque

Por enquanto, um dos destaques vem sendo a fonte eólica, cuja produção, segundo a EPE, totalizou, no ano passado, 2,7 mil GWh, expansão de 24,2% ante 2010. O elevado percentual de crescimento prenuncia o que deverá ocorrer de forma mais expressiva nos próximos quatro anos, quando novos parques, já em construção, deverão entrar em operação.

Sem contar que muitos outros, com projetos já concluídos, aguardam os próximos leilões para aquisição desse tipo de energia, já marcados para o segundo semestre de 2012, afim de saírem do papel.

Espaço para avançar

No caso da fonte solar, até agora, conforme o Banco de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas em torno de 1,5 GWh estão sendo gerados, por meio de oito empreendimentos espalhados pelo País. Porém, em escala comercial, existe somente 1 megawatt (MW), produzido por uma usina localizada em Tauá, no Interior do Ceará. Este é o único empreendimento do gênero na América Latina, mas que abre um grande espaço para que se possa avançar, sobretudo no Brasil. Por enquanto, as demais iniciativas ainda são de microgeração.

A expectativa é de que até o fim deste ano um leilão para aquisição de energia desta fonte venha a ser marcado. Por outro lado, o que também deverá ajudar nessa expansão é a aprovação, pela Aneel, desde o último dia 17 de abril, de regras que incentivam a microgeração no País. Dentro de alguns meses, os clientes de energia poderão deixar de ser agentes passivos, passando a gerar a própria energia em sua residência ou empresa.

Cobrança

Mesmo diante do fato de mais de 90% da energia elétrica gerada em território nacional já ser considerada limpa, a cobrança por uma maior presença das fontes eólica e solar na matriz energética do País é uma constante, ainda mais agora, quando o Brasil sediou, nas últimas duas semanas, a Rio +20, a conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que debateu amplamente este, entre outros temas.

A questão atualmente é: o que ainda falta para que as energia eólica e solar, em franca expansão no País, passem a fazer parte mais maciçamente do dia a dia da população? Quais os desafios para que isto de fato venha a acontecer?

Fonte:http://diariodonordeste.globo.com

Convênio de R$ 27,5 milhões garante construção usina termosolar em Pernambuco

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia, está desenvolvendo cinco outros projetos para diversificar a matriz energética do Arquipélago de Fernando de Noronha.

O município de Petrolina, localizado no Sertão do São Francisco, ganhará uma planta piloto de uma usina heliotérmica, geradora de energia limpa por meio da transformação térmica dos raios do sol. O convênio assinado na manhã desta sexta-feira (22) entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectec), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no valor de R$ 27,5 milhões, irá garantir a construção da unidade. O terreno já está garantido e o início das obras de terraplanagem está previsto já para o próximo mês de agosto.

A usina, com capacidade para gerar um megawatt de energia, terá como objetivo o estudo e desenvolvimento de novas tecnologias e capacitação de mão de obra qualificada para trabalhar na diversificação da matriz energética do Estado e na redução dos impactos ambientais. A sua construção prevê a instalação de um Centro de Pesquisa que será responsável pelo estudo das tecnologias empregadas e de novas tecnologias, a certificação de equipamentos e a formação de mão de obra.

“A formação de mão de obra irá contribuir para a atração de novas empresas para Pernambuco, que poderão contar com pessoal qualificado local para a diversificação de nossa matriz energética”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia, Marcelino Granja.

Dos R$ 27,5 milhões de investimentos, 17,3 milhões serão aportados pela Finep, R$ 5 milhões pela Sectec, R$ 4,2 milhões pelo Cepel e R$ 1 milhão pela UFPE. O projeto será executado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), entidade coordenada pela Eletrobrás, e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A conversão heliotermelétrica funciona com vapor de água em caldeiras para movimentar um gerador. Uma usina usa concentradores solares para aquecer fluidos e gerar eletricidade. O princípio de funcionamento é similar ao de uma termelétrica, com a diferença que o calor que alimenta as turbinas é gerado pela luz do Sol.
No mesmo terreno, em Petrolina, também será instalada uma usina fotovotaica, numa parceria entre a Sectec, Chesf e UFPE. Nesta usina, que irá gerar três megawatts de energia, serão investidos R$ 45 milhões. Placas instaladas no local irão captar a energia do Sol e transformá-la em eletricidade

Novos Projetos

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia e de demais parceiros, está desenvolvendo cinco outros projetos para diversificar a matriz energética do Arquipélago de Fernando de Noronha. Os projetos visam reduzir o uso da energia gerada a partir da Usina Termoelétrica Tubarão, que utiliza óleo diesel poluidor como combustível, por energia limpa, além de dar uma destinação a todo o lixo produzido no Arquipélago. Todos estarão em operação até o final de 2013.

“O diesel utilizado na Termoelétrica é nocivo ao meio ambiente de Noronha. E a logística para transporte do lixo produzido no Arquipélago é complicada e de custo elevado. Com esses novos investimentos, iremos resolver problemas sérios da Ilha”, destacou Fernando Machado.

Paraíso natural como exemplo de sustentabilidade

O Arquipélago de Fernando de Noronha, reconhecido como uma das maiores belezas naturais do mundo, com praias, baías, relevo, natureza e história riquíssima, também passará a ser um exemplo de sustentabilidade. A energia que hoje é gerada por uma usina termoelétrica poluidora, passará gradualmente a ser produzida a partir de duas usinas solares, treze pequenas turbinas eólicas, uma usina marítima e uma usina de tratamento de lixo.

Atualmente, a população de Noronha tem um consumo de 2,3 megawatts e a Usina Termoelétrica Tubarão gera 4,2 megawatts de energia.
Fernando de Noronha está recebendo duas plantas de usinas solares fotovoltaicas com capacidade para gerar cerca de um megawatt de energia, o equivalente a 40% do que é consumido atualmente na Ilha. Os dois projetos recebem recursos da Celpe.
A primeira usina será instalada nas dependências do Departamento de Proteção ao Vôo (DPV), da Aeronáutica, num investimento de cerca de R$ 10 milhões. Ela deverá gerar 400 kilowatts. A segunda, com capacidade para gerar 600 kilowatts, será instalada nas placas de captação de água existente no bairro do Boldró, próximo à usina termoelétrica.

No Arquipélago, também serão instaladas 13 pequenos aero-geradores eólicos com capacidade para gerar cerca de 1/2 megawatts de energia. O Governo do Estado, por meio da Sectec, deverá investir R$ 975 mil nesse projeto. O edital para a aquisição dos equipamentos encontra-se aberto.

Noronha também ganhará uma usina de geração de energia pelo movimento das ondas do mar, num investimento de cerca de R$ 25 milhões. O projeto, além da Sectec, deverá contar com apoio do Ministério de Minas e Energia e Chesf, será responsável pela geração de um megawatt de energia limpa. Placas de aço serão instaladas a 20 metros de profundidade e irão se mover acompanhando o balançar das águas produzindo energia elétrica.

“É importante destacar que essa usina terá uma geração contínua de energia ao contrário das usinas solares e eólicas, que podem ter uma variação em sua produção”, destacou o gerente geral de Política de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sectec, Fernando Machado.

O outro projeto é uma usina para tratamento térmico do lixo, capaz de processar três toneladas de resíduos sólidos não-recicláveis por dia, convertendo o material em gás que irá acionar um turbogerador, gerando cerca de 80 kilowatts de energia. Além de gerar energia, essa usina irá solucionar o problema de destinação de todo lixo da Ilha, que hoje é enviado para o continente, em uma logística complicada e de alto custo.

A compra dos equipamentos para a instalação da usina está sendo negociada com uma empresa Norte Americana. “São os equipamentos mais modernos atualmente e que deverão atender as especificações ambientais”, destacou Fernando Machado.

A Usina Termoelétrica continuará instalada em Noronha e em funcionamento apenas para garantir que toda a população seja atendida. “Existirão momentos de menor geração de energia ou de manutenção das usinas de fontes alternativas. Nesse caso, teremos que garantir a energia para o funcionamento da Ilha”, destacou Fernando Machado.

Fonte: Sectec

Itália apresenta a Embaixada Verde na Rio+20

Mais crescimento e mais conservação. Esse é o desejo de todas as delegações presentes no Rio+20, e para sair na frente e dar o exemplo, o Ministério do Meio Ambiente da Itália apresentou, no Pavilhão Italiano da Rio+20, o projeto da embaixada no Brasil. Conhecida como Embaixada Verde, a proposta é um laboratório de experimentos sustentáveis com o desafio de sincronizar sustentabilidade e crescimento econômico. Segundo o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que esteve no Pavilhão Italiano, a Embaixada Verde da Itália deveria servir de exemplo para outros países seguirem a ideia.

O projeto “Embaixada Verde” foi concebido há dois anos, como uma contribuição do embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca. O conceito de energia limpa faz parte do projeto Embaixada Verde. Com 405 painéis fotovoltaicos no teto, o prédio é responsável por toda a energia consumida, evitando a emissão de 7,6 toneladas de carbono por ano. Com uma capacidade instalada de 49,01 KW, a Embaixada dispõe da segunda maior planta fotovoltaica ativa no Brasil, atrás apenas da instalada na cidade de Tauá no Ceará.

O sistema de geração distribuída fotovoltaica opera na sede diplomática desde 2011 e, como resultado, o consumo de energia elétrica mensal na Embaixada Italiana foi reduzida em 17% em relação ao ano anterior, com uma economia estimada de cerca de R$20 mil ano passado.

No Brasil, o uso de energia elétrica em edifícios chega a consumir 44% do total produzido nas usinas hidrelétricas – principal fonte de geração do país. Dessa parcela, 14% são destinados à iluminação. Assim, sistemas de energia solar fotovoltaica representam uma alternativa ambientalmente correta para locais onde não há energia elétrica,ou para locais onde a demanda por energia é baixa. Para um usuário Brasileiro é possível afirmar que com a economia realizada pelos painéis haveria um retorno de 80% do investimento realizado na construção da planta.

O grande benefício gerado pelo projeto não está na simples economia energética para a Embaixada, mas sim no seu impacto indireto. Através dessa iniciativa pioneira, a Itália demonstra seu forte apoio ao desenvolvimento da geração fotovoltaica no Brasil e no mundo, explica o ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini. “Atuando como vitrine, a Itália não só insere empresas italianas no contexto energético brasileiro, mas também fomenta o mercado nacional de equipamentos e serviços ligados a esse tipo de energia renovável”, explica Clini.

O projeto consistiu também na implantação de um sistema de fitodepuração de águas residuais do edifício, dedicado às energias renováveis, ao tratamento das águas refluentes e à arquitetura ecossustentável (edificação social).

A implantação do sistema de depuração se apresenta como um jardim de aspecto esteticamente agradável, que não emite nenhum odor proveniente das águas residuais recicladas. Após a filtração e a depuração, as águas já utilizadas se transformam em água potável. Dessa forma, a embaixada não será mais ligada à rede de esgotos de Brasília, e possui a perspectiva de desconto de cerca de 50% da conta de água. Isso evitar o desperdício de água, com um sistema de tratamento que purifica a água utilizada para reuso na limpeza e jardinagem do edifício.

É importante lembrar que a população mundial está consumindo 50% mais recursos naturais do que o planeta pode oferecer e, segundo o Relatório Planeta Vivo, divulgado pela rede ambiental WWF, o crescimento da população e o consumo excessivo são os maiores responsáveis pela pressão sobre o meio ambiente. O Brasil está acima da média mundial na relação entre a demanda e a capacidade de regeneração do ambiente. A iniciativa do projeto Embaixada Verde vem mostrar que é possível reverter à situação, com soluções para a reversão dos problemas mundiais referentes ao meio ambiente.

EconomiaSC

Solar para Todos foi tema de seminário na Cúpula dos Povos

O debate Solar para todos realizado, hoje, na tenda do Greenpeace na Cúpula dos Povos contou com a participação de Carlos Felipe Faria, do Studio Equinócio, Guilherme Syrkis, da MetaSolar, e Danny Kennedy, da Sungevity, especialistas em energia solar que contaram ao público qual é o atual panorama e o futuro desse tipo de energia no Brasil.

“O cenário no país é muito positivo para a energia solar”, disse Carlos Faria, “e com a regulamentação da Aneel que foi aprovada este ano vamos poder ver o grid de energia funcionando de forma mais eficiente”. Além de falar do cenário energético nacional, Danny contou as experiências e projetos que já estão funcionando nos Estados Unidos e que poderiam ser importados para o Brasil.

“O que nós já implementamos e que também funcionaria no Brasil é uma forma de financiamento da instalação das placas solares. Ao longo dos meses, a energia que foi gerada nas residências e que não foi utilizada, é fornecida para a rede e acaba funcionando como uma forma de pagamento das placas”, afirmou Kennedy.

Solar térmico estabiliza na Europa em 2011

O ano passado parece ter posto um fim na curva descendente do mercado solar térmico europeu, com os números anuais da associação europeia do sector, ESTIF, a revelarem que o mercado estabilizou em 2011. Apesar das notícias menos más, a necessidade da indústria de desenvolver novos segmentos de mercado e de melhorar a competitividade dos preços é evidente para retomar o caminho do crescimento. Para além disso, a ESTIF apela ainda aos governos, no sentido de tomarem medidas para aproveitar todo o potencial da energia solar térmica para o cumprimento das metas para 2020.

Ao todo, durante 2011, foram instalados 2,6GWth, totalizando 26,3GWth em termos de capacidade instalada acumulada, que transformaram 18,8TWh de energia solar térmica. No que toca ao volume de negócios, a indústria solar térmica registou 2,6 mil milhões de euros e empregou 32.000 pessoas.

As estatísticas mostram que, apesar de no geral o mercado ter estagnado, a nível nacional houve oscilações diversas. O maior mercado europeu, a Alemanha, retomou o crescimento e a Polónia passou a fazer parte dos grandes, ultrapassando os 200.000m2 de nova área instalada anual. As maiores dificuldades foram registadas no Sul da Europa, com a queda significativa de mercados promissores, como Portugal, Espanha, e Itália. No caso grego, registou-se uma subida ligeira.

Fonte: http://www.climatizacao.pt

Furnas se prepara para leilões de energia solar e eólica

RIO – O diretor-presidente Furnas, Flavio Decat de Moura, afirmou nesta segunda-feira que a empresa se prepara para participar de leilões de energia eólica e solar que o governo federal deve lançar em breve. Segundo ele, o investimento da companhia em energia alternativa ocorre em função da possibilidade de Furnas vencer os leilões de energia.

“Vamos entrar em todos, estamos com uma chamada pública e já temos 1.000 MW em parques eólicos para disputar os novos leilões. Se conseguirmos vencer tudo, vamos construir 1.000 MW rapidamente”, comentou o executivo, durante o Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20.

Segundo ele, Furnas já tem um parque de geração de energia eólica de 800 MW em construção. “Não temos um limite para isso. Enquanto o Brasil colocar energia eólica em leilão, nós vamos disputar para seguir essa vertente. Tanto eólica quanto solar.”

Decat estimou que a participação dessas energias alternativas no portfólio da empresa, hoje abaixo de 2%, pode chegar a 20% em dez anos. “A gente tem a expectativa de que o governo vá fazer leilões específicos para a energia solar e, portanto, pagar mais por essa energia”, acrescentou. “Tenho ouvido falar no âmbito do governo que é ainda para esse ano.”

Fonte:http://www.valor.com.br/

Rio lança selo que dá isenção fiscal para empreendimentos sustentáveis

RIO DE JANEIRO – Com a finalidade de incentivar empreendimentos imobiliários que pratiquem ações de sustentabilidade, a prefeitura do Rio elaborou um decreto assinado desta segunda-feira (11) que cria a certificação Qualiverde. A iniciativa poderá ser aplicada às construções e aos empreendimentos que estão sendo licenciados na capital fluminense.

Com a certificação, as construções sustentáveis poderão obter descontos de até 50% ou mesmo isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano ( IPTU) e Imposto de Transmissão de Bens Imóveis ( ITBI) , além da redução do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Esses benefícios fiscais só terão validade após aprovação na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro.

A certificação será válida a partir da publicação do decreto. Segundo o arquiteto da Coordenadora de Macroplanejamento de Planejamento Urbano da Secretaria Municipal de Urbanismo, Pedro Rolim, as construções podem ser qualificadas como Qualiverde, caso atinjam 60 pontos, ou Qualiverde Total, quando totalizarem 100 pontos.

De acordo com Rolim, o objetivo do decreto é aumentar consideravelmente o número de edifícios sustentáveis na cidade do Rio de Janeiro. “Nós já temos alguns exemplares na cidade. No entanto, eles ficam um pouco fechados em um núcleo de construção. A ideia com essa certificação é que a gente estenda essas ações de sustentabilidade ao maior número possível de construções novas, beneficiando também edificações que sofram grandes reformas ou algum retrofit [modernização dos equipamentos]”.

Algumas das ações e práticas listadas no certificado não são novidades no mercado de construção, como teto verde, uso de aquecimento solar na água e iluminação artificial e eficiente. Segundo ele, cada uma dessas ações tem uma pontuação específica. O prédio que realizar iniciativas como essas vai ter seus pontos avaliados e, se atingir 60, ganha a certificação Qualiverde.

Ainda segundo Rolim, as ações de responsabilidade estão acontecendo com muita força e o país recebe cada vez mais novas tecnologias. A qualificação em forma de decreto serve para que a prefeitura tenha agilidade necessária para acompanhar as inovações tecnológicas que chegam ao mercado.

“Nós buscamos aumentar o número de edificações sustentáveis na cidade, atingindo um patamar de cidades europeias e norte-americanas, que possuem uma média de 15% de construções sustentáveis no hall de suas novas obras. A gente quer atingir este parâmetro”, disse Rolim.

Fonte:http://www.dci.com.br

Países do Golfo se voltam para energia solar

Depois de ter queimado combustíveis fósseis durante muito tempo para construir suas cidades no deserto, diversos países petroleiros e gasíferos do Golfo Pérsico começam a voltar os olhos para a energia solar.

Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos já anunciaram ambiciosos projetos de uso da energia solar. Enquanto isso, organizam encontros internacionais sobre o tema e institutos de pesquisas e empresas especializadas começam a ocupar espaços nos negócios.

Talvez o mais significativo seja que diversas autoridades começam a mostrar a conscientização sobre a importância que esta energia renovável pode ter no futuro.

Para Adnan Amin, diretor do Instituto Internacional de Energias Renováveis (Irena), em Abu Dhabi, o interesse também pode ser econômico. “É mais caro subvencionar os produtos petroleiros do que investir nas energias renováveis”, acrescentou.

Os países petroleiros do Golfo ainda estão atrasados em relação ao resto do mundo em matéria de proteção ambiental e recursos em energias limpas, mas já ficou evidente uma tendência à evolução.

Assim, o Golfo poderá se tornar a região onde “os investimentos nas energias renováveis aumenta mais rapidamente”, afirmou Amin, que justifica assim a decisão de instalar a base do instituto Irena nos Emiradores Árabes Unidos, terceiro país em volume de emissões de carbono por habitante.

FOs Emirados já são vistos como um país consciente da “economia de energia”, e que deseja “investir pesadamente e avançar na área de energias renováveis”. Uma cidade solar no coração do deserto O orgulho dos Emirados é a cidade Masdar, concebida para ter a menor pegada ecológica possível, com seus automóveis elétricos, sua iluminação pública e o ar condicionado alimentados por uma usina solar de 10 megawatts.

Ainda em sua fase inicial, compõem a cidade alguns poucos edifícios e o Instituto Masdar, programa de pesquisas de nível universitário sobre energias limpas. Os prédios são concebidos para deixar entrar o sol, mas combater o calor. A temperatura entre os edifícios é inferior em 10 a 15°C com relação a Abu Dhabi, a poucos quilômetros dali.

“Da arquitetura à gestão de resíduos, estes aspectos se tornaram realidade para a cidade do futuro”, disse o diretor do instituto Masdar, Bader Lamki. Segundo Lamki, as novas normas de construção de Abu Dhabi e Dubai exigem menos consumo de energia.

Masdar está prestes a finalizar uma das maiores usinas solares do mundo ao sul de Abu Dhabi. A central Shams 1, um projeto conjunto com a espanhola Abengoa Solar e a francesa Total, deverá ficar pronta até o fim deste ano.
Shams 1 ocupa uma área de 2,5 km² e terá capacidade de 100 megawatts. Segundo Lamki, permitirá reduzir em cerca de 175 mil t as emissões de CO2 a cada ano. “É como retirar de circulação 15 mil automóveis ou plantar 1,5 milhão de árvores”, disse.

fonte: http://noticias.terra.com.br/