Arqueólogos descobrem relógio solar pré-hispânico da cultura Wari no Peru

Arqueólogos peruanos descobriram um relógio solar, uma galeria subterrânea e uma sala de audiência no complexo arqueológico da cultura Wari (600 a 1.100 anos dC), localizado na região andina de Ayacucho (sudeste), informou o jornal El Comercio neste domingo.

“No centro do complexo foi encontrado um pedestal circular com uma pedra tubular por meio do qual era medida a passagem do tempo, que seria um dos antecedentes do chamado Intihuatana, ou relógio solar dos incas”, disse o arqueólogo José Ochatoma, que lidera os trabalhos, citado pelo El Comercio.

Nas paredes do recinto foram descobertos 18 nichos pintados de branco. “A teoria é que nesses lugares fossem colocadas as múmias de seus antepassados, com as quais eram feitas consultas antes de decisões importantes. Eram como o oráculo”, disse Ochatoma.

O arqueólogo disse que as descobertas foram realizadas há alguns meses, mas que foram reveladas recentemente.

Ele explicou que o recinto tem a forma da letra “D” e é rodeado de plataformas nas quais foram encontrados arcos e lanças.

O complexo arqueológico de Wari foi descoberto em 1931 e em 1942 foram realizadas as primeiras escavações, que foram suspensas depois por falta de orçamento.

Atualmente, a região é intensamente pesquisada por um grupo de arqueólogos da Universidade Nacional San Cristóbal de Huamanga, em busca de maiores informações da cultura Wari, uma das mais significativas da região andina, disse Ochatoma.

Fonte:http://veja.abril.com.br/

CDHU aposta em aquecimento solar nos conjuntos habitacionais

Iniciativa faz parte uma série de medidas ecologicamente sustentáveis da Companhia

O sistema de aquecimento solar em uma residência representa uma economia em cerca de 30% na conta de luz do morador e ainda ajuda a preservar o meio ambiente. Ciente desses benefícios, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) lança moradias equipadas com esse sistema e também faz um trabalho de instalação nas habitações já entregues – caso dos conjuntos habitacionais Eugênio de Melo e São José dos Campos A1 e A2, que receberam a tecnologia na semana passada.

As instalações são realizadas pela CDHU em parceria com a EDP Bandeirante. Além dos aquecedores, o acordo entre as empresas estabelece a substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas, de alta eficiência energética, e a troca do chuveiro convencional por um com sistema híbrido, que opere tanto com aquecedor solar quanto com energia elétrica de baixa potência. Já foram instalados 4,8 mil equipamentos em moradias já entregues.

Acordo semelhante com a CPFL prevê a instalação de mais 6.691 aquecedores e, com a AES Eletropaulo, estão sendo instalados cinco mil aparelhos em condomínios da Cidade Tirantes e Guaianazes, na zona leste da Capital.

Fonte:http://saopaulo.sp.gov.br/

SMEThermal 2013 – Innovations in Manufacturing, Product Design and Machinery: Call for Papers

The Call for Papers for the SMEThermal 2013 is now open. Component manufacturers, production equipment suppliers, material suppliers, engineering companies and researchers are welcome to submit their presentation proposals for the international conference taking place in Berlin on 29 January 2013. The SMEThermal has become one of Europe’s leading international industry conferences on the solar thermal sector. The one-day event will attract more than 170 solar thermal industry experts, including delegations from booming solar thermal markets, such as Brazil and China. The conference offers insights into the sector’s most recent developments in process optimisation, cost reduction strategies, new materials or collector and tank design.

Submitted papers should address at least one of the following topics related to the manufacturing of tanks, absorbers and collectors, as well as to technological trends and international market prospects:

Innovations in manufacturing, product design and machinery
How to increase competitiveness and reduce costs
Pros and cons of new materials
Technology trends on the world market
Future outlook on product design
Trends in standards and certifications
Market update in- and outside Europe
In addition, each abstract should contain a one-page explanation of the key issues to be covered in the presentation and be accompanied by a short biographical text about the author. The Call for Papers will be available online until 31 August 2012.

Abstracts can be uploaded through the Solarpraxis website:

“The SMEThermal 2013 provides a unique platform for the solar thermal industry. There will be some special events again this year,” explains Anja Kleppek, Project Leader of the SMEThermal 2013 at German renewable conference organiser Solarpraxis AG. First, an innovation forum will present the latest developments in process optimisation and new materials. Second, an international panel will share their thoughts about future solar thermal technologies and market predictions. Third: The SMEThermal 2013 will be the first international industry meeting in 2013 to assess next year’s business situation.

More information:
http://www.solarpraxis.de/en/conferences/smethermal-2013

Energia solar é fator chave para a transição energética

A energia solar pode desempenhar um papel central no futuro plano energético da Suíça e substituir parte da energia nuclear. O setor reivindica uma expansão acelerada e mais subsídios. A indústria elétrica aposta em usinas a gás como solução provisória.
Apenas um por cento da eletricidade consumida na Suíça vem da energia solar. Mas os sinais para as novas energias renováveis são de arrancada e inovação.

Assim o grupo RWE, segundo maior fornecedor de energia da Alemanha e até recentemente um dos principais defensores da energia nuclear, perdeu a fé nela e agora quer abandonar também os projetos internacionais de energia atômica. Após o choque de Fukushima, grupo já teve de enterrar seus projetos na Alemanha.

No norte da Europa, surgem gigantescos parques eólicos e o audacioso projeto de energia solar Desertec (nos desertos da África e Oriente Médio) lentamente ganha contornos concretos.

Quadro ainda não está claro
Na Suíça, o Conselho Federal (governo) e o Parlamento decidiram em 2011 não autorizar mais a construção de novas usinas nucleares. Nos próximos meses, o meio político tem de chegar a um acordo sobre as condições básicas e concretizar a transição energética. Está em jogo o futuro plano energético, o caminho até lá, possíveis medidas de economia de energia e o financiamento do abandono da energia nuclear.

“O setor elétrico vai se adaptar ao novo quadro. Isso é certo. Se as condições básicas forem claras e confiáveis, o setor pode fazer os investimentos necessários e as empresas fornecedoras podem realinhar suas estratégias individualmente”, diz Thomas Zwald, diretor da Associação dos Produtores de Energia Elétrica da Suíça (VSE, na sigla em alemão), à swissinfo.ch.

Do nicho aos 20%
Até agora, a energia solar é um produto de nicho na Suíça. A energia nuclear tem uma participação de cerca de 40%. “Com sistemas fotovoltaicos descentralizados nos telhados das casas, a energia solar poderia chegar a 20% e assim substituir a metade da energia nuclear. Isso sem considerar as possíveis grandes usinas em áreas verdes. A outra metade da energia nuclear poderia ser substituída por um misto de energia eólica, biomassa e, mais tarde, pequenas centrais hidrelétricas e geotermia”, diz Franz Baumgartner, professor de energias renováveis da Escola Superior de Ciências Aplicadas de Zurique.

Sistemas fotovoltaicos descentralizados nos telhados têm a vantagem de provocar menos resistência da população, de ambientalistas e defensores do paisagem, e assim poderem ser construídos mais rapidamente do que grandes instalações como termelétricas a gás, parques eólicos ou grandes usinas de energia solar.
Alemanha como exemplo

“O tempo necessário para que a energia solar atinja uma cota de 20% depende da velocidade com que se expandem as instalações. A Alemanha elevou ao longo dos últimos dez anos para aproximadamente 13% o uso de novas fontes de energia renovável. Querendo, isso poderia ser tomado como um exemplo brilhante”, diz Baumgartner.

Com base em diversos estudos, o diretor da Associação dos Profissionais da Energia Solar (Swisssolar), David Stickelberger, estima que o potencial sobre os edifícios seja de 30 a 40%. “Realisticamente, calculamos uma quota de 20% até 2025.”

A questão da velocidade
Há consenso entre os fornecedores de energia e a Swisssolar que a energia solar na Suíça tem um potencial ainda longe de ser esgotado. Mas esse consenso acaba quando se toca na questão da rapidez com que a Suíça deve produzir quanta eletricidade a partir da energia solar e quanto isso deve custar.

“É preciso distinguir entre o potencial técnico e econômico. O fato é que os custos de produção de energia solar ainda são muito altos”, diz Thomas Zwald. – “Os recursos para viabilizar tarifas que cubram os custos precisam ser aumentados”, diz Stickelberger: “Pelos nossos modelos de cálculo – ou seja, com uma cota de 20% de energia solar – o preço da eletricidade aumentaria cerca de 10%”.

A questão seria “esgotar este potencial com enormes subsídios – como é o caso na Alemanha – neste curto espaço de tempo” ou, “no interesse da economia”, esperar “que os preços da energia solar gradualmente cheguem aos níveis do mercado”, diz Zwald.

Termoelétricas como solução provisória
O setor elétrico aposta na construção de usinas a gás como substituto para a energia nuclear. “Trata-se de ver como compensar a perda da banda de energia das usinas nucleares. O caminho passa por usinas a gás, porque as hidrelétricas são pouco expansíveis e uma plena compensação por meio de importações não é politicamente desejável nem realista”, disse Zwald. Dependendo do cenário, os fornecedores de energia calculam que serão necessárias entre quatro e oito dessas centrais a gás.

Porém, as termelétricas a gás queimam combustíveis fósseis, produzem CO2 e, portanto, contradizem o objetivo declarado da Suíça de combater a mudança climática. Mas também a energia solar tem seu lado sombrio. Uma desvantagem da energia solar é – ao contrário da hedrilétrica, a gás ou nuclear – a produção inconstante de eletricidade.

Cenários do futuro
Para compensar as flutuações, no entanto, também há opções e cenários alternativos: o desempenho da energia solar é fraco no inverno, ou seja, quando as turbinas eólicas funcionam a todo vapor no Mar Báltico. Com os excedentes de energia eólica do exterior poderiam ser operadas hidrelétricas com reservatórios no país e, assim, compensada a falta da energia solar.

Pelos conhecimentos atuais, as megausinas solares planejadas no norte da África e sul da Espanha estarão em condições de produzir o ano inteiro energia suficiente para compensar as flutuações.

Por fim, espera-se para os próximos anos avanços decisivos das tecnologias de armazenamento descentralizado de energia solar excedente (baterias).

A produção descentralizada de eletricidade através de sistemas fotovoltaicos exige não só uma expansão das redes, mas também das chamados “smart grids”, ou seja, “redes inteligentes”. Com a ajuda de modernas tecnologias de comunicação, estas poderão controlar a demanda e o consumo de energia com mais precisão do que as atuais redes.
Bilhões em investimentos
“O setor econômico está consciente de que esses investimentos precisam ser feitos e que a produção descentralizada ganha em importância. É tudo uma questão de velocidade e também de como se pode juntar o capital. Precisa-se de condições atraentes, também para investidores privados, porque serão necessários bilhões para a expansão da produção de energia renovável e das redes”, diz Thomas Zwald.

“Quem quiser ir numa nova direção tem que investir. Não basta continuar cozinhando em banho-maria e gritar “nós fazemos a revolução energética”. Precisa-se investir para depois desfrutar das vantagens”, diz Baumgartner. “A energia sempre foi uma questão política. Também para a energia hidrelétrica inicialmente foram necessários grandes investimentos.”
Andreas Keiser, swissinfo.ch

Quiosque público carrega gadgets com energia solar

São Paulo – As designers Ekaterina Shchetina, Ivanova Desislava e Sogabe Tsuyoshi criaram o projeto InfoPoint. O conceito pretende instalar quiosques públicos nas cidades capazes de carregar gadgets com energia solar.


A equipe desenvolveu o quiosque para ser instalado inicialmente em Milão. Porém, o projeto que alia tecnologia e funcionalidade pode ser replicado a outros centros urbanos.

O sistema modular tem duas partes. A primeira delas tem carregadores de dispositivos eletrônicos e um painel com telas sensíveis ao toque, com informações sobre a cidade. A segunda possui um banco em forma de cruz, onde os usuários podem aproveitar para descansar.

O grande destaque do quiosque está nos dois módulos cobertos por placas fotovoltaicas. Assim, os usuários podem recarregar seus gadgets por meio de uma saída USB.

Portanto, a energia usada na estrutura do quiosque vem da energia obtida a partir da luz do Sol. Quando escurece, a eletricidade ainda mantém as lâmpadas de LED responsáveis pela iluminação local em funcionamento.

Dessa forma, o InfoPoint também ajuda os turistas a encontrar informações sobre eventos e lugares. Além disso, descobrem mais sobre a cultura e história local.

Consórcio português irá construir usina solar da Eletrosul

A usina solar da Eletrosul, Megawatt Solar, será construída por um consórcio formado pela portuguesa Efacec e pela Efacec do Brasil, informou a empresa do grupo Eletrobras nesta quarta-feira, em comunicado.

O consórcio português propôs o valor de R$ 8,1 milhões para construir a usina –15% inferior ao previsto no edital– e venceu o processo de concorrência do qual oito proponentes participaram.

O prazo para a instalação do empreendimento é de oito meses a partir da assinatura do contrato e das ordens de serviço.

A usina fotovoltaica será integrada ao edifício-sede da companhia, em Florianópolis (SC), e a energia produzida será comercializada a consumidores livres.

Cerca de 4.000 módulos solares serão instalados no telhado do prédio e sobre a cobertura dos estacionamentos gerando em média 1,2 gigawatts-hora (GWh) por ano, o que equivale ao consumo anual de cerca de 570 residências

Fonte:http://www.jornalfloripa.com.br

Investimentos em geração solar quadruplicam

Os fabricantes mundiais de equipamentos solares, que passam por maus momentos nos EUA, na Europa e até na China, depositam suas esperanças no mercado brasileiro, onde os investimentos em energia solar deverão quadruplicar neste ano. Por ser até três vezes mais cara que as energias eólica e hidráulica, a geração solar não decolou no país até hoje. No entanto, os incentivos concedidos pela Agência Nacional de Energia (Aneel), além da queda de 70% nos preços dos painéis ao longo dos últimos anos, viabilizam o investimento em novos projetos.

O setor contará ainda com uma poderosa vitrine, a Copa Mundo de 2014. Entre os estádios que terão painéis solares estão o Maracanã (RJ), Mané Garrincha (DF), Arena Pernambuco (PE) e Itaquerão (SP), cujos contratos começam a ser disputados pelos fornecedores.

Com os novos investimentos, o Brasil deve chegar até o fim de 2012 com uma capacidade de geração solar de 20 a 30 MW, prevê Alexandre Borin, gerente da subsidiária brasileira do grupo LG, que importa painéis da Coreia. Hoje, o Brasil possui só 7 MW instalados desse tipo de energia. Mas o grande salto deve ocorrer em 2013, quando os sistemas das distribuidoras e as licitações dos estádios estiverem concluídos, diz Borin.
A Bioenergy, que possui parques eólicos no Rio Grande Norte, testará o mercado no dia 7 de agosto, quando fará o primeiro leilão do país de energia solar no mercado livre. A energia será vendida por R$ 250 por MWh, um dos mais baixos preços já oferecidos. Nos últimos leilões do governo, porém, a energia eólica foi comercializada em torno de R$ 100 o MWh.

“Muitas companhias dizem que são verdes, mas se recusam a pagar um centavo a mais por uma energia mais limpa”, diz Sérgio Marques, presidente da Bioenergy. Segundo ele, a energia solar não deveria ser comparada à eólica e hidráulica, mas à térmica a diesel, que chega a custar R$ 600 o MWh.

Um dos grandes atrativos para o leilão da Bioenergy foi o desconto concedido pela Aneel de 80% na tarifa cobrada pelo uso do sistema de distribuição (Tusd) para a energia solar. Com esse incentivo, a energia sairá para os consumidores por R$ 480 ou R$ 500 o MWh, preço semelhante ao da energia convencional, diz Marques.

O custo normal da Tusd varia de R$ 120 a R$ 70 o MWh e depende de cada distribuidora. A resolução da Aneel foi publicada há cerca de 60 dias e não é válida para a energia eólica, diz Marques. A energia vendida no leilão virá de um parque solar que está sendo construído pela Bioenergy na Bahia e que ficará pronto em 2013. A capacidade de geração do parque, que foi projetado em lotes de 0,5 MW, vai depender da demanda no leilão, diz Marques, mas a expectativa do executivo é vender entre 1 e 3 MW.

O “boom” da energia solar está atraindo novos fornecedores para o país, como a belga Windeo, que faturou € 50 milhões no ano passado. A empresa fornece sistemas de pequeno porte de geração de energia solar e prevê um forte crescimento na demanda por parte de hotéis, resorts, restaurantes, shoppings e lojas, afirma Alexandre Bretzner, diretor operacional da Windeo no Brasil.

O preço dos painéis solares, contudo, ainda são proibitivos para um consumidor comum. O kit de 1 KW da Windeo custa R$ 15 mil. Ainda assim, diz Bretzner, o preço é “altamente competitivo”. “O Brasil ainda não oferece linhas de crédito acessíveis para a instalação de sistemas solares. E financiamento será crucial”, diz o executivo.

Apesar dos obstáculos que ainda existem para a massificação da energia solar, as resoluções publicadas neste ano pela Aneel são consideradas um avanço. “O desenvolvimento de energias renováveis dependem de um tripé: marco regulatório, incentivos fiscais/subsídios e financiamento”, afirma o consultor da Ernst & Young, Luiz Claudio Campos. Segundo um estudo da E&Y, a energia solar será a bola da vez no Brasil, enquanto a energia eólica terá desafios pela frente.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os painéis solares fotovoltaicos custavam € 4,2 por watt-pico (Wp), unidade que mede a potência de equipamentos, no ano 2000. Esse preço caiu para € 1,2 o Wp no ano passado. No Brasil, o custo da instalação do painel é de R$ 15/Wp. “O custo dos painéis deve cair entre 10% e 15% este ano e entre 30% e 40% nos próximos anos. Além da redução do custo, a eficiência está aumentando. O painel tem hoje cerca de 15% de eficiência, mas, na Alemanha, já há registros da ordem de 40%”, afirma Carlos Faria Café, diretor da Metasolar ( www.metasolar.com.br) , integradora de sistemas fotovoltaicos.

A empresa inicia nesta semana a instalação de painéis solares no teto da Biblioteca Pública do Estado do Rio de Janeiro. O projeto, contratado pela Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro e a Light, contará com R$ 550 mil reais provenientes da lei de incentivo à cultura e do programa de eficiência energética da distribuidora fluminense. Os painéis serão fornecidos pela LG.

Adaptado de Valor Econômico

Consumidor terá desconto na conta de luz

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitiu neste ano que o consumidor que possuir um painel de energia solar ou uma torre eólica forneça a energia que produzir para a sua distribuidora. O volume gerado poderá ser descontado da conta de luz todos os meses, o que deve dar um forte estímulo à mini e à microgeração, ou a chamada energia elétrica distribuída, algo incipiente no país.

“A regra funciona como um programa de milhagem qualquer. A distribuidora vai ler o consumo do cliente e a energia injetada na rede por ele. O crédito gerado pelo consumidor será abatido na conta do mês subsequente”, explica o superintendente de regulação dos serviços de distribuição da Aneel, Carlos Alberto Mattar.

Com a nova regra, a consultoria Kema prevê uma onda de investimentos em geração distribuída no país, que poderão totalizar algo entre R$ 15 bilhões e R$ 49 bilhões até 2030. O valor dependerá dos que o governo dará ao setor, como isenções de impostos. Hoje, os painéis solares possuem incentivos dos IPI e ICMS, mas recolhem o imposto de importação.

O valor previsto pela Kema engloba, além da anergia solar, torres eólicas de pequeno porte, pequenas usinas a biomassa de cana-de-açúcar, veículos elétricos e baterias. Todos esses equipamentos deverão contribuir com até 35,5 mil megawatts (MW), ou pouco menos do que duas usinas de Itaipu (14 mil MW) e uma Tucuruí (8,3 mil MW) somadas, até 2030.

O mecanismo de compensação na conta de luz está previsto na resolução da Aneel número 482, de abril deste ano. A norma determina que em 240 dias, a partir daquela data, as distribuidoras efetuem as alterações necessárias e divulguem as referidas normas técnicas.

Dentro do grupo de tecnologias que serão adotadas está o medidor eletrônico bidirecional. Com ele, será permitido calcular o quanto de energia o consumidor disponibilizou à rede elétrica e descontar a relativa quantia do valor total da sua conta de luz mensal.

As distribuidoras de energia terão de adaptar seus respectivos sistemas comerciais para o acesso da geração distribuída até o fim deste ano. A medida é uma primeira etapa para a adoção das tecnologias de “smart grid”, ou redes inteligentes, e permitirá ao consumidor fornecer para a distribuidora a energia que não estiver consumindo.
“O advento das redes inteligentes e desse tipo de tecnologia [geração distribuída] mudam a rede, de um sistema radial, como é a maneira de distribuir energia em países com a extensão territorial como a do Brasil, para a adoção de fontes alternativas em qualquer lugar. Isso muda a forma de operar a rede elétrica no Brasil”, destacou Rogério Varasquim, responsável por estudo feito pela Kema.

“A regulamentação é o primeiro passo”, afirma Tânia Cosentino, presidente no Brasil da multinacional francesa Schneider Electric, uma das maiores fornecedoras do mundo de “smart grid” (redes inteligentes), que prevê uma forte expansão da energia solar no Brasil nos próximos anos. Hoje, esse é um mercado incipiente para a multinacional no Brasil.

Segundo Alexandre Bretzner, da belga Windeo, que fornece sistemas de geração solar e eólica de pequeno porte, a regulamentação pela Aneel é importante, mas também seriam precisos incentivos fiscais e tarifários para estimular o consumo.

Aneel recebe pedido de outorga de 90MW em usinas fotovoltaicas

A superintendência de concessões e autorizações de geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou o recebimento de requerimento de outorga para instalação de três usinas solares fotovoltaicas e de seus sistemas de transmissão associados. Os projetos, localizados nos Estados da Bahia e de Paraíba, terão 30MW cada, em um total de 90MW. Todos serão voltados à produção independente de energia elétrica.

Na Paraíba, a usina solar fotovoltaica Jandui, da empresa Jandui Solar Energia SPE, tem previsão de ser instalada no município de Iço. Já as plantas Citrino, da Citrino Solar Energia SPE, e Assuará, da Assuruá Solar Energia SPE, devem ser construídas na Bahia, nos municípios de Ibititá e Itaguaçu da Bahia, respectivamente.

O recebimento dos requerimentos de outorga aparece em despachos publicados no Diário Oficial da União deste terça-feira (1/7).

fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/

Congresso Brasileiro de Energia Solar acontece em São Paulo em Setembro. Participe.

A Comissão Organizadora do IV Congresso Brasileiro de Energia Solar (IV CBENS) e V Conferência Latino Americana da ISES tem o prazer de convidá-lo(a) para participar do evento, que ocorrerá no Memorial da América Latina, em São Paulo, no período de 18 a 21 de setembro de 2012.

O IV CBENS y V ISES-CLA espera contar com a participação de um elevado número de pesquisadores, profissionais e estudantes das áreas de energias renováveis, com a contribuição de trabalhos tecnológicos e científicos e com o intercâmbio de informações e experiências entre pessoas interessadas no desenvolvimento das energias alternativas.

Acesse as informações de interesse na página virtual do Congresso e programe-se para participar deste importante evento do setor.