Portugal – aposta na eficiência pode dar novo fôlego a energia solar térmica

Enquanto não são publicados os novos enquadramentos estratégicos para o sector da energia, no que toca às energias renováveis e à eficiência energética, o mercado mantém-se em suspenso. A aposta tem sido no aumento da eficiência e na exportação.

A versão final do Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis e do Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAER e PNAEE) será publicada até ao final do ano, assegurou fonte da Direcção-Geral de Energia e Geologia ao Água&Ambiente.
O processo está a decorrer «conforme o expectável», estando actualmente a ser considerados os contributos da consulta pública que findou em Maio deste ano. Na versão do PNAEE então disponibilizada no site da DGEG, o documento definia uma revisão em alta da meta nacional de energia solar térmica, que fica estipulada em 26 024 tep até 2015.

Em equipamentos públicos, a medida para o solar térmico deverá manter-se sendo a meta de 6138 tep. Já no PNAER, destaque para a promoção da biomassa no aquecimento residencial e a promoção do consumo de pellets, através da aquisição ou substituição doméstica de caldeiras.

Como o Estado quer dar o exemplo e reduzir a sua factura energética em 30 por cento, nomeadamente através da implantação do programa Eco.AP – Programa de Eficiência Energética na Administração Pública, é expectável que haja uma dinamização do mercado de comercialização de equipamentos de geração e aproveitamento de energia térmica. No entanto, aguarda-se ainda a publicação dos cadernos de encargos tipo, que vão permitir às empresas de serviços energéticos saberem com que linhas se cose o mercado. Até agora, o investimento tem sido protagonizado essencialmente pela indústria, por uma questão de eficiência energética e de poupança na factura de electricidade.

Para Maria João Rodrigues, presidente da APISOLAR – Associação Portuguesa da Indústria Solar, é no Eco.AP que estão depositadas as maiores expectativas para a dinamização do mercado do solar térmico, ainda que o aquecimento de águas não seja utilizado em muitos edifícios da Administração Pública. E isto porque o mercado de construção está parado e também não se esperam incentivos fiscais à reabilitação.

Japão atinge 1.4GW da capacidade instalada PV

A capacidade solar fotovoltaica do Japão atingiu um total de 1.443 GW, de acordo com dados divulgados pelo Ministério Japonês da Economia, Comércio e Indústria (METI).

O setor residencial japonês foi o que mais se desenvolveu com 1.027 GW enquanto o setor não-residencial instalou 371 MW.

Além disso, na última semana a empresa de telefonia móvel japonesa, a Softbank, anunciou o lançamento de um programa solar fotovoltaico que visa instalar miniusinas solares no topo mil telhados residenciais no Japão.

A região com a maior capacidade instalada foi a de Hokkaido, no norte do Japão, onde a Orix Corporation, um grupo japonês de serviços financeiros, vai construir o seu maior projeto solar com uma capacidade total de 17.5 MW.

A Mitsui Fudosan também revelou planos para desenvolver uma usina de energia solar de 23 MW em Tomakomai cidade, Hokkaido.

Segundo números do METI, já foram aprovados 3.262 MW principalmente de projetos de usinas solares grande escala, sendo que há uma expectativa para que pelo menos 600 MW sejam conectados ao sistema elétrico antes de 31 de de 2013.

Desde que o governo japonês lançou seu programa de incentivos através das tarifas prêmio (tarifa feed-in), em Julho, o país experimentou um aumento nos investimentos na energia solar, o que levou ao país mais U$ 2 bilhões de dólares de capital em energias renováveis.

Segundo a Reuters, o aumento do investimento é resultado de atitudes de empresas e proprietários de imóveis que se apoiam e lucram em uma política energética anti-nuclear após a crise do ano passado Fukushima.

Até 2010, a capacidade nuclear japonesa era dei 42.408 GW o que colocava o país como terceiro maior gerador de energia nuclear do mundo, atrás os EUA e a França. Mas isto está mudando pois a a taxa média de utilização da energia nuclear caiu de 68% em 2010 para 38% em 2011.

Austrália vai canalizar 66,9 ME para desenvolvimento de energia solar

O ministro da Energia e Recursos da Austrália, Martin Ferguson, anunciou hoje que o Governo australiano vai alocar mais de 87,5 milhões de dólares (66,9 milhões de euros) para um programa para desenvolver energia solar de baixo custo.

A iniciativa é parte do acordo de “Colaboração de Energia Solar Austrália – Estados Unidos” (USASEC, na sigla em inglês), iniciado em 2010, segundo a agência local AAP, citada pela espanhola Efe.

A maior parte do financiamento é destinada à investigação.

Os novos fundos vão contribuir para o desenvolvimento de tecnologia de primeira classe mundial em energia solar e abrem caminho para a sua comercialização, segundo o ministro australiano.

No projeto de oito anos que pretende criar novas tecnologias que reduzam o custo da energia solar vão participar seis universidades australianas, a Organização para a Investigação Industrial e Científica Mancomunidade da Austrália (CSIRO), e o departamento de Energia dos Estados Unidos.

Fonte: http://www.rtp.pt/

Celulares poderão recarregar sozinhos com células de energia solar

Uma célula de energia solar, criada por cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, em parceria com a empresa Molecular Solar Ltd, poderá evitar que a bateria dos celulares acabe.

Capaz de gerar uma tensão suficientemente alta para carregar uma bateria de íons de lítio sem precisar conectar várias células em série, um único módulo apresenta um bom desempenho em diferentes condições solares, podendo ser utilizado em aparelhos eletrônicos, como tablets, câmeras e celulares.

As células orgânicas fotovoltaicas são leves, baratas e compatíveis com diferentes tecnologias, o que as torna facilmente utilizáveis em dispositivos eletrônicos portáteis e são consideradas a terceira geração da tecnologia solar. Dessa forma, essas células são um grande avanço tecnológico na busca pela fabricação de aparelhos eletrônicos com baixo consumo de energia.

Os cientistas do departamento de química da universidade produziram até 7 volts em circuito aberto com as células fotovoltaicas, potência muito superior aos 4,2 volts necessários para recarregar uma bateria de íons de lítio. Nessa fase do projeto, a Molecular Solar Ltd está transformando a pesquisa realizada em laboratório em módulos de aplicação prática, a fim de tornar a tecnologia comercializável.

Consumidores podem gerar energia própria no Brasil

A partir de segunda-feira (17/12) começa a valer a Resolução 482/2012 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que regulamenta a geração de energia por consumidores. Qualquer pessoa ou empresa que quiser instalar micro (até 100 KW) ou minigeradores (entre 100 KW até 1 MW) terá direito a um abatimento na conta de luz de acordo com a sua produção. Sobras de energia serão injetadas diretamente no sistema de distribuição.

A norma define os trâmites que as distribuidoras deverão adotar nesses casos e é válida para energia solar, eólica, hídrica e de biomassa. Depois que o consumidor fizer o pedido para conectar seu gerador à rede, as distribuidoras terão até 82 dias para finalizar os procedimentos necessários.

A resolução foi aprovada em abril, mas estava suspensa e sujeita a consulta pública por um pedido das distribuidoras, que tinham dúvidas sobre sua aplicação e queriam mudanças na redação e mais tempo para se adaptar. Na tarde de ontem, a diretoria da Aneel bateu o martelo, depois de fazer mudanças no texto relacionadas à forma de cobrar impostos no sistema de compensação entre distribuidoras e consumidores. A nova redação deve ser publicada no Diário Oficial ainda nesta semana.

Ficaram de fora do texto incentivos para a instalação dos medidores e geradores, cujos custos ficarão por conta dos consumidores. Apesar disso, a medida está sendo comemorada por organizações que lutam pela ampliação das fontes limpas na matriz energética brasileira.

“É um pequeno passo, mas para o Brasil é totalmente inédito. Nunca tivemos uma lei para energia solar”, avalia Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace.

De acordo com ele, para que a geração descentralizada ganhe escala são necessários incentivos para o consumidor final de painéis solares e a instalação de fabricantes no País. Enquanto isso, Baitelo reconhece que a demanda deve limitar-se a empresas e consumidores domésticos de alta renda.

O integrante do Greenpeace só lamenta que uma alteração do texto original da resolução tenha proibido que os moradores de um condomínio, por exemplo, compartilhassem um mesmo gerador, o que reduziria custos. Representantes do fisco estadual consideraram que isso complicaria a cobrança de impostos.

Geração descentralizada

Em países como a Alemanha, a geração descentralizada existe há vários anos e vem ganhando escala. Lá, os consumidores não apenas podem ter abatimentos na conta de luz, como têm incentivos para instalação de geradores e medidores e podem receber pelas sobras de energia produzida.

Segundo o MME (Ministério de Minas e Energia), 15% dos domicílios brasileiros já dispõem de energia solar. O potencial solar brasileiro é muito grande. O Brasil tem uma média anual de radiação global de 1.642 e 2.300 kWh/m²/ano. Se apenas 2% da área urbanizada brasileira fosse aproveitada, toda a demanda brasileira por eletricidade poderia ser atendida.

De acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a energia solar já é competitiva em diversas regiões do País em função da incidência de sol e da tarifa de energia local. Com a tendência de queda no custo de geração, o sistema pode atingir até 98% das moradias no país no futuro, desde que sejam concedidos incentivos.

Além de significar redução da tarifa no bolso do consumidor, a geração descentralizada representa uma revolução em relação à geração centralizada tradicional. Ela tem potencial de reduzir perdas nas redes – atualmente entre 10% e 12% – e economiza investimentos em transmissão, que devem chegar a R$ 36 bilhões nos próximos dez anos. O sistema também pode melhorar a qualidade do serviço de energia e contribui para tornar mais limpa e diversificada a matriz energética.

Com informações do Greenpeace.

Empresa vinícola produz energia solar

A produção de energia solar nacional conta com mais um reforço. A empresa vitivinícola alentejana Roquevale instalou um sistema de painéis solares fotovoltaicos na herdade que irá produzir energia solar a ser reencaminhada, posteriormente, para a rede elétrica nacional.

Em declarações à Lusa, nesta terça-feira, Miguel Santos, da Roquevale, sediada no concelho de Redondo, destaca que esta iniciativa é um projeto único na região do Alentejo. “No Alentejo, não conheço outra empresa do setor dos vinhos que tenha algum projeto a este nível”.

A instalação do sistema de energia solar, composto por 514 painéis, representou um investimento de 228 mil euros, um valor que a empresa espera recuperar no prazo de seis anos.

Com potência nominal de 127 KW, este sistema irá produzir 242 kW/hora de energia por ano para a rede elétrica nacional, traduzindo-se numa poupança anual de 214 mil kg de emissões de gases com efeito de estufa (CD2).

A empresa Roquevale, criada em 1989, é uma das maiores produtoras de vinho da região alentejana promovendo a cultura vinícola alentejana lá fora.

RN terá investimentos de R$ 782 milhões em energia solar

Em reunião na manhã desta terça-feira (11), com representantes das empresas Real Solar, Enerbra e Bacilieri Equipamentos Elétricos, o secretario de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Silvio Torquato, discutiu as possibilidades de investimentos na área de Energia Solar para o Rio Grande do Norte. Na ocasião, ficou definido o total de R$ 782 milhões para desenvolver projetos no setor.

De acordo com informações do Governo do Estado a reunião atende a política de atração de investimentos para o Rio Grande do Norte e contou ainda com a participação do secretário de Turismo, Renato Fernandes, do chefe de Gabinete da Sedec, Fábio Rodamilans e o prefeito de Arez, Erço de Oliveira Paiva, cidade onde a empresa Real Solar projeta implantar uma unidade fabril para à produção de painéis fotovoltaicos.

Segundo Sílvio Torquato, “o Rio Grande do Norte mostra cada vez mais seu potencial no setor de energias renováveis. Lembrando que o Estado é referência em eólica e agora pode despontar em energia solar”, disse.

Para tocar o projeto da fábrica em Arez será realizado um investimento de R$ 102 milhões, o que representa a geração de 360 empregos diretos sendo 60 engenheiros ou técnicos e 80 indiretos. Ainda segundo o Governo do RN, quando estiver em funcionamento , a unidade terá uma capacidade anual de produção de 240 MW de painéis fotovoltaicos e um faturamento estimado em R$ 260 milhões por ano.

Já a empresa Enerbra Indústria e Commercio de Paneis Solar, vai assinar protocolo de intenção com o Governo do Estado para implantação de parques solares com painéis fotovoltaicos de capacidade anual de implantação é de 1 MW, e a estimativa é de faturamento anual de R$ 125 milhões. O investimento previsto é de R$ 40 milhões com a geração de 100 empregos diretos e 50 indiretos.

O terceiro protocolo será firmado entre o Governo e a Bacilieri Equipamentos Elétricos para fabricação de equipamentos elétricos necessários a implantação de parques solares. O investimento previsto é de R$ 640 milhões e a geração de 240 empregos diretos e 50 indiretos estimados e a capacidade anual de implantação de 200 MW de painéis fotovoltaicos com um faturamento anual estimado de R$ 500 milhões.

Ainda segundo o titular da Sedec, “esses valores somente serão investidos, após aprovação por parte do Governo Federal de um marco regulatório que contemple a geração de energia elétrica, através da fonte primária, solar, bem como a participação deste segmento, nos próximos leilões de venda de energia elétrica, promovidos pelos organismos autorizados”, finaliza.

http://ne10.uol.com.br/c

China: 2,83 GW de energia solar instalada no âmbito do Programa Golden Sun

O Ministério de Ciência e Tecnologia da China publicou os números recentes do programa de incentivo à energia solar intitulado Sun Golden. De acordo com um comunicado foram aprovados em conjunto, 2.835 MW de capacidade solar fotovoltaica no âmbito do programa. Em apenas três anos, o programa Golden Sun que foi lançado em 2009 evidencia o esforço para promover a energia solar renovável e inesgotável na China.

Casa flutuante na Suécia é movida a energia solar

Imagine a seguinte cena: você recebe os amigos para uma almoço na casa de praia em uma tarde de domingo e na hora do cafezinho todos seguem para uma cabine externa que reproduz uma sala de estar e é capaz de zarpar como um barco para um passeio no mar. Exagero?

Não, é a mais recente inovação do escritório sueco Kenjo, especializado em casas sustentáveis e pré-fabricadas de pequeno porte. O projeto foi criado para uma família que buscava uma espaço que pudesse ser usado como área para relaxar e que também funcionasse como um quarto extra para hóspedes.

Localizada sobre uma plataforma flutuante, com acesso direto à água, a cabine conta com um sistema de energia solar fotovoltaica instalado no telhado.

A energia gerada alimenta a iluminação em LED, mais eficiente e econômica, o sistema de som interno e o motor, que permite deslocamentos curtos. Janelas de energia eficiente ajudam, ainda, a minimizar a perda de calor e fornecem luz natural durante a maior parte do dia.

Fonte:http://exame.abril.com.br/

Investigador da Faculdade de Engenharia do Porto, ganhou bolsa de dois milhões de euros para desenvolver projeto de energia fotovoltaica

Adélio Mendes, docente e coordenador do Centro de Competências para a Energia da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), vai receber em janeiro uma bolsa avançada (Advanced Grant) de dois milhões de euros do European Research Council (ERC).

O cientista portuense de 45 anos, coordenador do Centro de Competências para a Energia, foi distinguido pelo seu trabalho (Building Dye Sensitized Solar Cells), investigação na área das tecnologias fotovoltaica, potencialmente relevantes para a geração da eletricidade.

A bolsa agora atribuída irá ser investida nos próximos cinco anos no desenvolvimento de painéis celulares alternativos aos de silício, tecnologia ainda cara e feia esteticamente.

“Apesar dos dispositivos de silício, metálicos e escuros, custarem hoje menos seis vezes do que há seis anos ainda são mais caros do que a eletricidade contratada à EDP”, sustenta Adélio Mendes, convicto que o futuro, em termos de custos e beleza, estará no desenvolvimento das células solares fotovoltaicas.

“A diversificação de tecnologias neste domínio é de extrema importância e tem por meta contribuir para um sector fotovoltaico forte na Europa, capaz de satisfazer necessidades diferentes a custos competitivos”, diz Adélio Mendes.

Do Porto para a NASA

O investigador da FEUP explica que as células solares sensibilizadas com corante (DSC – dye sensitized solar cell), devido ao seu baixo custo de fabricação e à sua aparência semi-transparente, têm tudo para se transformarem numa tecnologia promissora de revestimento de telhados e fachadas.

“Absorvem a radiação e vão transformá-la em eletricidade a preços que serão competitivos, ao mesmo tempo que permitem que as falhadas adotem as cores e padrões escolhidos pelos proprietários dos edifícios, acrescenta o docente da FEUP.

A comercialização desta nova tecnologia, ainda dependente de alguns desenvolvimentos, como um novo tipo de selagem a vidro assistida por lazer, poderá chegar ao mercado já no próximo ano, através da empresa portuguesa Efacec.

Além deste projeto, no qual trabalha desde 2006, Adélio Mendes integra ainda uma equipa da NASA que investiga a produção de oxigénio de elevada pureza para enchimento de garrafas utilizadas pelos cosmonautas.

Fonte:http://expresso.sapo.pt/