LER 2014: preço-teto da energia solar é fixado em R$262/MWh

O preço-teto da fonte solar no leilão de energia de reserva foi fixado em R$262/MWh pelo Ministério de Minas e Energia (MME). O valor, divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (30/9), está dentro da expectativa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que esperava algo entre R$250/MWh e R$300/MWh.

“É um preço que está plenamente aderente ao que prega o mercado”, disse o diretor da Aneel, André Pepitone. “Cria-se a expectativa de uma grande contratação da energia solar nesse leilão”, completou.

Previsto para ser realizado no dia 31 de outubro, o certame visa contratar energia de reserva a partir das fontes eólica, solar fotovoltaica e biomassa (composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto). O início de suprimento deve ocorrer em 1º de outubro de 2017.

Para energia eólica, o teto estabelecido foi de R$144/MWh e, para biomassa, R$169/MWh. A disputa ocorrerá em três grupos independentes, em duas fases.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, foram cadastrados 1.034 projetos ou 26,2GW de capacidade instalada para o leilão. Desse total, 626 (15,3GW) são projetos eólicos, 400 (10,7GW) solares e oito (151MW) a biomassa. Após a habilitação, pode ser que esses números sejam menores. Ao final da habilitação técnica o número de empreendimentos deverá ser menor.

Mudanças
O próximo leilão de energia de reserva (LER 2014) apresenta mudanças importantes para os agentes que pretendem participar. Se no LER 2013 havia uma limitação da contração associada à capacidade de escoamento da rede, neste certame essa cláusula foi excluída. Dessa forma, o resultado final do leilão utilizará como critério de classificação apenas o lance ofertado pelo proponente, bem como a quantidade de energia associada aquele projeto.

Mas se por um lado a notícia pode ser positiva – aumentando a competitividade na disputa -, por outro há um fato que merece atenção dos agentes: o vendedor não fará jus ao recebimento de receita nos casos de indisponibilidade do sistema de transmissão na data início do suprimento do contrato. Isso significa que o risco da transmissão é do gerador, cabendo a ele avaliar com cautela os projetos que serão vendidos ao leilão.

Outras alteração introduzidas no edital se referem à simplificação de procedimentos, redução de exigências burocráticas e a flexibilização de prazos internos. O objetivo foi reduzir os prazos necessários ao processamento o leilão e a subsequente emissão de autorização e contratação das concessões.

Fonte:http://www.jornaldaenergia.com.br/

2% de energia fotovoltaica em 2019

A energia fotovoltaica deverá representar, em 2019, 2% do total de produção eléctrica, a nível mundial. Os dados constam do relatório sobre o mercado das renováveis da Agência Internacional de Energia e foram apresentados durante a Conferência Europeia de Energia Solar Fotovoltaica (EUPVSEC) 2014, que terminou a 26 de Setembro.

A Agência adiantou ainda que, segundo o Roadmap de Tecnologia Fotovoltaica, esta fonte energética poderá representar até 16% do fornecimento global de eletricidade. De acordo com os cenários traçados, a capacidade fotovoltaica instalada total poderá chegar aos 4600 GW, produzindo valores na ordem dos 6300 TWh.

A EUPVSEC 2014 teve lugar em Amesterdã, de 22 a 26 de Setembro. Com a presença de 71 países e de 3000 profissionais do sector fotovoltaico, o certame dividiu-se em 87 conferências e oito eventos paralelos.

Durante a sessão da abertura, o ministro da Economia da Holanda, Henk Kamp, frisou a importância do sector para a economia do país. “No ano passado, a indústria solar holandesa gerou um volume de negócios de mil milhões de euros”, afirmou o governante, lembrando ainda que, além da inovação tecnológica, o sector necessita de mudanças sociais e económicas para se desenvolver.

A próxima edição do evento de referência para o sector europeu do fotovoltaico terá lugar em Hamburgo, Alemanha, entre os dias 14 e 17 de Setembro de 2015.

Fonte:http://edificioseenergia.pt/pt

Avião solar e pilotos com ioga darão a volta na Terra


Dois pilotos planejam volar em um avião movido a energia solar testando as fronteiras de uma tecnologia que aviadores dizem estar longe de atingir seu potencial

Após atravessar os EUA e concluir um voo noturno, os aviadores agora estão treinando para aguentar voar sem parar durante cinco dias e noites para se prepararem para atravessar o oceano em uma cabine minúscula, viajando a até 27.000 pés de altura e a cerca de 72 quilômetros por hora.

Entre as empresas patrocinadoras estão a fabricante suíça de relógios Omega e a Schindler Holding AG, que esperam que o projeto de US$ 160 milhões dê um impulso às energias renováveis e à conservação de eletricidade na indústria.

A Schindler está desenvolvendo elevadores movidos a energia solar.

“Este é o primeiro avião com autonomia ilimitada: não há limite em termos de tempo de voo”, disse Borschberg, 61, no hangar do Solar Impulse em Payerne, Suíça. “Como nós temos apenas um piloto a bordo, a questão principal é, como fazer com que o piloto também seja sustentável?”.

Em março os pilotos decolarão para sua jornada de 33.600 quilômetros saindo do Golfo Pérsico, dirigindo-se para o leste para cruzar a Índia, a China e os EUA antes de retornarem via Europa ou África.

Cochilos

Nos voos mais curtos, que duram cerca de 24 horas, os pilotos terão que avançar sem dormir. Nos trechos mais longos, eles poderão tirar cochilos de 20 minutos a cada três ou quatro horas, mas apenas quando o avião estiver voando sobre áreas não povoadas.

A viagem como um todo terá a duração de cerca de 25 dias de voo, que se estenderão por vários meses. A cabine é despressurizada, por isso o piloto utiliza uma máscara de oxigênio.

“Hoje, no mundo, metade da energia que usamos é desperdiçada em tecnologias antigas, motores antigos, lâmpadas antigas, casas mal isoladas, aquecedores elétricos que funcionam mal e coisas do tipo”, disse Piccard, 56.

“O que o Solar Impulse mostra é que existem soluções, que elas podem ser lucrativas e gerar empregos. É assim que você pode motivar as pessoas. De repente aparecem empresas dizendo que é preciso fazer negócios”.

A Bayer AG ajudou a desenvolver compostos de fibra de carbono para reduzir o peso do avião.

A fabricante alemã de produtos químicos também desenvolveu uma espuma de isolamento artificial que protege as baterias das temperaturas de menos de 40 graus centígrados negativos. O isolamento está começando a ser usado em geladeiras e congeladores.

Treinamento de ioga

O avião tem mais de 17.000 células solares fabricadas pela SunPower Corp., da Total SA. Elas estão impressas em uma película de resina à prova d’água produzida pela fabricante belga de produtos químicos Solvay SA.

Essa resina é mais fina que o papel e serve como a pele das asas.

Ambos os pilotos passaram por simulações de voos de 72 horas e têm cinco meses para ampliar esse total para cinco dias.

Para evitar incidentes durante os cochilos, o Solar Impulse atualizou um novo avião com um sistema que alerta o aviador se ele começa a se desviar do trajeto.

Recorrendo a um iogue indiano e a uma clínica médica suíça em busca de conselhos, os pilotos desenvolveram um regime de ioga, exercícios de respiração e auto-hipnose para manter suas capacidades intactas.

“Esperamos que mais pessoas se juntem a nós”, disse Piccard. “Nossa meta não é revolucionar a aviação. Nossa meta é revolucionar a mente das pessoas em relação às tecnologias limpas”

Publicação investiga 100% de penetração de energias renováveis no globo

Publicações investigando uma alimentação global 100% baseada energias renováveis ​​continuam a aparecer.Na semana passada, o World Future Council produziu um manual de políticas que segue duas diretrizes básicas: primeiro, ele coloca as renováveis cobrindo toda demanda de energia e não apenas a eletricidade. E em segundo lugar, ele faz isso com foco em cidades e comunidades em várias partes do mundo.

O estudo é mais interessante pois através da coleta de estudos de caso, os autores mostram que não existe uma única receita: cada local tem recursos e desafios específicos. Além disso, ao tomar tantos exemplos os autores ressaltam a importância da ação local. As políticas nacionais são cruciais, mas essas políticas serão largamente implementadas localmente.

Clique aqui para fazer o Download do relatório

Renault inaugura conjunto de painéis solares e abastece veículos elétricos com energia 100%

A Renault do Brasil inaugurou um conjunto de painéis fotovoltaicos de 132 metros quadrados em sua área industrial, localizada em São Jose dos Pinhais (PR). A eletricidade, gerada de forma 100% limpa a partir da captação da luz solar, é direcionada ao abastecimento dos veículos Renault Zoe, Twizy e Kangoo Z.E., e à iluminação de instalações próximas.

Instalados sobre a cobertura de uma área de acesso ao Complexo, o conjunto de 80 placas solares gera cerca de 20kwh. A geração de energia se dá de forma contínua durante o dia e inclusive em dias nublados com baixa luminosidade. A geração de eletricidade através de painéis solares faz parte da estratégia da Renault em aumentar a eficiência energética e da busca por fontes alternativas mais limpas.

Esta geração é suficiente para recarregar as baterias de um veículo elétrico como o Zoe em apenas 2 horas. “Trata-se de uma tecnologia bastante difundida e comprovadamente viável, que no caso dos veículos elétricos reforça ainda mais a sua imagem de alternativa de mobilidade urbana 100% limpa” destaca Fabio Re, Gerente Geral Polo Imobiliário, idealizador e responsável pela instalação juntamente com sua equipe.

Além do Brasil, Fabio Re implantou coberturas fotovoltaicas também em fábricas da Renault na França. Ao todo, seis unidades fabris (Douai, Maubeuge, Flins, Batilly, Sandouville e Cléon) tiveram seus pátios de veículos ou estacionamentos cobertos por painéis, totalizando 400 mil metros quadrados de área, o equivalente a 60 campos de futebol. Estas instalações, somadas, são capazes de gerar 59 MW, o que significa uma produção de 52.600 MWh por ano, o que equivale ao consumo anual de uma cidade de 15.000 habitantes.

No Complexo Ayrton Senna, juntamente com a inauguração do sistema fotovoltaico começou a operar também um eletroposto com a possibilidade de carregamento de até dois veículos elétricos simultaneamente. O sistema foi homologado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), reconhecido e aprovado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel).

Fonte:http://www.paranashop.com.br/

Estou usando energia solar

Por José Inácio Werneck, de Bristol

Colunista é o primeiro do grupo a integrar sua casa na captação da luz solar para gerar energia elétrica. Ele já vive no futuro

Há muitos anos, no Rio de Janeiro, quando morava na Barra da Tijuca, adotei a energia solar. Fui um pioneiro.Era um mecanismo simples, um painel negro sobre o teto de nossa casa, que aquecia a água que usávamos.

Agora, em Connecticut, estarei a partir dos próximos dias usando a energia solar para nosso consumo de eletricidade. É algo bem mais complicado e sofitiscado, requer aprovacão das agências governamentais mas, basicamente, ainda através de paineis instalados no teto de nossa casa, estaremos, minha mulher e eu, gerando a energia elétrica que consumirmos.

A instalação é controlada pela Internet, de modo que poderei, dia a dia, medir exatamente quanto estou produzindo e quanto estou consumindo. Quando produzir mais do que consumo, ganharei um crédito junto à companhia de energia.
Por coincidência, neste domingo, dentro de mais uma hora, estará sendo realizada em Nova York uma gigantesca marcha de protesto da população, um “apitaço” contra o aquecimento global.

Talvez fosse melhor dizer, contra as forças políticas, dominadas pela indústria dos combustíveis fósseis, que se opõem a medidas para diminuir o lançamento de dióxido de carbono (CO2), na atmosfera.

Paralelamente, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, está ordenando que esta megalópole se torne uma “cidade verde”, graças a medidas para controlar o uso de energia em seus edifícios.

Inicialmente, serão os edifícios públicos mas em breve, com mandados governamentais, também os privados.
Um dos argumentos usados, com razão, por Bill de Blasio, é que os planos para tornar a cidade mais eficiente no uso de energia fazem parte de seu projeto de “mais igualdade econômica e social”.

A explicação é simples: o alto custo de energia é um imposto regressivo, porque os moradores pobres pagam uma percentagem maior de seus recursos para o consumo de eletricidade e outras fontes energéticas do que os residentes ricos – além do fato de que em geral ocupam edifícios pouco eficientes na conservação de energia.

A economia resultante de um consumn mais eficiente de energia ajudará economicamente os moradores mais pobres, já para não falar dos benefícios ambientais.

Na próxima década Nova York investirá pelo menos um bilhão de dólares para tornar seus edifícios públicos mais eficientes no consumo de energia.

Os proprietários particulares serão incentivados a tomar medidas semelhantes, mas, aos recalcitrantes, se aplicarão os meios coercitivos legais.

O objetivo é fazer com que, em 2050, a cidade de Nova York atinja o objetivo, traçado em uma legislação estadual, de reduzir em 80% suas emissões de gases do efeito estufa, em comparação com o ano de 1990.

Segundo Bill de Blasio, em 2025 a redução de dióxido de carbono lançado ao ar em Nova York já corresponderá ao produzido por 700 mil automóveis.

São boas notícias, quando Nova York se prepara para receber, a partir desta terça-feira, chefes de estado convidados pela ONU para discutir um novo acordo climático, a ser adotado no ano que vem, em Paris.

Como sempre, haverá confrontos entre nações desenvolvidas e as em desenvolvimento.

Estas últimas argumentam, não sem razão, que o custo do combate ao aquecimento global deve recair sobretudo sobre as primeiras.

Espera-se que a pressão pública não apenas em Nova York mas em cidades de outros 161 países, incluindo o Brasil, leve os políticos a finalmente chegarem a um acordo.

Quanto a mim, estou contribuindo com minha pequena parte.

José Inácio Werneck, jornalista e escritor, trabalhou no Jornal do Brasil e na BBC, em Londres. Colaborou com jornais brasileiros e estrangeiros. Cobriu Jogos Olímpicos e Copas do Mundo no exterior. Foi locutor, comentarista, colunista e supervisor da ESPN Internacional e ESPN do Brasil. Colabora com a Gazeta Esportiva. Escreveu Com Esperança no Coração sobre emigrantes brasileiros nos EUA e Sabor de Mar. É intérprete judicial em Bristol, no Connecticut, EUA, onde vive.
Direto da Redação é um fórum de debates, do qual participam jornalistas de opiniões diferentes, dentro do espírito da democracia plural, editado, sem censura, pelo jornalista Rui Martins.

Fonte:http://correiodobrasil.com.br/

Fernando de Noronha instala usina de energia solar

Reconhecida pela Unesco como Patrimônio Mundial Natural, Fernando de Noronha, arquipélago de Pernambuco, inaugura sua primeira usina solar fotovoltaica. Localizada em um terreno de cinco mil metros quadrados, terá potência instalada de 400 kWp (quilowatt-pico) gerando cerca de 600 MWh/ano, equivalente a 4% do consumo da ilha.

Com investimento de cinco milhões de reais, a Usina Solar Noronha I do Grupo Neoenergia é composta por 1.644 painéis de silício policristalino. A operação foi realizada por meio do Programa de Eficiência Energética da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe).

Até então, todo o abastecimento da ilha era proveniente da Usina Termelétrica Tubarão. A utilização da radiação solar como fonte renovável de energia, reduzirá o consumo em cerca de 200 mil litros de óleo diesel por ano. Após o período de um ano, a usina será doada ao Governo Federal, que terá uma economia superior a R$ 100 mil/ano referente ao consumo de energia.

Noronha II

Além da Usina Solar Noronha I, a ilha receberá também uma nova unidade solar fotovoltaica. Concebido pela parceria entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Sectec), e a Celpe, o projeto de Eficiência Energética ampliará o parque de energia renovável no arquipélago.

Os painéis fotovoltaicos da Usina Solar Noronha II serão instalados sob uma área de concreto de oito mil metros quadrados, pertencente ao Governo do Estado. O sistema que converte a radiação solar em energia elétrica terá potência instalada de 500 kWp, vai gerar cerca de 777 MWh/ano – o que corresponde a 6% do consumo da ilha. A energia produzida será injetada na rede de distribuição da concessionária.

Com a entrada em operação das usinas solares fotovoltaicas, o sistema elétrico de Fernando de Noronha será monitorado com o objetivo de definir a melhor estratégia para maximizar a geração renovável. A previsão é que a Usina Solar Noronha II entre em operação no primeiro semestre de 2015.

Fonte:http://ciclovivo.com.br/

Primeiro sistema de energia solar instalado no Reino Unido opera com 95% de eficiência, 20 anos depois

É sempre bom ler uma notícia que comprove a durabilidade e eficiência das tecnologias solares o que automaticamente exige do novo prossumidor (produtor e consumidor de energia) aprender a selecionar produtos duráveis, de alto desempenho, bem instalados e que prevejam um bom programa de garantia e manutenção.

O bom exemplo vem do Reino Unido. O sistema de energia solar fotovoltaico conectado à rede em 1994 completou seu 20º aniversário com uma capacidade de geração de 95% em relação à sua capacidade quando novo. Quando um projeto solar é elaborado é comum prever um decréscimo de potência de 1% por ano ou seja esperava-se que o sistema apresentasse 80% da performance original do painel depois dos 20 anos. Mas a pequena usina solar de 2,16 kW virada para a linha do Equador e montada sobre uma estrutura de madeira com 36 painéis solares revelou uma queda de apenas 5%.

O sistema instalado na ‘ Casa Autônoma’ em Southwell, Nottinghamshire gerou 33 MWh sem falhas nos últimos 20 anos.A casa foi projetada em 1975 por Brenda e Robert Vale para ser auto-suficiente em energia e água e tem aproveitamento de águas pluviais, isolamento térmico e compostagem para permanecer auto-suficiente.

Instalações solares nos telhados são cada vez mais comuns em todo o Reino Unido e, desde 1994, os custos de instalação solar caíram de forma vertiginosa e tempo de retorno do investimento é agora cerca de 5 anos.

A expectativa de quem acredita e vive a energia solar é que esta matéria seja reproduzida daqui a 20 anos comemorando milhões e milhões de telhados solares em todo planeta funcionando a todo Sol e produzindo energia limpa, inesgotável e sem dono.

Os primos que querem levar a energia solar e o transporte elétrico ao mundo


Elon Musk (esq.) e Lyndon Rive dizem que o objetivo de suas empresas, Tesla Motors e SolarCity, vai além do lucro. Associated Press

Elon Musk e seu primo, Lyndon Rive, sempre foram próximos. Suas mães eram gêmeas e eles cresceram juntos. “Nós nos conhecemos desde que temos consciência”, disse Musk durante uma conferência esta semana, em Nova York.

Existe uma afeição óbvia, quase fraterna, entre os dois. Musk diz que Rive é “um cara incrível e muito trabalhador e focado, em quem se pode confiar para tudo”. E Rive conta a viagem que os dois fizeram em 2004 para o “Burning Man”, o festival de contracultura que acontece todo ano no Deserto de Black Rock, em Nevada. Foi lá que Musk disse a ele que seu próximo negócio seria em energia solar. Rive diz que, quando Musk conta para você em que área ele vai entrar, é melhor você entrar também.

A proximidade entre os dois continua e, se Musk e Rive conseguirem alcançar o objetivo que têm em comum, o resultado será a transformação da infraestrutura de energia do mundo ou, pelo menos, dos Estados Unidos.

As empresas dirigidas por Musk e Rive — a Tesla Motors Inc. TSLA -1.71% e a fornecedora de sistemas de energia solar SolarCity Corp. SCTY -2.09% , respectivamente — são singularmente compatíveis, não só por causa das relações entre os dois, mas também como consequência de Musk participar do conselho da SolarCity e ser o principal acionista individual da empresa.

A Tesla fabrica carros, mas ela também — num futuro não muito distante — fará baterias. Muitas delas. A Tesla está construindo uma “gigafábrica” de US$ 5 bilhões em Nevada apenas para baterias. Musk diz que ela vai superar toda a capacidade atual do planeta de produzir baterias de íons de lítio, a maior parte das quais é hoje usada em celulares, tablets, laptops e outros aparelhos móveis.

Na conferência da quarta-feira, Musk divulgou que uma parte da capacidade da gigafábrica será reservada para a área de “armazenamento de energia”. Em outras palavras, a Tesla vai continuar sua tradição de produzir baterias para a SolarCity, só que numa escala muito maior.

Até o momento, a SolarCity vendeu baterias fabricadas pela Tesla para um punhado de clientes corporativos e residenciais. O raciocínio é simples: o sol não brilha sempre, logo a melhor forma de administrar a energia solar no local é guardá-la para os dias nublados e o período noturno.

O faturamento da SolarCity vem crescendo 100% por ano desde sua fundação, em 2006, e Rive diz que seu objetivo é manter esse ritmo pelo maior tempo possível. Com esse fim, a SolarCity anunciou, em junho, a aquisição da Silevo, uma fabricante de painéis solares do Vale do Silício. Rive insiste que ela é capaz de produzir em escala os mais eficientes painéis solares do mercado.

Musk diz que, embora sua gigafábrica não vá vender exclusivamente baterias armazenadoras de energia para a SolarCity, as conversas com a empresa são “nosso melhor feedback para saber como o produto deve ser”.

Musk foi além, descrevendo “o produto” como um banco de baterias “com boa aparência”, com cerca de dez centímetros de espessura e que pode ser montado na parede da garagem.

Graças à economia de escala que virá da gigafábrica da Tesla, dentro de dez anos todos os sistemas solares que a SolarCity vender virá com um sistema de baterias para armazenamento, diz Rive, e ele ainda produzirá energia mais barata do que aquela disponível na distribuidora de energia local.

Musk também destacou que, num futuro em que um país mude totalmente para carros elétricos, seu consumo de energia irá praticamente dobrar. E isso pode tanto significar que haverá mais geradores de energia, e mais linhas de transmissão, ou uma migração para energia solar — exatamente o que a SolarCity espera.

A capacidade de geração de energia solar dos EUA tem crescido cerca de 40% ao ano, diz Rive. “Se você fizer um cálculo, com um crescimento de 40% em dez anos, são 170 gigawatts por ano”, diz. É o equivalente ao consumo de energia de cerca de 5 milhões de lares, o que ainda “não é tanto assim”, diz, quando comparado com a demanda total por eletricidade.

Existem inúmeras barreiras para a realização do plano de Musk e Rive. Primeiro, há a possibilidade de que uma tecnologia superior de baterias surja no mercado logo depois que a Tesla e sua parceira, a Panasonic Corp. 6752.TO +0.42% , construírem sua gigafábrica, tornando obsoleto o investimento de US$ 5 bilhões. E a SolarCity também tem quase o mesmo problema com a ambição de construir seus painéis solares próprios. Embora Rive diga que a tecnologia da Silevo é “de ponta” e pode competir com os painéis baratos que a China vem exportando para o resto do mundo, outras empresas americanas, inclusive a Solyndra Inc., faliram tentando fazer o mesmo.

Há também o risco de Musk encontrar outras rotas mais eficientes para atingir seus objetivos declarados, que incluem levar o mundo para o transportar elétrico e a energia solar o mais rápido possível.

Por exemplo, quando questionado se os EUA deveriam ou não criar barreiras comerciais para proteger os fabricantes de painéis solares americanos, Musk disse: “Se o governo da China quer subsidiar a disseminação da energia solar na América, tudo bem, devíamos estar dizendo ‘obrigado'”. E, numa entrevista subsequente ao The Wall Street Journal, Musk enfatizou que “a razão de eu ter criado a Tesla foi para acelerar a transição para o transporte sustentável. E deixei isso claro para os investidores”.

Apesar de os painéis solares da China representarem uma ameaça substancial para o investimento de US$ 750 milhões da SolarCity na Silevo, Rive concorda com Musk que não deveria haver barreiras comerciais para painéis solares.

“Qualquer imposto extra sobre a energia solar é ruim”, diz. “Temos um grande problema para resolver — vamos resolver esse problema.”

Esse “grande problema” é a mudança climática. E Rive não tem sido menos explícito que Musk sobre o propósito de sua empresa ser mais do que o lucro. É mais uma coisa que suas empresas — e os dois primos — têm em comum.

Fonte:http://br.wsj.com/

Colômbia sediará Solar Decathlon, evento que promove a energia limpa

Bogotá, 17 set (EFE).- A cidade colombiana de Cáli será sede da primeira versão latino-americana do “Solar Decathlon”, um grande laboratório que reunirá acadêmicos, empresas, instituições e estudantes para promover a pesquisa e o desenvolvimento em torno das energias renováveis.

Durante o evento, que será realizada entre 15 de novembro e 14 de dezembro, universitários e especialistas de todo o mundo irão propor soluções energéticas eficientes a problemas de moradia na América Latina.

“Esperamos que três projetos dos 20 que participam fiquem em Cáli e que se crie um grande laboratório urbano de energias limpas”, disse à Colômbia.inn, agência operada pela Efe, o diretor de operações de Solar Decathlon, Carlos Rodríguez.
Um total de 20 equipes de 25 a 40 integrantes apresentarão seus projetos, que devem responder a quatro necessidades latino-americanas: habitação social, densidade de população, aproveitamento eficiente dos recursos naturais e relevância internacional sob o uso de tecnologia solar.

As iniciativas devem ter uma proposta de urbanismo para um hectare que abranja pelo menos 120 casas, de 60 a 80 metros quadrados, e inclua vias de acesso, zonas verdes e comuns. De acordo com Rodríguez, o teto de investimento para cada casa deve ser de US$ 50 mil.

Os participantes, que são tanto da própria Colômbia, quanto do Brasil, Chile, Costa Rica, Reino Unido, Japão e Espanha, têm até o próximo 30 de outubro para inscrever seu projeto. Uma vez fechada a convocação, um comitê com integrantes da Universidade do Valle, em Cáli, do Departamento de Energia e do Laboratório Nacional de Energia Renovável, esses últimos dos Estados Unidos, escolherão as iniciativas que melhor respondam aos eixos temáticos estipulados.

“Os participantes deverão pensar em propostas que otimizem o espaço físico e a densidade”, disse o diretor.
Cada equipe selecionada receberá US$ 80 mil antes mesmo da concorrência para que possam financiar a construção do protótipo. E como cada grupo deverá custear a viagem e hospedagem, a proposta deve incluir um plano para atender essas despesas.

Rodríguez espera que ao redor da feira se crie uma grande plataforma de negócios onde o setor acadêmico, privado e a comunidade possam estabelecer novas oportunidades de desenvolvimento e urbanismo sustentável. Além disso, todas as equipes que participam assinam um acordo em que cedem os direitos a Cáli e à Colômbia de usar os desenhos para novas propostas de urbanismo.

As denominadas “Solar Decathlon”, realizadas a cada dois anos, são competições acadêmicas e de pesquisa internacional que nasceram em 2002 da iniciativa do Departamento de Energia dos Estados Unidos para desenvolver modelos sustentáveis e eficientes de consumo energético. A primeira versão na Europa foi em 2010 e na Ásia ocorreu no ano passado.

Na América Latina, além da Colômbia, fizeram gestões para acolher esta iniciativa o Brasil, Peru e Chile, embora o Departamento de Energia dos EUA tenha escolhido Cáli, “porque procura se posicionar como uma cidade verde”, explicou Rodríguez. EFE

Fonte:https://br.noticias.yahoo.com