Conforme despacho no Diário Oficial, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) da Paraíba concedeu na última quinta-feira (4/8) a licença de instalação para as usinas do complexo termossolar da Braxenergy, no município de Coremas.

Com 50MW de potência, a planta pretendia entrar no leilão de energia A-3, marcado para 17 de agosto deste ano, que seria o primeiro da história do País a ter entre os concorrentes uma usina termossolar. A EPE, porém, vetou a participação, alegando que “um projeto de usina solar combinado com biomassa não se enquadra nas fontes de energia previstas na Portaria do MME nº113/2011”.

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, na reunião pública da última terça-feira (02/08), a Chamada de Projeto Estratégico de P&D “Arranjos técnicos e comerciais para inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira”. O objetivo é proporcionar a viabilidade técnica e econômica da geração solar fotovoltaica em território nacional, além de aumentar a segurança do abastecimento eletro-energético e a diversificação da matriz energética.

A discussão sobre o tema se intensificou em 2010, quando foi criada uma comissão técnica composta pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), pela ANEEL e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A meta dessa comissão é promover soluções científico-tecnológicas e inovações para o atendimento das necessidades do país relacionadas ao setor de energia elétrica e ao desenvolvimento nacional.

Entre os objetivos da chamada de projeto estratégico P&D estão incluir a geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira, estimular a redução de custos da geração solar e incentivar o desenvolvimento no país de toda a cadeia produtiva da indústria solar fotovoltaica, com a nacionalização da tecnologia empregada.

Ao contrário do que ocorre com outros projetos de P&D, as propostas de projetos estratégicos terão avaliação inicial obrigatória, presencial e acompanhamento da execução do projeto por meio de reuniões periódicas.

A chamada será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias e poderá ser consultada aqui ou no endereço eletrônico da ANEEL (http://www.aneel.gov.br), no item Educação/Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa e Desenvolvimento, Temas para Investimentos em P&D. (PG/GL).

Fonte: ANEEL

Iniciativa do governo tem como objetivo testar a troca de energia entre microgeradores e concessionárias de distribuição

Por Luciano Costa, do Rio de Janeiro, e Natalia Bezutti, de São Paulo- O Ministério de Minas e Energia espera iniciar ainda neste ano um projeto de geração solar que prevê a instalação de 120 painéis fotovoltaicos. O chamado “120 tetos” vai focar pequenos painéis em unidades consumidoras, ligados à rede de diferentes concessionárias de distribuição de energia. A informação foi adiantada ao Jornal da Energia pelo secretário de planejamento e desenvolvimento energético da pasta, Altino Ventura.

De acordo com Ventura, o projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) servirá como experiência para verificar as trocas de energia que serão realizadas entre consumidores e concessionárias. O secretário afirma que a iniciativa é fruto de um grupo de trabalho montado por ele no ministério e que teve como conclusão uma posição favorável à viabilidade da energia fotovoltaica distribuida.

“É importante que a geração fotovoltica entre na rede, mas depende de quanto tem de Sol, de quanto a pessoa está usando. Estamos começando, e como é na área de P&D, tem seu ritmo, sua prioridade”, resumiu Ventura.

Nesta quinta-feira (4/8), durante o Energy Summit, no Rio de Janeiro, a gerente de distribuição da Kyocera Solar, Mirian Fonseca, afirmou que, caso projetos como esse sejam implementados em larga escala, é possível reduzir o custo da geração fotovoltaica para níveis abaixo das tarifas cobradas pelas concessionárias de distribuição junto aos consumidores finais.

A executiva revelou que, dentro de um grupo formado pela Associação Brasileira da Indústria Eletrétrica e Eletrônica (Abinee) para discutir a questão solar, as conversas mostram que, caso o governo realizasse um leilão de energia para a contratação de usinas fotovoltaicas, haveria interessados em vender energia a preços abaixo dos R$450 por MWh.

O patamar ainda é bastante superior ao alcançado pelas eólicas, que ficaram a uma média de R$148 por MWh em seu primeiro certame específico, mas pode viabilizar a microgeração. “Se você tranforma isso para R$0,46 por kWh, pode separar mil casas, duas mil casas, para terem telhados solares, e consegue ganhar escala. E, em alguns lugares, como Belo Horizonte, a tarifa final chega a cerca de R$0,55 por kWh”, analisou Mirian, lembrando que a paridade pode ser alcançada principalmente pelo fato de a microgeração não enfrentar os tributos que incidem sobre a energia que vem da rede.

Fonte:http://www.jornaldaenergia.com.br/

Planta fotovoltaica de Tauá foi inaugurada oficialmente nesta quinta (4) com 1MW; em 2012, usina dobrará capacidade

A MPX Energia anunciou nesta quinta-feira (4/8) que vai expandir a usina solar fotovoltaica de Tauá (1MW), instalada no município de mesmo nome, no Ceará. A revelação aconteceu durante o evento oficial de inauguração da planta, que começou a gerar energia em período de testes no final de maio. O projeto de ampliação é fruto de um acordo com a GE, que vai fornecer todo o pacote de equipamentos e sistemas de tecnologia para que o empreendimento passe a somar 2MW de capacidade. Os trabalhos serão iniciados ainda neste mês e a previsão é de concluir as obras no primeiro trimestre de 2012.

“A GE orgulha-se de fazer parte do negócio de energia solar no Brasil. A possiblidade de utilizar um recurso natural e renovável para gerar energia para milhões de brasileiros vai de encontro aos ideais da GE, que busca aumentar o acesso e qualidade de vida, por meio de produtos e soluções nos mais de 100 países em que atua”, destacou o presidente e CEO da GE na América Latina, Reinaldo Garcia.

A usina de Tauá ocupa uma área de 12 mil metros quadrados e conta com 4.680 painéis fotovol­taicos, que absorvem a luz do sol para transformação em energia elétrica. A unidade recebeu investimentos de cerca de R$ 10 milhões, sendo US$700 mil financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Com a expansão, mais 6,9 mil painéis serão instalados, completando 11.580 módulos.

“A MPX é pioneira em energia solar no Brasil e investiu por acreditar no desenvolvimento dessa fonte no médio e longo prazo. Com a GE, impulsionamos o nosso empreendimento, previsto para chegar a 50 MW”, afirma o presidente da MPX, Eduardo Karrer. A empresa, controlada pela holding EBX, do magnata Eike Batista, possui autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do órgão ambiental estadual, o Semace, para a ampliação até 5MW. Segundo a GE, o acordo fechado com a MPX prevê sua participação também nas futuras expansões da unidade.

Além dos painéis, a GE irá fornecer estruturas de suporte, inversores BrillianceTM, transformadores, engenharia de montagem e sistemas de monitoramento e controle SunIQTM. A companhia destaca que a contrato com a MPX marca sua entrada no mercado brasileiro de energia solar.

Fonte:http://www.jornaldaenergia.com.br

Um novo relatório da IMS Research, uma consultoria especializada em energia solar, demonstra de acordo com suas estimativas, quais são os principais países e mercados mais importantes no campo da energia solar fotovoltaica em 2011.

A Europa continua a liderar o “Top 10” dos mercados mundiais, como a participação de 4 países: a Alemanha continua na liderança, a Itália em 2o lugar, a França na 6a posição e a Espanha ocupando a 9a posição.

Vale ressaltar que a Europa representa cerca de 70% da capacidade instalada mundial de energia solar em 2011, e é mais do que provável que continuem a liderar o ranking a nível de continentes nos próximos anos.

Analisando mais detalhadamente o ranking estimado para 2011 pode-se fazer uma comparação relativa à importantes mudanças de posições, em relação ao ano anterior.

No ranking, Alemanha e Italia mantiveram suas posições. No caso especial da Espanha, em um único ano foi da 7a posição para a 9a posição, principalmente a partir do processo iniciado em 2008 devido às mudanças regulatórias no setor.

Destaque para o progresso da Ásia representada pela China já na 4a posição e a India na 8a posição, sendo que este último mercado representou a maior escalada no ranking mundial, subindo nada mais nada menos do que 8 posições.

Voltando à análise da Europa, a Europa perdeu dois países no top 10 : República Checa e Bulgárial. Ao mesmo tempo, vários de seus mercados (incluindo a Alemanha), registraram um menor crescimento e até mesmo uma queda em 2011, quando comparado com o ano anterior mas estima-se que o mercado em geral só será 1% menor este ano devido principalmente à maior diversificação geográfica dos mercados com alta demanda registrada em “novos” países, como Reino Unido e Eslováquia.

Um total de 11 países europeus instalaram pelo menos 100 MW neste ano, o que incentiva e ajuda o mercado mundial de energia solar, que está cada vez mais pulverizado, diferentemente dos anos anteriores.

Fonte: IMS Research, uma consultoria especializada em energia solar