Produção de energia solar fotovoltaica mais do que duplicou em 2010

A produção de energia solar fotovoltaica mais do que duplicou em 2010, atingindo uma produção mundial de 23,5 gigawatts (GW), revela o relatório do JRC, centro de investigação da Comissão Europeia.

Desde 1990, a produção de painéis fotovoltaicos – que convertem a luz do Sol em electricidade – aumentou mais de 500 vezes, passando de 46 megawatts (MW) para 23,5 GW em 2010, salienta o relatório do Joint Research Center (JRC), que considera esta uma das indústrias com maior crescimento da actualidade.

Atualmente, a China é o maior produtor de painéis fotovoltaicos, seguida de Taiwan, Alemanha e Japão. Entre os 20 maiores fabricantes do ano passado, apenas quatro têm instalações na Europa, mais precisamente a First Solar (Alemanha, Estados Unidos, Vietname e Malásia), Q-Cells (Alemanha e Malásia), REC (Noruega e Singapura) e Solarworld (Alemanha e Estados Unidos).

Analistas de mercado acreditam que os investimentos na tecnologia fotovoltaica poderão duplicar de 35 a 40 mil milhões de euros em 2010 para mais de 70 mil milhões em 2015. Ao mesmo tempo esperam que os preços para o consumidor continuem a descer. Na verdade, nos últimos três anos o preço dos painéis caiu quase 50 por cento, lembram.

Apesar das dificuldades económicas, acrescentam os autores do relatório, o número de campanhas de implementação do solar fotovoltaico continua a aumentar em todo o mundo, graças a vários incentivos, nomeadamente fiscais.

O relatório “PV Status Report”, na sua décima edição, foi realizado a partir de pesquisas enviadas a mais de 300 empresas espalhadas por todo o mundo e dedica-se ao mercado e indústria do solar fotovoltaico, especialmente na União Europeia, Índia, Japão, China, Taiwan e Estados Unidos.

Fonte:http://economia.publico.pt

Refrigerãção solar e calor de processo industrial são os temas das duas novas tarefas da Agencia Internacional de Energia

O Comitê Executivo (ExCo) da Agência Internacional de Energia (IEA) decidiu lançcar duas novas tarefas relacionadas com o tema energia solar térmica.

As tarefas já têm o seu número e título : “IEA SHC Task 48 – Garantia de qualidade e medidas de apoio para a refrigeração solar” e “IEA Task SHC 49 – calor solar de processo e aplicações avançadas”. As tarefas da IEA servem principalmente para reunir especialistas de vários países em torno de um tema e o dinheiro para a participação do trabalho nas tarefas vem de projetos individuais de cada país.

Estranhamente o Brasil não participa oficialmente das tarefas da IEA, o que dificulta o intercâmbio e inovação tecnológica no país, mesmo já estando entre os 5 maiores mercados de energia solar térmica do mundo, comenta Carlos Faria, diretor do Studio Equinócio.

No contexto da tarefa 48, os especialistas vão analisar como refrigeração solar pode ampliar seu mercado e ser usada em aplicações industriais . A tarefa dá continuidade às tarefas 25 e 38, que se dedicaram à trabalhos conceituais e fundamentais seguidos por projetos de demonstração. Os trabalhos da tarefa 48, que vai durar 3 anos, começarão em Outubro de 2011, com uma reunião de lançamento realizada no ESTEC- Conferência Européia de Energia Solar Térmica, que acontecerá em Marselha, evento que contará com a participação do Studio Equinócio.

Nos últimos anos tem havido progresso na área de calor de processo solar e este é o tema da Task 49, que dá continuidade à sua precurssora a tarefa 33. Como parte da nova tarefa, os participantes pretendem desenvolver coletores especiais para altas temperaturas e procurar novas formas de integrar o calor solar aos processos industriais. O trabalho da tarefa 49 começará em janeiro de 2012 e vai continuar por quatro anos.

É importante compartilhar a visão de que a energia solar térmica pode suprir senão toda grande parte das demandas de calor e frio das edificações. No Brasil há um enorme potencial para aplicações da refrigeração solar, evidentemente até porque quando mais se precisa de frio, mais Sol há disponível. No setor industrial, vários setores podem se aproveitar do calor solar de processo, para processos de lavagem, secagem, esterilização,etc. “Estaríamos em posição de aproveitar melhor estas tecnologias se o Brasil participasse oficialmente das tarefas da IEA pois temos cientistas, consultores e empresas competentes e inovadoras no país capazes de contribuir e colocar o Brasil como uma potência solar”, finaliza Faria.

Energia solar vai às aldeias

O Ministério da Energia e Águas (MINEA) considera o acesso à energia elétrica nas zonas mais remotas do país como um fator importante para o desenvolvimento económico, educacional e social das populações.

Neste âmbito, refere uma nota chegada à redação do Jornal de Angola, estão a ser instalados sistemas fotovoltaicos (solares) de baixa potência, isolados e autónomos da rede elétrica pública, em várias províncias de Angola, para uso público e privado.

Segundo o documento, o MINEA programou a construção de um sistema fotovoltaico no âmbito do projeto Casa-Laboratório.
A Casa-Laboratório, construída no Centro de Formação de Quadros de Electricidade Hoji-ya-Henda, em Luanda, tem como objetivo estudar, investigar e monitorizar, em tempo real, as variáveis ambientais e elétricas associadas à produção e utilização eficiente da energia fotovoltaica.

O MINEA indica que se trata de uma plataforma avançada para o estudo técnico-económico de projetos fotovoltaicos e integra um sistema autónomo e avançado de monitorização solar, ambiental e eléctrico.

Na Casa-Laboratório está instalada uma mini-estação meteorológica que permite medir a velocidade e direção do vento, a temperatura externa e interna, a Umidade relativa e a pluviosidade.

O sistema serve ainda para testar a eficiência de tecnologias e equipamentos para uso doméstico e industrial – frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, lâmpadas e motores eléctricos – com o objetivo de evidenciar e estudar as diferenças no custo inicial e no custo de exploração (consumo).

O MINEA planeia a realização de ações de sensibilização e formação técnica, e a oferta de visitas de estudo aos estudantes dos vários níveis de ensino, com vista a despertá-los para a importância das energias renováveis e da eficiência energética.

Fontes renováveis

O Ministério da Energia e Águas aposta na utilização de fontes de energia renováveis, para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Mesmo nos países produtores e exportadores de petróleo, o investimento no fabrico e instalação de sistemas de produção de energia eléctrica baseados em fontes de energia renováveis tem aumentado significativamente.

O MINEA esclarece que os sistemas hidroeléctricos, eólicos, fotovoltaicos e biomássicos – onde se incluem os biocombustíveis – fazem parte da estratégia que visa assegurar o desenvolvimento sustentável a médio e a longo prazo.

De acordo com o MINEA, a República de Angola desenvolve, actualmente, esforços no sentido de aumentar a produção hidroelétrica – incluindo a construção de mini-hídricas – e reabilitar e estender as linhas de transporte e distribuição de electricidade.

Como prova disso, bairros que há muito não tinham electricidade passarm a ter, nos últimos tempos

Fonte:jornaldeangola.sapo.a

André reafirma construir 50 mil casas em 4 anos

Casas contma com sistema de aquecimento solar

O Governo do Estado, a Caixa Econômica Federal e a Prefeitura da Capital inauguraram neste sábado (20) 430 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), como parte das comemorações do aniversário da cidade. O governador André Puccinelli, o superintendente da Caixa no Estado, Paulo Antunes de Siqueira, e o prefeito Nelson Trad Filho, entregaram aos novos moradores as chaves das casas, que têm diferencial de construção, e contam com sistema de aquecimento solar.

O governador reafirmou a meta de construir em quatro anos 50 mil casas e disse que em torno de 30 mil dessas unidades poderão ser concretizadas através do Programa Minha Casa Minha Vida. Essa quantidade supera em 10 mil o que Mato Grosso do Sul teria direito pelas regras anteriores (20 mil, equivalente a 1% dos 2 milhões que serão construídas em todo o País). O governador destacou que essa garantia é resultado do esforço do Governo, juntamente com a bancada federal para incluir na Medida Provisória do Minha Casa Minha Vida 2 o reconhecimento do desempenho que o Estado vem tendo na execução dos programas habitacionais.

As casas inauguradas, no Portal Caiobá, são a primeira fase de um projeto que chegará ao total de 860 unidades e investimento de R$ 37 milhões. Nessa etapa inicial foram investidos R$ 18,490 milhões, sendo o montante principal viabilizado pela CEF, com contrapartida de R$ 1,176 milhões do governo estadual e R$ 543,3 mil pela Prefeitura – em obras de infraestrutura. Os beneficiários são famílias com renda de até R$ 1.395,00, que pagarão como prestação o equivalente a 10% da renda bruta durante dez anos.

fonte:http://www.correiodoestado.com.br

Minha Casa chega ao campo

A Caixa Econômica Federal mudou a estrutura para atender as necessidades do brasileiro que vive no campo e nunca teve acesso a crédito facilitado para a casa própria, como acontece nas cidades. “Historicamente, há programas apenas para trator e chiqueiro, que acabavam sendo muito melhores do que a casa do agricultor”, avalia a superintendente nacional de Habitação Rural da Caixa, Noemi da Aparecida Lemes. De acordo com ela, os R$ 2 bilhões do Orçamento da União e do Fundo de Garantia (FGTS) devem ajudar a mudar esse cenário nos próximos quatro anos.

A meta é construir 60 mil casas, a maioria para indígenas, extrativistas, quilombolas, pescadores artesanais e agricultores familiares, que ganham até R$ 10 mil por ano.

A Caixa teve necessidade de alterar a estrutura administrativa, a pedido dos movimentos sociais do campo, pois os métodos de trabalho são diferentes nas cidades. Não é preciso, por exemplo, compra de terreno. No entanto, não é possível usar redes de esgoto semelhantes às urbanas e os problemas de logística e administração são diferentes.

No campo, é difícil contratar empresas com ganhos de escala, porque as casas são feitas a quilômetros uma das outras. Isso implica soluções de construção diferentes de erguer prédios. Em vez de empreiteiras, a Caixa tem de se relacionar com o público por meio de contratos coletivos com entidades civis, prefeituras e governos estaduais para projetos de quatro a 50 famílias cada.

A entidade, que pode também ser uma cooperativa de produção ou associação de moradores, apresenta os projetos de engenharia e financeiros. Ela deve ter capacidade de tocar a obra e contratar os profissionais necessários. Uma das novidades do Minha Casa Minha Vida 2 é que o projeto todo será financiado. A primeira versão pagava parte e a entidade (governamental ou não) tinha de dar uma contrapartida, o que obrigava que estivessem capitalizadas para tomar o crédito.

As casas devem ter o padrão mínimo, com garantia de acesso à água de boa qualidade e tratamento do esgoto. A Caixa está aberta para projetos que envolvam tecnologias sociais. “Todos os projetos arquitetônicos com modos de construção alternativos serão analisados e, se tiverem qualidade, serão contratados”, informa Noemi. O Minha Casa Minha Vida incorpora tecnologias sociais, como o aquecimento solar para chuveiros.

VALOR SIMBÓLICO

Das 12 mil casas que já foram contratadas pelo Minha Casa Minha Vida 2, cerca de 11 mil são para o público que vive na pobreza extrema, abaixo de R$ 10 mil anuais. Essas famílias terão de pagar um valor simbólico pela melhoria, de 4% do total investido em quatro parcelas anuais de 1% a serem pagas nas datas de aniversário da conclusão da obra.

Para as faixas de maior renda, é feito um crédito imobiliário mais parecido com o oferecido para os moradores da cidade, com a diferença que os pagamentos serão semestrais. A faixa intermediária de renda, atualmente, vai de R$ 10 mil anuais a R$ 22 mil anuais, e a terceira, acima deste teto. No entanto, esses valores devem ser redefinidos este mês. Os recursos e o projeto são tomados coletivamente pelo governo local ou entidade civil, mas o pagamento das parcelas do financiamento fica por conta das famílias individualmente.

Melhorias urbanas em área quilombola

Pelo menos um projeto de habitação popular para quilombolas está sendo executado no Rio Grande do Norte. Trata-se da comunidade Moita Verde, em Parnamirim, onde a primeira etapa foi concluída com a entrega de 46 residências. Outras 113 serão recuperadas pelo programa desenvolvido em parceria com a prefeitura local.

Foram beneficiadas famílias como a da aposentada Maria da Conceição Rocha. “Hoje tenho uma casa e posso morar com dignidade”, disse ela, ao receber a chave da nova casa, que fica no terreno onde o marido, os filhos e os netos cultivam uma pequena lavoura de produtos de subsistência. “Na casa velha, o banheiro ficava fora e era o maior sufoco quando alguém precisava ir até lá à noite ou em dia de chuva”, explicou Conceição, mostrando o banheiro “novinho em folha.”

A segunda etapa do projeto Moita Verde, que está em fase de licitação, contemplará a pavimentação e drenagem de 27 ruas e a construção de uma lagoa de captação de águas das chuvas para resolver o problema das enchentes. A terceira fase será a melhoria das unidades habitacionais, e a última etapa será a construção do centro de integração social, regularização fundiária de 700 títulos de terra e recuperação ambiental do rio Pitimbu.

Paralelamente à melhoria de infraestrutura do local, estão sendo realizados cursos de qualificação de mão de obra para inserção no mercado de trabalho. Também são desenvolvidos programas para os idosos.

Caixa entrega casas com aquecimento solar

O empreendimento que terá o total de 860 unidades foi construído em parceria com a prefeitura de Campo Grande e com o governo do Mato Grosso do Sul, dentro do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), para famílias com renda de até R$ 1.395,00

A Caixa Econômica Federal entregou no último dia 20 em Campo Grande (MS), as chaves de 215 unidades habitacionais do residencial Ronaldo Tenuta. O empreendimento que terá o total de 860 unidades foi construído em parceria com a prefeitura de Campo Grande e com o governo do Mato Grosso do Sul, dentro do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), para famílias com renda de até R$ 1.395,00.

O residencial é formado por casas com área de 36,14 m², contendo dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Cada unidade habitacional terá sistema de aquecimento solar e estará instalada em terreno de 10 X 20m, com ruas asfaltadas, iluminação pública, captação de águas fluviais e rede de esgoto ligada a estação de tratamento.

Todas as casas possuem acabamento externo com texturização, aplicação de azulejo nas áreas úmidas do banheiro, cozinha e tanque de lavar roupa, sendo que a cozinha recebe também forro em PVC.

O Residencial Ronaldo Tenuta apresenta também estrutura metálica em sua cobertura, com telha de barro e solução identificada como “passarinheira” que evita a entrada de pássaros e poeira no interior das unidades.

Na fase do residencial que está sendo entregue neste sábado foram investidos pelo Governo Federal, por meio da Caixa, mais de R$ 8,7 milhões, e R$ 599 mil de contrapartida financeira do Governo do Estado e R$ 426 mil aplicados, na infraestrutura interna do empreendimento, pela prefeitura de Campo Grande.

Se computarmos todas as 860 unidades que compõem o empreendimento, o investimento do Governo Federal supera R$ 35 milhões, com a contrapartida dos parceiros de R$ 2,39 milhões.

As famílias contempladas pagarão prestações correspondem a 10% da renda familiar apurada, que deverão ser pagas por um período de 10 anos.

adaptado de http://www.correiodoestado.com.br/

O futuro da energia solar fotovoltaica na Ásia

A procura de eletricidade em mercados emergentes de tecnologias solares como a China, Coréia do Sul, Índia e países do sudeste asiático continuará a crescer e a China será responsável ​​por grandes investimentos nos mercados solares fotovoltaicos.

O mercado de energia fotovoltaica chinês registrou um autêntico boom em 2010, com o crescimento da capacidade instalada de 520 megawatts (MW). A capacidade total instalada na China chegou a 893 MW, mais que dobrando em apenas um ano. A associação européia de enegia fotovoltaica (EPIA) espera que este número cresça entre 750 MW e um gigawatt (GW) em 2011. Se essa expectativa for atendida, a China vai cruzar o limiar do gigawatt solar e subir para a liga da primeira divisão das nações mais solares do planeta. Os planos chineses são ambiciosos e contundentes pois o país tem uma meta apontando para 5 GW de capacidade de energia solar até 2015, e 20 a 30 GW até 2020.

O governo chinês vem aumentando efetivamente os investimentos no setor de energia solar e diversas iniciativas vem sendo tomadas pelo governo, que incluem a promulgação de uma lei de energias renováveis, a introdução de programas de tarifas prêmio em suas províncias ( feed-in), o programa de geração distribuída dos telhados solares e o já em curso programa de eletrificação solar rural.

Atender a demanda de eletricidade do futuro com maior segurança energética, diminuindo a sua líderança mundial nas emissões de CO2, a busca de uma economia de baixo carbono, estão entre o rol de boas razões que estão dirigindo o crescente apoio do governo central chinês na implantação de aplicações locais da energia solar fotovoltaica. Como resultado, no ano passado o mercado interno chinês cresceu aproximadamente 300% em relação a 2009 e deve crescer por outra 150% em 2011.

Um robusto mercado doméstico de energia solar que se mostra poderoso ao criar amplas oportunidades de negócios intensa geração de empregos, inovações tecnológicas e abre as portas internacionalmente para empresas experientes em conjunto com empresas locais atuarem na oferta de soluções solares turnkey.

Ucrânia terá uma das maiores plantas de energia solar

A Ucrânia está prestes a ter uma das maiores plantas de energia solar da Europa, com capacidade de geração de 80 MW, de acordo com a Worldwide News Ukraine. Uma usina está sendo construída pela austríaca Activ Solar, e vai ocupar uma área de quase 5,5 mil metros quadrados em Okhotnykove, no oeste do país, segundo o Huffington Post. Dividida em quatro etapas da obra, duas já estão prontas, um total de 40 MW; a outra metade deve ficar pronta até o fim do ano.

A geradora de energia está sendo construída como parte do projeto nacional de Energia Natural, lançado em 2010 pela agência estatal ucraniana de eficiência energética. O objetivo do programa é construir 2 mil MW em capacidade de produção de energia limpa, e responder por 30% da energia obtida com recursos renováveis no país, até 2015.

“Um projeto dessa envergadura significa uma mudança radical no desenvolvimento de energia solar na Europa, além de seguramente posicionar a Ucrânia como um fornecedor de energia limpa”, afirma Kaveh Ertefai, CEO da Activ Solar. De acordo com dados do Cia World Factbook, o país do leste europeu já é um exportador de energia, que fornece a Hungria, Polônia, Rússia e Eslováquia, entre outros. Apesar disso, três quartos do petróleo e do gás natural consumidos na Ucrânia vêm da Rússia.

A Worldwide News Ukraine afirma que atualmente a maior planta solar europeia está na Itália e produz 72 MW, ou seja, quando pronta, a usina da Ucrânia seria a maior do mundo. Mas os dados do site PV Resources – que reúne informações sobre uso de células fotovoltaicas – afirmam que a área em Montalto di Castro, no país da bota, tem capacidade de geração de até 84.2 MW. O segundo lugar, segundo o site, ficaria com a área de Finsterwalde, na Alemanha, que soma 80.2 MW, segundo o Huffington Post

Fonte:http://tecnologia.terra.com.br

O sertão vai virar energia solar

Com investimentos de R$ 325 milhões, usina localizada em Coremas, no interior da Paraíba, coloca o Brasil no mapa mundial da geração energética a partir do Sol

Por Rafael FREIRE

O faro e a agilidade para identificar e pôr em prática boas oportunidades de negócios são um ingrediente importante na carreira de quem atua no mercado financeiro. O trio de empreendedores paulistas Edmond Farhat, Sérgio Reinas e Rafael Brandão sabe muito bem disso. Ao longo dos últimos 20 anos, quando passaram por instituições como Citibank, Delta Commodities Banco Rural Internacional, eles estruturaram diversas operações para a captação de recursos para projetos energéticos. Agora, eles resolveram utilizar a expe-riência para se tornar empreendedores do setor. A primeira tacada do trio é a Usina Coremas I, situada em Coremas, cidade encravada no sertão da Paraíba, a 390 quilômetros da capital João Pessoa. A usina terá capacidade de gerar 50 megawatts (MW), com a força dos raios solares, a partir do primeiro semestre de 2013.

Trio energizado: experiência no mercado financeiro foi o que motivou Brandão (primeiro à esq.), Farhat e Reinas a investir em energia
Trata-se de um volume suficiente para abastecer 830 mil residências. Orçado em R$ 325 milhões, o em-preendimento colocará o Brasil definitivamente no mapa mundial da energia solar. Até agora, já foram desembolsados R$ 15,5 milhões. Os recursos foram aplicados no estudo de implantação e viabilidade, além da compra do terreno de 400 hectares. “De tanto fazer estudos para nossos clientes, decidimos nos arriscar do outro lado do balcão”, afirma Farhat à DINHEIRO. O negócio está sendo tocado por meio da Mais Asset Management, da qual Farhat, Reinas e Brandão são acionistas, e tem como parceiro o Banco Paulista, dono de uma fatia de 30,8% do empreendimento. A meta é atrair outro sócio com experiência no segmento energético, que ficaria com uma participação de 35,2%. Farhat, Reinas e Brandão dividiriam os 34% restantes.

Por que investir em energia solar, considerada até há pouco tempo proibitiva em função do custo de aquisição e manutenção dos equipamentos? “A tecnologia evoluiu e hoje essa modalidade já tem um preço competitivo em relação às demais opções renováveis”, afirma Brandão. É que, em uma das tradicionais placas fotovoltaicas (conhecidas como painéis solares), o trio foi buscar nos Estados Unidos um sistema híbrido, semelhante ao utilizado na cogeração, a partir da queima da biomassa (restos de bagaço de cana, por exemplo). A Usina Coremas I usará a potência dos raios solares, captados por coletores revestidos de películas prateadas, para aquecer tubos cheios de água. O líquido, a uma temperatura de 400 graus centígrados, será direcionado para uma caldeira para ser convertido em vapor. Este, por sua vez, movimentará a turbina que gera energia. Apesar das várias etapas, esse processo, de acordo com os investidores, é 55% mais barato em relação à eletricidade obtida com placas fotovoltaicas. Além disso, seu grau de eficiência, ainda segundo eles, é 50% maior.

Calor escaldante: a maior usina de energia solar do mundo, no deserto de Mojave, na Califórnia, inspirou o projeto brasileiro

Trata-se do mesmo método utilizado na Ivanpah Solar Energy Generating System, a maior usina do gênero do mundo, situada no deserto de Mojave, na Califórnia, que vai consumir US$ 168 milhões e gerar 354 MW. O Google é um dos principais investidores. O desbravamento do sertão paraibano é apenas a primeira fase da jornada eletrizante que o trio pretende seguir na área empresarial. A Rio Alto Energia tem licença para produzir até 125 MW. A meta é focar exclusivamente em fontes renováveis. Também estão no radar desses empreendedores as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), usinas com capacidade de gerar até 30 MW. Os primeiros dividendos, no entanto, deverão vir de Coremas. No próximo leilão de energia A-3 (com entrega no mínimo em três anos), o trio pretende fechar a venda de 30 megawatts diários para a Eletrobras. Isso deverá garantir uma receita anual garantida de pelo menos R$ 34 milhões.

Farhat e seus dois sócios não são os únicos que estão de olho nessa nova vertente energética. Hoje, o que se tem no Brasil são apenas seis projetos experimentais que produzem 1,087 MW. O principal deles é o do empresário Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, que montou uma usina em Tauá (CE). Na Alemanha, cuja temperatura média é inferior à brasileira, apenas os painéis instalados nos telhados das residências geram 9 mil MW. Por ser um país tropical, o potencial de geração de energia solar do Brasil é praticamente inesgotável. Na avaliação de Sergio Colle, especialista em energia da Universidade Federal de Santa Catarina, o que dificulta a existência de projetos como o de Rio Alto é a falta de estudos de viabilidade. “Os empresários têm de desembolsar recursos para levantar dados que o governo brasileiro já deveria ter”, afirma Colle. Apesar disso, ele se mostra otimista. “Estamos em um cenário favorável para esse tipo de empreendimento”, diz. É nisso que apostam os controladores da Rio Alto Energia.

Fonte:http://www.istoedinheiro.com.br/

Caçada virtual por nova tecnologia solar dá primeiros resultados

Uma das moléculas sintetizadas é um dos melhores semicondutores orgânicos já descobertos em termos de sua capacidade de condução de cargas elétricas.[Imagem: Sokolov et al./Nature]

Células solares orgânicas

As células solares orgânicas podem revolucionar a geração de energia mundial, eventualmente passando de um mundo de gigantescas usinas para uma geração descentralizada.

Na medida que cada casa gere parte de sua energia, aproximando-se da auto-suficiência energética, os governos poderão passar a construir apenas usinas menores, regionais e até locais.

As células solares orgânicas são baratas, flexíveis e podem ser aplicadas em qualquer superfície, incluindo paredes, plásticos e até roupas. Elas podem até mesmo ser impressas por jato-de-tinta.

Mas ainda há desafios: elas não são tão eficientes quanto as células solares de silício, têm problemas de durabilidade e, algumas, usam compostos que todos gostaríamos de ver longe do meio-ambiente.

Se há desafios, contudo, há também agora uma luz bem clara iluminando o túnel.

Simulação molecular

Células solares orgânicas são feitas com moléculas orgânicas, ou seja, moléculas que têm carbono em sua estrutura.

Como os cientistas sabem muito sobre a química do carbono, tudo o que eles têm a fazer é descobrir moléculas que convertam fótons em elétrons de forma mais eficiente.

O desafio é que as combinações de elementos para formar essas moléculas são virtualmente infinitas. Então, é necessário uma forma de “montar” essas moléculas de forma virtual, simulando-as em computador, e analisando quais são mais promissoras para conversão fotovoltaica.

Esta foi justamente a ideia do químico Alán Aspuru-Guzik, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Ele construiu modelos computadorizados capazes de analisar moléculas orgânicas e identificar aquelas que se mostram mais promissoras como semicondutores.

Cientistas cidadãos

A equipe usou seus simuladores moleculares para analisar 2,3 milhões de moléculas candidatas a células solares. Os planos são de atingir 3,5 milhões de moléculas até 2012.

Os cálculos foram feitos com a ajuda de cientistas-cidadãos, que cedem o tempo ocioso de seus computadores para a rede World Community Grid, gerida pela IBM.

O conceito de cientista-cidadão, na forma de um pequeno programa que roda no tempo ocioso dos computadores pessoais, foi criado pelos idealizadores do Projeto SETI. Embora seu objetivo seja a busca por inteligências extraterrestres, o maior fruto de seu trabalho até agora foi demonstrar que, com a cooperação, podem surgir “inteligências novas” aqui na Terra mesmo.

Os primeiros resultados foram passados para uma equipe da Universidade de Stanford, que sintetizou algumas delas e demonstrou que os modelos estão funcionando bem: as moléculas são realmente semicondutoras e promissoras para serem usadas como células solares.

Na verdade, o primeiro estudo publicado a respeito revela que uma das moléculas sintetizadas é um dos melhores semicondutores orgânicos já descobertos em termos de sua capacidade de condução de cargas elétricas.

Realimentação do processo

O resultado publicado agora foi apenas um piloto, e a expectativa é que haja frutos melhores escondidos no meio da árvore.

Na verdade, o trabalho inicial com as 2,3 milhões de moléculas já resultou na seleção de 1.000 moléculas promissoras, que ainda precisarão ser sintetizadas.

Foram selecionadas moléculas com possibilidades de alcançarem uma eficiência na conversão de energia solar em energia elétrica de 10% ou mais – atualmente, as melhores células solares orgânicas têm uma eficiência de 9%.

Os cientistas planejam publicar as estruturas dessas moléculas teóricas, com suas características e propriedades principais, para ajudar os químicos experimentais a sintetizar cada uma delas. Ou, pelo menos, as mais viáveis.

Isso realimentará o processo, uma vez que os químicos no laboratório darão informações que permitirão que os químicos teóricos aprimorem seus modelos computadorizados, gerando novas seleções de moléculas ainda mais promissoras.

Projeto Energia Limpa

Em um esforço que poderá ganhar dimensões mundiais, o projeto do Dr. Aspuru-Guzik, chamado Projeto Energia Limpa, poderá finalmente produzir uma geração de células solares orgânicas de eficiência elevada.

Isso poderá representar, finalmente, um salto na tecnologia fotovoltaica, que vem andando a passos bem miúdos na última década.

Em 2010, o Dr. Aspuru-Guzik usou um computador quântico experimental para calcular a energia exata de uma molécula de hidrogênio.

Redação do Site Inovação Tecnológica
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br