Estatal dá até dia 31 para que empresas entreguem propostas em concorrência internacional do Megawatt Solar
A Eletrobras Eletrosul divulgou nesta terça-feira (4/10) a prorrogação do prazo para a entrega das propostas do edital de concorrência internacional para a instalação de uma usina solar fotovoltaica. A data limite era a próxima segunda-feira (10), mas a empresa afirma que, “diante da complexididade da execução do projeto”, decidiu dar mais tempo e atender aos pedidos das próprias empresas interessadas.
“Inúmeras empresas interessadas na concorrência solicitaram a postergação para buscar soluções otimizadas e de menor custo”, afirma Rafael Takasadi, coordenador do projeto, chamado Megawatt Solar. O objetivo é instalar uma usina de 1MW nas próprias instalações da Eletrosul em Florianópolis, Santa Catarina.
As propostas serão recebidas até as 11 horas do dia 31 de outubro. A abertura dos envelopes está marcada para as 15 horas do mesmo dia. O edital completo está disponível no endereço: http://www.eletrosul.gov.br. As demais condições do edital permanecem inalteradas.
Além de uma usina comercial, conectada à rede elétrica local e com a ideia de vender a produção para o mercado livre, o projeto contempla uma planta experimental de 8kW de potência. Esse projeto menor terá quatro sistemas fotovoltaicos: dois deles usando módulos de silício cristalino e outros dois com tecnologia de filme fino de silício amorfo ou microcristalino.
Competição acadêmica buscava casas com eficiência energética e custo menor que US$ 250 mil
Por: Mauricio Lima
O Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou na última semana os vencedores da categoria viabilidade financeira do U.S. Departament of Energy Solar Decathlon. O concurso propôs a acadêmicos o desenvolvimento de casas com custo reduzido, que utilizassem sistemas construtivos com eficiência energética e que contassem também com sistemas de energia renovável.
Pelo regulamento, habitações com custo previsto abaixo de US$ 250 mil receberam 100 pontos, enquanto casas que custassem até US$ 600 mil tiveram pontos retirados de acordo com o valor. Casas acima desse preço receberam 0 pontos.
Confira abaixo os projetos vencedores:
Primeiros Colocados (100 pontos)
Empowerhouse, de Parsons The New School for Design e Stevens Institute of Technology
A casa foi planejada para ter 93 m², sob o conceito de um espaço seguro, confortável e economicamente acessível. A forma, o fechamento, a localização das janelas e o sombreamento foram otimizados para diminuir a utilização de energia pela família. O preço estimado da habitação é de US$ 229.890,26.
Segundo a equipe, a casa consumirá 90% menos energia para aquecimento e resfriamento do que uma casa típica em Washington, através da utilização de sistemas de iluminação de LED, de manutenção da temperatura interna e de telhado verde e de placas fotovoltaicas.
E-Cube, de Team Belgium: Ghent University
Com o objetivo de atingir a simplicidade, o projeto consiste em uma casa de forma compacta, que minimiza a perda de energia térmica, fechada com placas de fibro-cimento e de vidro. Além disso, o interior se torna um espaço luminoso e amplo, de onde se pode ver toda a estrutura da casa.
A habitação tem custo estimado em US$ 249.568,09 e contará com uma estrutura simples para a construção, que poderá ser feita em poucos dias. O projeto conta com sistema de instalações elétricas simplificado e placas fotovoltaicas.
Segundo Colocado (99,215 pontos)
INhome, de Purdue University
O projeto de US$ 257.853,70 se parece muito com uma casa do interior dos Estados Unidos, mas apresenta materiais para aumentar sua eficiência energética, como produtos reciclados nos acabamentos interiores e um sistema de purificação de ar.
Além das placas fotovoltaicas para a geração de energia, a casa foi pensada como um espaço aberto que prima pela iluminação e ventilação interna.
Terceiro Colocado (98,750 pontos)
CHIP, de The Southern California Institute of Architecture e California Institute of Technology
Com um design mais ousado que as outras propostas, o projeto foi desenvolvido para implantação em um terreno pequeno. A casa é formada por um espaço central flexível com grandes aberturas para iluminação e ventilação e conta também com painéis isolantes para sombreamento. Um dos lados da casa, mais alto, cria uma vaga de estacionamento sombreada. O preço estimado é de US$ 262.495,11.
A casa é fechada com um tecido de vinil, que mantém a temperatura interna. Um ventilador que engloba toda a habitação troca o ar do espaço em menos de 20 minutos. Além disso, câmeras 3D direcionam as luzes de acordo com o movimento das pessoas na casa.
O governo da Nova Zelândia anunciou que pretende substituir a atual fonte energética da ilha de Tokelau, na Polinésia, por 93% de energia solar e o restante com óleo de coco. As alternativas renováveis devem ser implantadas até 2012.
Tokelau é um pequeno território da Polinésia, sob administração da Nova Zelândia, que corresponde às ilhas do mesmo nome, também conhecidas como Ilhas da União.
Para a combinação desse novo sistema, serão instaladas baterias que irão armazenar energia durante o dia para que possa ser usada à noite. A proposta concede duas exceções, os veículos motorizados e alguns equipamentos de cozinha poderão utilizar combustível fóssil.
A medida foi anunciada pelo líder de Tokelau, Foua Toloa, e irá minimizar o impacto ambiental em um local em que o nível do oceano tem grande possibilidade de aumentar devido ao aquecimento global. A decisão se caracteriza como um grande passo na busca e no incentivo de fontes de energia limpa. A pequena ilha está localizada no Pacífico Sul, onde há somente 1.500 habitantes, e seu ponto mais alto está apenas há cinco metros acima do solo, o que o torna muito vulnerável.
Atualmente, a ilha utiliza 200 litros de combustível diariamente, isto inclui querosene, gasolina e gás natural. Com as células solares fotovoltaicas instaladas, os combustíveis fósseis não serão mais problema. Como este tipo de energia é dependente das condições climáticas, será implantado também um gerador específico para transformar o óleo de coco em energia e assim recarregar as baterias.
A primeira ilha do mundo a ser alimentada apenas por energia renovável está localizada na Dinamarca e é duas vezes maior que Manhattan. Sua principal fonte enérgica são as turbinas eólicas. Com informações da Folha e News Scientist.
Pesquisadores do laboratório suíço EMPA bateram um novo recorde de eficiência em suas células solares CIGS.
CIGS é uma sigla formada pela iniciais de cobre, índio, gálio e selênio (na verdade um disselento), os materiais usados na construção da célula solar.
Este tipo de célula pode ser fabricado em filmes plásticos e até por impressão jato de tinta.
Células solares são impressas por jato de tinta
A menor eficiência das células solares CIGS – em relação às células fotovoltaicas de silício – deve-se principalmente à baixa temperatura que deve ser usada para que elas sejam aplicadas sobre o plástico.
Os pesquisadores suíços, que trabalham tanto com substratos plásticos quanto de vidro, conseguiram baixar a temperatura ótima para a deposição sem perder eficiência.
Pinturas solares
O novo processo permitiu atingir um recorde de 18,7% na conversão solar-elétrica quando as células CIGS são aplicadas sobre plástico.
Isto as coloca praticamente em pé de igualdade com as células solares de silício, mas com duas vantagens substanciais: um custo muito menor e a flexibilidade do plástico.
Os pesquisadores também demonstraram que o processo é adequado para a aplicação das células solares sobre metais, incluindo o aço- neste caso, a eficiência atingida foi de 17,7%.
Isso abre caminho, por exemplo, para a criação de “pinturas solares” para carros elétricos, que ajudarão a carregar as baterias, assim como o uso da energia solar em uma infinidade de aplicações onde a instalação dos pesados painéis solares atuais não é adequada.
Os pesquisadores criaram uma empresa, chamada Flisom, para aprimorar a aplicação do novo processo de baixa temperatura por um sistema industrial de fabricação contínua por impressoras de rolo (roll-to-roll).
O avanço foi obtido encapsulando os pontos quânticos coloidais com uma única camada de átomos, o que permite seu adensamento.
Célula solar de pontos quânticos
Por sua vez, um grupo de pesquisadores canadenses, sauditas e norte-americanos criaram a célula solar de pontos quânticos mais eficiente já fabricada até hoje.
Pontos quânticos são semicondutores em nanoescala que capturam os fótons e geram uma corrente elétrica.
Devido ao seu tamanho minúsculo, eles podem ser aspergidos sobre superfícies flexíveis, inclusive plástico. Isso os torna promissores para a fabricação de painéis solares mais baratos.
O avanço foi obtido encapsulando os pontos quânticos coloidais (CQD: collodial quantum dots) com uma única camada de átomos.
Isso é importante porque aumenta a densidade dos pontos quânticos, o que eleva o rendimento do painel solar como um todo. Quanto menor for essa camada passiva de aglomeração, maior é a densidade obtida.
“Nós descobrimos como encolher os materiais de passivação para o menor tamanho imaginável,” disse Ted Sargent, da Universidade de Toronto, no Canadá, que tem um longo histórico no desenvolvimento desse tipo de célula solar.
O rendimento das células solares de pontos quânticos ainda é substancialmente menor do que as células solares de silício.
Mas o aumento agora obtido em sua eficiência e a possibilidade de sua aplicação por spray foram suficientes para que a empresa MaRS Innovations se interessasse pela tecnologia para levá-la ao mercado.
Em breve todos os parques em Dubai usarão luzes movidas a energia solar, em uma tentativa de reduzir o consumo de eletricidade e minimizar o consumo de recursos naturais.
“Todas as luzes em nossos parques serão solares. Nós já começamos a implementá-las e, gradualmente, irá abranger todos os parques. Esta é uma das nossas muitas iniciativas para o desenvolvimento sustentável”, disse Hussain Nasser Lootah, diretor-geral do Município de Dubai ao Gulf News.
Lootah disse que as cidades do século 21 devem evoluir para centros de progresso, que servem como forças para o avanço nacional e global. Nenhuma entidade pode fazer isso sozinha, disse, mas terá indivíduos, empresas e todos os níveis de governo trabalhando juntos para alcançar essas metas. Os líderes do futuro têm a responsabilidade de fazer essa transição acontecer, acrescentou.
O município terminou o trabalho em um parque na zona de Al Sofouh que utiliza sistemas de iluminação solar. Construído em uma área de 1,55 hectares, o parque foi o primeiro a usar esta tecnologia em Dubai.
Lootah também destacou a visão e a estratégia para a cidade nos próximos anos, incluindo as áreas de foco e que iniciativas serão postas em prática para levar adiante uma estratégia sustentável.
O Plano Estratégico do Município visa aumentar a área verde per capita da cidade para 23,4m2. Ele também pretende aumentar a proporção de terras cultivadas em áreas urbanas públicas para 3,15% até o final de 2011.
“Dubai é uma das cidades mais bonitas e tem visto um grande desenvolvimento no passado. Isso tem dado uma boa qualidade de vida, mas houve efeitos colaterais deste desenvolvimento, como o aumento da produção per capita de lixo, o alto consumo de gasolina e alto consumo de eletricidade”, disse ele.
“Precisamos garantir um desenvolvimento sustentável e adotar maneiras mais respeitadoras do meio ambiente, como reciclagem de água de esgoto para usá-la na irrigação” disse Lootah.
O município também está trabalhando para converter todos os seus carros oficiais de gasolina para gás. “Nós já convertemos cinco carros. Todos os nossos mil carros serão movidos a gás natural comprimido (CNG),” disse o diretor geral do município. Com informações do Gulf News.
O Ministério da Agricultura do Japão decidiu flexibilizar as regulamentações existentes para que propriedades improdutivas possam ser usadas para a geração de energia a partir de fontes renováveis, de acordo com informações da rede NHK World, .
O governo tem promovido o uso de fontes alternativas, como a solar, desde o acidente nuclear em Fukushima.
Segundo representantes da pasta da Agricultura, eles vão revisar a lei de propriedades agrícolas para fazer com que 400 mil hectares de terras improdutivas em todo o país possam ser usados pelo setor de geração de eletricidade.
O Estádio do Mineirão, que está em reforma para a Copa do Mundo de 2014, aproveitará a energia solar para gerar eletricidade, o que beneficiará as residências vizinhas, informou nesta quarta-feira uma fonte do setor elétrico.
“A cobertura do estádio será construída em um material que receberá a radiação solar, e, depois, uma planta geradora se transformará em eletricidade para ser aproveitada dentro do próprio estádio”, disse o diretor de Relações Institucionais da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Luiz Henrique Michalick.
A energia excedente poderá ser utilizada para levar eletricidade a 743 casas próximas ao estádio de Belo Horizonte, um dos candidatos para ser sede da partida de inauguração do Mundial. A Cemig investirá R$ 2,7 milhões em ampliação e adequação de suas redes na capital mineira até 2014.
Desse orçamento, R$ 1 milhão será destinado às obras da parte elétrica do Mineirão e do ginásio poliesportivo Mineirinho, incluindo o projeto de geração a partir da energia solar. Com uma segunda planta geradora de energia solar no ginásio, o número de residências que serão beneficiadas se ampliará para 1,5 mil.
O estudo de viabilidade do projeto de geração de energia solar no estádio foi elaborado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A capacidade de energia instalada no Mineirão será de 1 mil quilowatts e uma produção calculada de 1.200 megawatts/hora.
O superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas da Cemig, Alexandre Heringer Lisboa contou que a empresa administra com autoridades como será feito para comercializar a energia que será gerada a partir da cobertura do estádio.
O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Delgado Assad, apresentou as principais ações do governo para efetivar a Política Nacional sobre Mudanças do Clima (Lei 12.187/09). Em audiência pública na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, Assad citou a redução do desmatamento da Amazônia, a diminuição da emissão de gases e o início da execução de diversos planos setoriais entre as principais ações já efetivadas.
Os planos setoriais incluem ações, indicadores e metas específicas de redução de emissões de gases e mecanismos para a verificação de seu cumprimento. Esses planos, segundo Assad, deverão estar concluídos até dezembro de 2011. Eles estão previstos no Decreto 7.390/10, que regulamenta a Política Nacional sobre Mudanças do Clima.
O secretário informou que alguns planos setoriais já estão prontos ou em fase de revisão, como o que prevê o controle do desmatamento na Amazônia Legal e no Cerrado; o de baixa emissão de carbono na agricultura; e o de siderurgia. Ele ressaltou que o plano setorial na área de recursos hídricos, aprovado nesta semana pela Casa Civil, contempla a ocorrência de enchentes e seca e ações vinculadas à erosão costeira.
Redução de emissão de gases industriais ainda é polêmica.
No caso da indústria, segundo o secretário, o governo ainda avalia como estabelecer as metas de redução da emissão de gases. Assad disse que há divergências nesse debate: para alguns, a indústria poderá perder competitividade se for obrigada a seguir metas de redução de emissões. Para outros, a redução das emissões vai tornar a indústria competitiva no médio prazo, pois ela se alinharia à economia verde.
Assad disse que, sem o estabelecimento de metas para a indústria, será difícil aplicar os recursos do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas (FNMC), regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada. O fundo é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e vai contemplar projetos de combate ao aquecimento global, redução de desmatamento, degradação florestal e pagamento de serviços ambientais, entre outros.
Segundo o secretário, o governo vai selecionar 70 projetos para receber recursos do fundo, que começou a operar com R$ 230 milhões. Até agora, já foram apresentados 170 projetos para a análise.
Transporte e energia
O secretário de Mudanças Climáticas informou que, na área de transporte urbano, o governo pretende incentivar o uso de ônibus movidos a hidrogênio e etanol em São Paulo durante a Copa do Mundo de 2014. Outro projeto prevê apoio à produção de energia em aterro sanitário, o que reduzirá a emissão de metano.
Na área de energia renovável, Assad disse que o governo pretende incentivar o uso de energia eólica, solar e do mar. Segundo ele, o primeiro projeto que usa o mar para a produção de energia será instalado em Fortaleza (CE).
Assad disse que o governo também pretende incentivar o replantio de árvores em núcleos de desertificação na Caatinga e o plantio de frutas nativas adaptadas às extremas temperaturas locais. Também está prevista a implantação de um sistema de alerta de desastres naturais, em Cachoeira Paulista (SP).
Relator da comissão
Após a audiência, o deputado Márcio Macêdo (PT-SE) foi eleito relator da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas.
Reli, recentemente, o livro “O cisne negro” de Nassim Nicholas Taleb. O livro é pequeno mas inspirador. A tese do autor é que muitos dos eventos com mais impacto, quer em tecnologia quer na nossa vida pessoal, não são à partida previsíveis.
O cisne negro é uma metáfora para esses acontecimentos raros e imprevisíveis, que já todos enfrentámos. Com efeito, o muito bom e o muito mau que aconteceu nas nossa vidas, surgiu, por vezes do nada, sem qualquer prenúncio.
Taleb usa como exemplos os ataques do 11 de Setembro de 2001, a primeira Guerra Mundial, o aparecimento da internet e da Google, todos eles acontecimentos inesperados e que mudaram o mundo como o conhecíamos.
O facto de sabermos quase tudo sobre um determinado assunto não é em si garantia de que estejamos preparados para enfrentar um “evento Cisne Negro”, nessa área. É conhecido o exemplo da IBM – sem dúvida, desde sempre, uma das melhores empresas da área de informática – que inventou o computador pessoal e não reconheceu o seu potencial. O PC foi criado em 1981 por uma pequena divisão da empresa, tendo a IBM considerado que não se justificava desfocar as equipas de engenharia internas, sendo preferível entregar o desenvolvimento quer do seu sistema operativo quer o seu ‘hardware’ a outras empresas. Assim, a IBM publicou as especificações e os esquemas do PC, o que permitiu à Microsoft e à Intel tornarem-se concorrentes com a sua dimensão.
Os sistemas de energia estão, neste momento, num ponto de inflexão. O novo paradigma, que é normalmente denominado de “Clean Tech” , é caracterizado pela convergência entre sistemas de energia e sistemas de informação, dando origem às ‘smart grids’.
Na linha do que defende Taleb, no espaço da “Clean Tech” vão, certamente, aparecer inovações imprevisíveis e de enorme impacto , que permitirão que, como aconteceu com o PC, pequenas empresas se tornem nos gigantes tecnológicos do futuro.
Devemos ter a pretensão de que alguma possa nascer no nosso País. Áreas possíveis são as próprias ‘smart grids’, os veículos eléctricos, a energia solar, a energia dos oceanos, a eficiência energética. Para que isso se possa concretizar torna-se fundamental conseguirmos, no País, um ambiente de partilha e inovação aberta, que permita a um promotor validar e corrigir, com facilidade, as suas ideias. O português é por natureza individualista e céptico em relação à generalidade das iniciativas, o que tem vantagens e inconvenientes; contudo, neste jogo da inovação em Energias Limpas só podemos ser bem sucedidos se aprendermos a trabalhar em conjunto.
Trata-se de um desafio que vale a pena!
____
António Vidigal, Presidente da EDP Inovação
A Concer iniciou a instalação de 188 luminárias na BR-040. Ao todo, 55 acessos da rodovia ganham mais segurança com os novos postes sustentáveis e ecologicamente corretos, com iluminação a LED e mantidos a energia solar de forma integral. O investimento abrange um extenso trecho da rodovia, indo de Juiz de Fora, na Barreira do Triunfo, até o km 102, na Baixada Fluminense.
A nova rede de iluminação complementa o conjunto de 880 luminárias que a Concessionária instalou em Duque de Caxias, em 2007, mas se distingue pela sustentabilidade. A tecnologia LED reduz em 75% o consumo de energia, contribuindo significativamente para uma redução de gás carbônico na atmosfera. Quando comparada a uma luminária convencional, a de LED produz 518,4 quilos a menos de CO2, tendo dez anos de vida útil, informa o fabricante. O processo de fabricação também exclui o uso de chumbo e mercúrio.
No caso da BR-040, um fator adicional aumenta o grau de sustentabilidade do projeto: cada uma das 188 luminárias é alimentada por dispositivos independentes de energia solar, considerada não poluente.