KFW fomenta investimentos públicos em fontes renováveis

Por Fabíola Binas, do Rio de Janeiro (RJ)
O banco de desenvolvimento alemão KFW Bankengruppe, instituição de fomento governamental, pretende expandir a atuação em projetos de energia renovável no Brasil, especialmente no setor de solar, atualmente a especialidade germânica em termos de projetos de geração.

“Não atuamos somente na área de financiamento, mas também na cooperação técnica e transferência de tecnologia”, explicou a gerente de projetos de energia e desenvolvimento do KFW Bankengruppe, Tabea von Frielingde Valencia. Ela contabiliza que, na instituição, já são 990 milhões de euros comprometidos em projetos brasileiros e outros 41 milhões de euros em aplicados em cooperações técnicas.

A gerente alemã, que está destacada para acompanhar o processo de fomento de projetos no Brasil, contou que o banco está envolvido nos estudos de viabilidade das arenas para a Copa de 2014. “Um dos principais projetos é o de colocação energia fotovoltaica no estádio do Mineirão”, comentou, durante um seminário no Energy Summit, no Rio de Janeiro.

Tabea salienta que dentro do escopo de financiamento do KFW cabem projetos entre 50 e 200 milhões de euros, geralmente com contrapartida de 20% e amortização em até 15 anos. “Se vemos que um projeto é interessante, renovável, tecnologicamente enquadrado, com capacidade de endividamento, ele tem boas possibilidades de financiamento”, pontuou.

O KFW tem como critério principal a aposta em projetos de empresas públicas, governos estaduais e federais, tendo sido parceiro em iniciativas de companhias brasileiras como Cemig, Chesf, Light, entre outras. A instituição só pode financiar o setor privado por meio de um processo de enquadramento feito via BNDES.

A representante do fomentador alemão acrescentou que o Brasil tem um potencial excelente para a energia, mas ainda falta experiência. “Por isso, estamos à disposição para contribuir com know how na área”, afirmou. Para se ter uma ideia, o KFW está presente em 60 países, sendo que um terço dos seus fundos são aportados em projetos de renováveis e eficiência energética.

Fonte:http://www.jornaldaenergia.com.br

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