A Alemanha vai encerrar todos os seus reactores nucleares até 2022 e pretende duplicar, para 35%, a sua quota de renováveis na produção de eletricidade até 2020. A decisão de encerrar as centrais nucleares foi acordada na ultima semana pelos partidos que compõem o governo de coligação de Angela Merkel, em resultado do incidente com a central nuclear de Fukushima, no Japão, provocada pelo sismo e tsunami de 11 de Março.

Segundo noticiou a Reuters, aliado a esta estratégia para abandonar o nuclear, a Alemanha definiu ainda os objectivos de duplicar a sua quota de renováveis na produção de electricidade, para 35% e de reduzir em 40% as emissões de gases com efeito de estufa em 2020.

O governo alemão pretende encerrar permanentemente os oito reatores nucleares mais antigos dos 17 atualmente existentes no país. Segundo o calendário acordado, mais seis centrais sairão de funcionamento em 2021, afirmou o ministro do Ambiente alemão, Noerbert Röttgen, e os três restantes (os mais recentes) continuarão em funcionamento por mais um ano, ou seja, até 2022. “É definitivo: o fim das três ultimas centrais nucleares é em 2022. Não haverá nenhuma cláusula para revisão”, disse Röttgen ao pelo Financial Times.

A Alemanha foi um dos primeiros países europeus a tomar decisões contra a energia nuclear. No rescaldo da tragédia em Fukushima, Merkel comprometeu-se, num discurso perante o parlamento alemão, a acelerar a transição para as energias renováveis – “queremos chegar rapidamente à era das energias renováveis. Esse é o nosso objetivo”. Nessa altura, a chanceler adiou também por três meses a decisão de prolongar o tempo de vida das sete centrais nucleares mais antigas do país. Até aí, 23% da eletricidade consumida no país era de origem nuclear.

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