Os números do primeiro trimestre de 2011 para o mercado solar térmico alemão apontam para um crescimento ligeiro na ordem dos 4,3%, comparativamente com o ano anterior. Os dados são da associação da indústria solar, BSW Solar, e da associação da indústria de aquecimento, BDH, alemãs e mostram que, até ao final de Março deste ano, o total de área de coletores vendida no mercado alemão foi de 162.900m2.
Outros sinais que apontam para a recuperação do setor. Um deles é o Índice trimestral de Negócios “Solar Heat”, da Carsten Körnig, que revela uma clara tendência crescente para o mercado, depois de este ter atingido o seu nível mais baixo no último trimestre de 2010. O índice tem como base as respostas fornecidas por 100 fornecedores e instaladores. Também o portal alemão quotatis.de, que serve de intermediário entre instaladores e clientes, mostra, entre Fevereiro e Março, houve um aumento do dobro de pedidos para sistemas de aquecimento por solar térmico em relação ao mesmo período do ano passado. “De acordo com os nossos números, a procura mensal por sistemas solares térmicos triplicou em Abril, comparativamente com o mesmo período de 2010”, apontou o responsável pelo portal, Jens Oenicke.
Especialistas do mercado indicam que há fatores que deverão ter um papel fundamental na recuperação do sctor, nomeadamente o aumento dos preços da energia aliado a um aumento dos níveis de subsídios concedidos pelo programa nacional MAP, que deverá fazer crescer o número de edifícios para reabilitação e retrofit na Alemanha. A recém-criada Aliança para a Eficiência na Construção, fundada pela Agência de Energia alemã, a DENA, e que junta empresas da indústria da construção e associações comerciais, tem como objetivo aumentar a percentagem de edifícios reabilitados de 1 para 2%. Para além disso, destaca-se ainda a recente alteração na Lei para o Aquecimento Renovável (EEWärmeG), que passa a obrigar todos os edifícios públicos renovados a ter determinada percentagem do seu consumo energético para aquecimento proveniente de fontes de energias renováveis, e, no caso de se tratar de solar térmico, essa percentagem deve ser de pelo menos 15%. Esta obrigação já existe desde 2009, sendo que, até Maio passado, apenas compreendia os novos edifícios privados, de serviços e públicos.