A Região Autônoma do Tibet, no sudoeste da China, está pronta para se tornar a base líder de geração de energia solar do país, com mais 10 usinas fotovoltaicas a ser concluídas ainda este ano.As novas usinas, com um investimento total de 2 bilhões de yuans (US$ 308 milhões) e uma capacidade total de 100 megawatts, aproveitarão os recursos abundantes de energia solar do Tibet para aliviar a escassez de energia na região do planalto, disse Wang Haijiang, pesquisador renomado sobre energia do Tibet.
A construção da maior parte das novas usinas já foi iniciada, inclusive uma de geração solar fotovoltaica, de 30 megawatts, na Sub-região Xigaze, cerca de três quilômetros ao noroeste da segunda maior cidade do Tibet, Xigaze.
Concluída este mês, a usina gerará até 20,23 milhões de quilowatts-horas de eletricidade por ano, disse Wang.
Enquanto isso, uma usina de 10 megawatts está sendo construída em Yangbajing, uma vila 90 quilômetros ao noroeste de Lhasa, capital regional, com uma capacidade de geração de energia projetada de 430 milhões de quilowatts-horas durante sua vida útil de 25 anos.
O Tibet tem recursos solares abundantes, com uma média de 3 mil horas de radiação solar por ano, ou cerca de 6 mil a 8 mil megajoules por metro quadrado.
Nos últimos 60 anos, o Tibet intensificou a exploração de seus recursos de energia limpa, esperando proteger a ecologia do planalto enquanto buscava crescimento econômico, disse Wang. A região começou a usar energia solar nos anos 1980.
Hoje, os sistemas instalados de geração solar fotovoltaica da região, de 9 megawatts, responde por 13% do total da China.
A energia solar é agora extensamente usada por famílias tibetanas: quase 400 mil fogões solares, 10 mil metros quadrados de casas aquecidas por energia solar e 200 mil famílias que dependem da energia solar para iluminação.
O governo regional do Tibet estimou que a energia solar ajudou a economizar pelo menos 162.800 toneladas de carvão equivalente no ano passado.
A China planeja expandir o mercado de energia solar fotovoltaica gradualmente, para que conte com cerca de 5 milhões de quilowatts de capacidade instalada em 2015 e 20 milhões em 2020, de acordo com a Administração Nacional de Energia do país.
Fonte:http://www.juscelinodourado.com.br/