A consultoria KPMG afirmou que uma política agressiva pode fazer com que o preço da energia solar caia entre 5% a 7% por ano na próxima década, garantindo a paridade com a rede em breve.

Os planos da Índia é produzir 20 gigawatts de energia solar até 2022, apesar de obstáculos como custos de produção, falta de mão de obra especializada e conhecimento ainda existam.

“O ritmo no qual a diferença entre as tarifas solares e as convencionais diminui vai determinar o ritmo pelo qual a energia solar irá decolar”, afirma o relatório.

“Enquanto nós esperamos a paridade para os consumidores domésticos e agrícolas em 2019-2020, a adoção da energia solar deverá acontecer ainda antes”.

Em certos estados como o Rajastão e Gujarat no oeste e Tamil Nadu no sul a paridade deve se dar mais rapidamente por causa das políticas favoráveis e das melhores condições climáticas para a produção solar.
Além disso, a energia convencional é mais cara nesses estados, pois eles são localizados longe das reservas de carvão.
O carvão, abundante na Índia, fornece eletricidade ao custo de 2 rúpias, enquanto o quilowatt-hora pela solar fica na faixa das 11 ou 12 rúpias.

De acordo com a Missão Solar Indiana, iniciativa criada em 2009, a energia solar vai gerar o equivalente a 13% da eletricidade do país até 2022, ajudando a terceira maior economia da Ásia a diminuir sua dependência do carvão.
Já o relatório do KPMG afirma que a solar deve representar 7% da eletricidade da Índia, substituindo 16,900MW até 2022. Isso diminuiria em 30% a necessidade de importação de carvão do país.

“Além disso, a energia solar pode evitar as emissões de 95 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano até 2022”, o que significa um corte de 2,6% no total de emissões previstas para a Índia naquele ano.

Em 2009, a Índia adotou o objetivo de diminuir o crescimento de suas emissões, dizendo que iria reduzir sua intensidade de carbono – a quantidade de dióxido de carbono emitido por unidade do PIB – entre 20% a 25% até 2020, com relação aos níveis de 2005.

A Índia é o terceiro maior emissor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e China, e seu crescimento acelerado está levando a um aumento nas emissões na geração da energia e de setores como transporte e indústria.

Sua emissão per capita está em 1,8 toneladas, cerca de um terço da chinesa e um décimo da norte-americana.

Fonte: http://www.institutocarbonobrasil.org.br

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