Turbinas eólicas, painéis solares e produção de biocombustível fazem a ilha dinamarquesa produzir até mais do que precisa
Um vento gelado, cortante, não pára de soprar no inverno, dobrando para trás a grama, chicoteando bandeiras e cortinas. Isso pode parecer ruim para qualquer pessoa, menos para os cerca de 4 mil habitantes da ilha de Samso, na Dinamarca, que utilizam a força do vento para gerar energia eólica.
A usina de aquecimento urbano Nordby usa a energia da luz solar, captada com 2.500 m² de painéis solares, para garantir aquecimento e água quente para as casas próximas. A água pode ser armazenada em um tanque de 800 metros cúbicos especialmente isolado, que consegue manter pelo menos um dia inteiro de calor , ou cerca de 50 megawatts-hora.
Samso tornou-se a primeira ilha autossustentável ao gerar com fontes exclusivamente renováveis 100% da energia que é consumida em seus 40 km² de extensão. Com investimentos governamentais e apoio dos moradores, a ilha aproveitou ao máximo os ventos que sopram na região para se tornar um exemplo de aproveitamento de energia eólica.
São 4 mil turbinas instaladas ao longo da costa, de frente para o Mar do Norte, além de painéis solares e produção de biocombustíveis, que garantem o aquecimento de 70% das casas. Com isso, a ilha produz mais energia elétrica do que a que consome. O excedente é vendido para a o continente.