A espanhola Solatio Energy e a alemã Q-Cells negociam a implantação de um projeto fotovoltaico de 100MW em São João da Boa Vista, localizada a 239 quilômetros de São Paulo. De acordo com o subsecretário de Energia de São Paulo, Milton Flávio, os empreendedores afirmam que podem produzir essa energia ao valor de R$150 por MWh, menos da metade dos cerca de R$400 por MWh estimados pelo mercado atualmente.
“São fabricantes que têm essa capacidade de produção e eles estão nos garantido que entregarão energia a esse preço”, afirmou Milton Flavio. Os equipamentos, neste primeiro momento, seriam importados, mas as empresas estudam implantar linhas de produção no País. “Existem fábricas na Alemanha que estão ociosas e podem trazer para cá uma linha de produção. Mas precisa criar o mercado e essa é nossa obrigação”, disse.
Segundo o subsecretário, as negociações para a implantação do projeto estão adiantadas. “Já fizemos reuniões com os investidores e nas próximas semanas vamos conversar o proprietário da indústria que tem o terreno e está interessado no negócio, para ver se avançamos”, disse.
Nesta quarta-feira (03/04), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin assinou um decreto que estabelece o deferimento e a suspensão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as cadeias produtivas dos setores eólico e solar. Na ocasião, também foi apresentado o “Levantamento do Potencial de Energia Solar Paulista”, que aponta que o estado tem um potencial para produzir 12 TWh/ano, o suficiente para abastecer 4,6 milhões de residências, um pouco mais de 10% de sua população.
A isenção tributária, a princípio, era válido apenas para a cadeia de produtos termossolar, mas os benefícios serão estendidos também para os fotovoltaicos. “Termosolar era o que tinha quando o decreto foi solicitado, mas por isonomia isso será estendido automaticamente para o fotovoltaico. Claro que tem que fazer um novo decreto, mas é um assunto que não padece de discussão”, disse.
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