A Tractebel Energia está prestes a executar o projeto que dará origem a segunda usina solar brasileira para operação comercial. Com 3 megawatts no pico (MWp) e orçada em R$56,3 milhões, a usina deve entrar em operação no fim de 2013. A Tractebel irá desenvolver estudos com a instalação de oito módulos de avaliação, com sete tecnologias fotovoltaicas cada um, em oito regiões brasileiras com diferentes climas.
A partir dos estudos será definido o local de implantação da usina que irá vender energia ao mercado livre.
A empresa começou a trabalhar no projeto em agosto, quando a agência fez a chamada pública. Um Grupo de Pesquisa Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e treze profissionais da Tractebel estão desenvolvendo o estudo.
“Haverá mão de obra das empresas cooperadas, das universidades e de contratadas, bem como intercâmbio com especialistas de diversos países com conhecimento na área solar”, disse Sérgio Maes, gerente do Departamento de Operação e da Produção e de P&D da companhia.
“Como a tecnologia é nova no país, grande parte dos equipamentos será de origem importada”, explicou Maes. E acrescentou “Acreditamos que, com a criação de um mercado, vários fabricantes se instalarão no Brasil, a exemplo do que está ocorrendo com as eólicas.”
Manoel Zaroni, presidente da Tractebel acredita em um amplo crescimento da energia solar no Brasil, mas afirma que antes alguns obstáculos como o desenvolvimento de mercado, oportunidade de comercialização de energia, uma regulamentação específica, o estabelecimento de fornecedores de equipamentos e serviços e a capacitação de uma mão de obra específica, precisam ser superados.
“Sem dúvida, um programa de incentivos fiscais semelhantes ao posto em prática para as eólicas, e um programa de leilões anuais em montantes de energia crescentes seriam impulsos decisivos”, frisou Zaroni.
Fonte: Valor.com