A subida do custo da electricidade e do gás poderá tornar-se em mais um incentivo ao investimento na eficiência energética, para poupar recursos, que poderá passar pelas energias alternativas nomeadamente o Sistema de Microprodução.

Os sistemas de Energias Renováveis tem um elevado impacto benéfico ambiental, pelo que, actualmente, a procura de novas fontes renováveis de energia surge como alternativa importante para superar dois problemas sérios: a futura escassez de fontes não-renováveis de energia, principalmente do petróleo, e a poluição ambiental causada por essas fontes, sobretudo pelos combustíveis fósseis.

No entanto, também aparece como um sistema que poderá trazer alguma sustentabilidade económica, em termos de pagamentos constantes mensais, como a luz, gás e gasóleo, a pequenos investidores.

Segundo Belchior, da empresa Citrobox, “a produção de electricidade, em regime de microprodução, a partir das energias renováveis, solar ou eólica, com a saída do DL 363/2007 de 2 de Novembro, além da produção para consumo próprio, também é possível, em Portugal, vender a energia produzida, em pequena escala, o que se torna, agora, numa alternativa mais interessante ao nível do investimento”.

Neste sentido, para ser microprodutor, além do investimento no equipamento, terá “de dispor de um contrato de compra de electricidade em baixa tensão. Anualmente é estipulada uma potência máxima de produção de electricidade, com o máximo de 5,75 kWpor micro-produtor individual, a qual será necessário candidatar-se”. Para o presente ano, em Setembro de 2010, atingiu-se a potência disponível a distribuir, abrindo, agora em Janeiro de 2012, novas possibilidades de contrato.

Para o microprodutor atingir a produção máxima disponível, “será necessário instalar um sistema para 3,68 kW . Em Portugal, para a produção fotovoltaica, a média anual é de 4 horas de Sol por dia (6 horas no Verão e 2 horas no Inverno). Este valor é multiplicado pelo valor da potência instalada, obtendo-se assim a produção de energia diária. Por exemplo um sistema com uma potência de 3,68 kW produz a energia de 4 h x 3,68 kW = 14,72 kWh por dia. Por ano produz-se então 365×14.72 kWh = 5.372,8 kWh”.
Para tal, segundo referiu o responsável da empresa Citrobox, o investimento que o microprodutor terá de fazer, para obter a produção máxima, situa-se sensivelmente entre os 15.000,00 Euros, sistema fixo, e os 20.000,00 euros , sistema móvel que, dentro da normalidade do clima, poderá ser reavido entre os cinco anos e meio e os seis anos.

Ao nível da rentabilidade, as tarifas de venda é diferenciada pelos tipos de fontes de energias renováveis, havendo dois regimes: No regime geral (até 5,75 kW) a tarifa de venda para todos os tipos é igual ao custo de energia do tarifário aplicável do fornecedor da instalação do consumo; no regime bonificado (até 3,68 kW, a tarifa de venda aplica um Tarifário de 0,38€ nos primeiros 8 anos e 0,22 nos 7 anos seguintes e, após estes 15 anos a tarifa a aplicar é igual ao tarifário aplicável do fornecedor da instalação do consumo que estiver em vigor.

Para se aceder ao regime bonificado, deverão estar reunidas as seguintes condições “Deve existir no local de consumo em Contador da EDP Universal e um sistema de colectores solares térmicos para aquecimento de água (AQS), com um mínimo de 2 m² de área de colectores”, referiu Belchior.

Feliz com o investimento

Decidido há já algum tempo, foi em início de Setembro deste ano, que o Sr. Fernandes de Outeiro Jusão, contactou com o funcionamento de um investimento realizado na microprodução, pois entende que “pareceu-me um investimento atractivo e penso que será melhor que outros investimentos, tais como na compra de apartamentos para alugar”.Apesar de iniciar há pouco tempo, ainda com bastante exposição solar nestes meses de Setembro e Outubro, mas consciente que “estamos a entra numa época de exposição solar, as perspectivas são animadoras”. Além da produção de energia para a EDP, “também estou satisfeito colectores solares térmicos para aquecimento de água, que nestes dois meses foi dando para as encomendas”, concluiu o Sr. Fernandes.

Fonte:http://diarioatual.com

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