O governo do Paraná anunciou na última semana uma parceria com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e a Itaipu Binacional para estudos de viabilidade técnica na área de energia solar. A ideia é buscar o domínio da tecnologia de industrialização do silício, além de estimular, tanto no Brasil, quanto no Paraguai, o desenvolvimento da cadeia de componentes para produção de energia fotovoltaica.
A obtenção de energia por meio da fonte funciona com a captação da irradiação do sol pelas células constituídas de silício metalúrgico. O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, contou que o projeto é mais uma ação do programa Smart Energy Paraná, que tem por finalidade detectar o potencial energético do Estado e desenvolver projetos de energia renovável. “O Green Silicon é promissor. Temos mineral, energia e competência para estimular a cadeia do silício”, comentou.
Ele acrescentou ainda que além de ampliar a oferta, seria possível fornecer silício industrializado para outros países. O documento foi assinado pelo presidente da Fiep, Edson Campagnolo, o secretário Leal, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o diretor-geral paraguaio da binacional, Franklin Boccia. O convênio envolve o Senai no Paraná, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e os Parques Tecnológicos da Itaipu do Brasil e do Paraguai.
O projeto “Green Silicon” pretende dar melhor aproveitamento ao quartzo, que hoje é exportado in natura, usar a energia fornecida por Itaipu para industrializar o silício, ampliando a oferta de energia renovável ao setor produtivo e aos consumidores em geral, do Brasil e do Paraguai.
Para Jorge Samek, a participação do governo dá ao projeto o caráter de política pública, além da decisão da Fiep em aderir à ideia é estratégica ser fundamental, pois revela a percepção do setor industrial sobre a importância do Brasil entrar na rota do silício. “Isso é fundamental para atrair investimentos privados em todos os segmentos da cadeia, desde a mineração até a industrialização ”, ressaltou.
Campagnolo lembra que a energia fotovoltaica é uma realidade em vários países. “O Brasil tem abundância do quartzo, mineral do qual se produz o silício, e um clima favorável, mas precisamos adquirir mais conhecimento e criar um ambiente favorável para produzirmos, no Brasil e Paraguai, os painéis solares”, afirmou ao citar que o com início dos estudos de viabilidade, houve um grande passo.
Fonte:http://www.jornaldaenergia.com.br/