Dois pilares importantes para este século e para a nova revolução industrial: mobilidade coletiva e solar renovável. O ônibus que circula nas ruas australianas de Adelaide tem o nome de Tindo que vem de uma palavra aborígene local, que significa “sol”, bastante apropriado para o ônibus elétrico que é recarregado com painéis solares que lhe conferem uma autonomia após carregado de 200 km.
O que torna o ônibus exclusivo de outros veículos movidos a energia solar é que não existem quaisquer painéis solares fisicamente no veículo. Em vez disso, o carro recebeu de energia elétrica a partir de painéis solares localizados na estação central de ônibus da cidade.
O Tindo não tem o antigo e pouco atualizado motor de combustão fóssil, o que o torna um veículo de emissões zero. Seu sistema de tração regenerativa também economiza mais 30% do consumo de energia. Durante sua operação o ônibus movido a energia solar evitará a emissão de mais de 70.000 kg de carbono e economizará 14.000 litros de diesel.
O sucesso do Tindo mostra que o transporte público( que deve ser priorizado em detrimento de qualquer outro) pode ser melhorado para reduzir as emissões de carbono de uma comunidade, melhorando a forma de vida e a economia dos residentes, ao mesmo tempo. Sua adoção tem ajudado a fazer Adelaide uma das cidades mais amigas do verde da Austrália, uma atitude que felizmente é espelhada pelos seus residentes.
E ai Brasil? Vamos continuar com um patético programa de incentivo e desenvolvimento de veículos elétricos? Vamos continuar de forma irresponsável a incentivar prioritariamente a mobilidade individual em detrimento da coletiva?