Enviar coisas para o espaço não é uma tarefa nada fácil, mesmo 45 anos depois do lançamento da Apollo 11. Tamanho, peso e custo são elementos de grande importância que devem ser considerados, mesmo quando o assunto é o sonho de transmitir energia de painéis solares no espaço para a Terra ou para estações e veículos espaciais.

No entanto, pesquisadores da NASA parecem ter encontrado uma solução viável para a falta de aerodinâmica que sempre dificultou o envio dos grandes discos planos coletores de luz para fora do planeta: a arte oriental dos origamis. A equipe do engenheiro Brian Trease, do Laboratório de Propulsão a Jato da instituição, passou dois anos trabalhando no desenvolvimento de um enorme painel de quase 25 metros de diâmetro que pode ser dobrado.

Quando compactada para as viagens espaciais, a estrutura mediria algo em torno de 2,7 metros de diâmetro – na imagem acima e no vídeo abaixo, você pode ver um protótipo com 5% do tamanho do painel definitivo. Com apenas um puxão simultâneo em direções diferentes, toda a estrutura se abre como uma flor, voltando para suas medidas planas originais.

O futuro do passado

Para chegar a esse resultado, a equipe de estudiosos recrutou a ajuda de Robert Lang, um renomado especialista na arte milenar dos origamis. Segundo Trease, uma das maiores dificuldades encarada pela equipe foi o fato de que os painéis solares não são tão finos quanto papel. “Você tem que repensar muito do design para acomodar a espessura que começa a se acumular com cada uma das dobras”, explica.

A NASA já usa dobras mais simples para reduzir seus mecanismos, como as de acordões e leques, mas o novo modelo com dobraduras no estilo de uma flor de origami é algo muito mais complexo – além de ser mais compacto. Dessa forma, é possível acumular muito mais superfície de coleta de luz em um espaço bem menor.

Ainda assim, como os painéis solares são feitos de um material mais espesso, a solução final ainda terá que ser um pouco ajustada. Segundo Shannon Zirbel, membro da equipe responsável pelo protótipo, a versão em tamanho total da novidade poderia ser usada em satélites, ativando-se sem a assistência de um astronauta. Por fim, variações menores poderiam ser enviadas ao espaço com satélites pequenos e baratos, como os CubeSats.

Fonte:http://www.tecmundo.com.br/

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