Em viagem oficial à Espanha, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, visitou nesta sexta-feira duas empresas do país que atuam na geração de energia a partir de fontes renováveis.
Marco Maia conheceu experiências de produção de energia a partir do lixo e da radiação solar, e pretende promover um intercâmbio entre Brasil e Espanha no setor. “Vou trabalhar para a realização de um encontro entre empresários e lideranças políticas espanholas com representantes brasileiros no segundo semestre no Brasil para incentivarmos a troca de experiência entre os dois países”, declarou.
Acompanhado do 1º secretário da Mesa Diretora, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), Maia esteve pela manhã na Sener, empresa referência no setor. No centro tecnológico de Madri, o presidente da Câmara foi recebido pelo diretor-geral da empresa, Santiago Ugaldea, e conheceu o projeto de geração de energia elétrica a partir de resíduos sólidos, em particular, lixo urbano orgânico.
Durante a visita, Maia foi informado de que a usina de Bilbao, a 400km de Madri, tem capacidade para fornecer energia para 400 mil pessoas. Os espanhóis demonstraram interesse em implantar essa tecnologia no Brasil e estimam atender cidades de até 600 mil habitantes.
Para o presidente da Câmara, o conhecimento espanhol pode ser aplicado no Brasil. “Essa tecnologia pode ser muito bem aproveitada no País, tendo em vista que o lixo urbano é tido como um dos grandes problemas das grandes cidades”, afirmou Marco Maia.
Energia solar
À tarde, o presidente da Câmara visitou a usina termossolar Mancha Sol, em Alcazar de San Juan, a 150km de Madri. Essa usina produz energia elétrica a partir da radiação solar que incide no cloreto de sódio (sal de cozinha). A principal vantagem da tecnologia é não produzir resíduos.
Marco Maia mostrou disposição para ajustar a legislação a fim de incentivar o uso de energia limpa no Brasil. Ele citou o Projeto de Lei 630/03, do ex-deputado Roberto Gouveia, que cria um fundo para financiar pesquisas e incentivar a produção de energia elétrica e térmica a partir das energias solar e eólica. A proposta foi aprovada em comissão especial e, por tramitar em caráter conclusivo, deveria ter seguido para o Senado. No entanto, foi apresentado recurso para que o projeto seja votado pelo Plenário, e esse recurso ainda aguarda análise.
Studio Equinócio
Fonte: Agência Câmara