A Itália alcançou sua meta de 8 GW de energia solar, que estava prevista até o ano 2020, muito antes do tempo estipulado e reviu sua meta aumentando o valor para 30GW como dito por Fulvio Conti, diretor executivo da Enel, a maior empresa de energia na Itália e o segundo maior da Europa em capacidade instalada.
Fulvio Conti, diretor executivo da Enel, disse: “Como em 30 de junho, já havíamos ultrapassado a meta nacional de 8 gigawatts (GW), entendemos que seguindo no mesmo ritmo, estimamos que podemos chegar a 30 GW em 2020”.
A Itália importa quase 87% de sua eletricidade, devido à escassez de recursos energéticos e assim para se tornar auto-suficiente, tem de se concentrar em recursos renováveis de energia particularmente da energia solar, uma vez que recebe a luz solar em abundância. Assim, o governo começou a promover a energia solar através de diversas disposições introduzidas em 2007 e dentre estes vários incentivos o mais importante foi a tarifa prêmio ou tarifário feed-in.
Tarifa feed-in (tarifa prêmio)
O sistema de tarifas feed-in- é um mecanismo político para acelerar o crescimento no setor das energias renováveis. Elas se baseiam na oferta benefícios monetários para os produtores de energia e oferece contratos de longo prazo de forma que haja um retorno dos recursos investidos.O FiT da Itália em 2007 foi de 0,49 euros por quilowatt-hora e a partir de 2011 o valor será diminuido em fases.
Mercado Solar em Expansão
Mercado de energia solar da Itália está se expandindo com várias usinas solares sendo construidas. The Gestore Servizi Energetici, agência italiana de gerenciamento de energia, afirma que existem mais de 150 mil plantas solares na Itália e o número está aumentando de forma bastante significativa. Uma nova planta de fabricação está prevista pela Sharp tem chegado um acordo com a Enel e a ST Microelectronics para produzir módulos fotovoltaicos com uma capacidade de 160MW.
Futuro
A indústria italiana solar está seguramente caminhando em direção a paridade tarifária, onde o ponto do custo de geração de energia solar é pelo menos igual ao custo de produção do combustível fóssil e isto utilizando uma metodologia econõmica trivial ( que desconsidera todas as outras ineretens vantagens da energia solar e geração distirbuida, pois se o cálculo fosse feito corretamente, a energia solar seria ainda mais barata). Logo, os incentivos serão cortadas como já foi feito pela Alemanha, o único mercado solar que é maior do que a Itália. A redução dos incentivos não afetará o mercado de energia solar pois haverá uma enorme demanda por energia solar em breve e as empresas podem se planejar para trabalhar tranquilamente no mercado pois assim que a sociedade entender claramente os benefícios da energia solar distribuída, seu custo será incomparavelmente menor do que qualquer outra fonte de energia.
Com os preços dos combustíveis voláteis e em alta, problemas na importação de combustíveis e relações diplomáticas nem sempre adequadas, os altíssimos riscos associados à energia nuclear como comprovado na planta nuclear de Fukushima no Japão, a energia solar é certamente o caminho a seguir, especialmente para países como Itália e Alemanha que recebem a luz solar em abundância.