A Cidade Solar de Feira de Santana, com área de 1.363 km², o mapa solarimétrico revelará o valor da radiação como recurso natural comercializável e ajudará a desenvolver políticas públicas robustas para construção de um polo internacional da indústria solar.
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, estima que apenas sistemas solares instalados nos telhados das residências brasileiras poderiam gerar o equivalente a 165 gigawatts de energia (no trimestre encerrado em setembro, o consumo nacional de eletricidade alcançou 112.8 gigawatts/h). Eficiência energética limpa, de baixo carbono, foi um dos focos do Acordo de Paris, já globalmente em vigor.
Em Feira de Santana, com área de 1.363 km², o mapa solarimétrico revelará o valor da radiação como recurso natural comercializável e ajudará a desenvolver políticas públicas robustas para construção de um polo internacional da indústria solar. Como segunda maior cidade da Bahia e a maior cidade do interior das regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sul do Brasil, Feira, que tem qualidade de vida superior a 72% dos municípios brasileiros, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), está em área de incentivos fiscais da Sudene e, como cidade líder na aplicação do Acordo de Paris, atrairá inovação, ciência e tecnologia e investimentos nacionais e internacionais, influenciando toda uma região. Em poucos anos, todos os telhados de Feira serão solares.
Com uma população de 622.639 habitantes (IBGE 2016) – maior que oito capitais estaduais brasileiras – e PIB de R$ 10.8 bilhões, Feira tem um alto Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM/ONU – 0,712), é o principal centro urbano, educacional, tecnológico, econômico, imobiliário, industrial, financeiro, comercial e o maior polo logístico do interior do Nordeste. Interessados nos potenciais, cientistas da Universidade de Berkeley, na Califórnia, mediram a radiação, visitaram rios e a barragem de Pedra do Cavalo para analisar o potencial energético das algas, o lixo e o lodo que podem virar adubo, lucrativos econegócios que preservam o ambiente no ciclo da economia criativa.
* Eduardo Athayde é diretor do WWI-Worldwatch Institute no Brasil. eduathayde@gmail.com
Fonte: http://www.correio24horas.com.br/