Da Agência Ambiente Energia – Na reportagem intitulada “São Paulo faz reunião na área de energia”, publicada no dia 31 de março, houve um erro nas declarações feitas pelo professor Carlos Alberto Canesin, representante da Unesp na reunião do Conselho Estadual de Política Energia de São Paulo (CEPE). Republicamos a reportagem, reproduzindo o real teor de suas declarações sobre o potencial de energia fotovoltaica no Brasil. Na primeira edição da reportagem, o Portal Ambiente Energia utilizou informações fornecidas pela Secretaria de Energia do Estado de São Paulo.
Com a presença do governador Geraldo Alckmin (foto), o Conselho Estadual de Política Energética de São Paulo (CEPE) se reuniu pela primeira vez, na quarta-feira, 30 de março, numa conferência no Palácio dos Bandeirantes. Temas como bioenergia, cogeração de energia, energia solar fizeram parte da pauta do encontro, que também marcou o lançamento da Matriz Energética do Estado de São Paulo 2005 – 2035, uma detalhada pesquisa que vai subsidiar futuras ações e políticas estaduais na área de energia.
“São Paulo tem tamanho de país. Tem parque industrial e população de país. Temos grandes desafios. Tenho certeza de que o Conselho Estadual de Política Energética trará muitas contribuições a São Paulo e ao Brasil”, disse o governador Geraldo Alckmin, após a apresentação dos membros do CEPE.
Presidente do CEPE, José Aníbal (foto), ressaltou a importância de um fórum de discussão e de indução de políticas públicas tão qualificado e variado como o que foi instalado na manhã de hoje. “Unir personalidades de notório saber, representantes do setor produtivo, representantes do governo e dos institutos de pesquisa dá uma boa química. Uns pedem mais foco, outros mais regulamentação, outros pedem mais abertura ao Governo Federal. A demanda sobre a área energética é enorme. Isso mostra como foi oportuna a recriação da Secretaria de Energia e a instalação do Conselho.”, concluiu Aníbal, também secretário estadual de Energia e presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado de Energia
Além dos titulares das pastas citadas, o CEPE é formado por representantes da Assembleia Legislativa (Rodrigo Del Nero), das universidades públicas (Carlos Alberto Canesin/Unesp), dos institutos de pesquisa (João Fernando Gomes de Oliveira/IPT), da FIESP (Carlos Antonio Cavalcante), da FECOMÉRCIO (Sanae Murayama Saito), da FAESP (Fábio Salles Meirelles), e por quatro membros de notório saber (professor José Goldemberg, professor José Sidney Martini, professor Sérgio Bajay e professor David Zyjlbersztajn).
Na abertura da reunião, o professor José Goldemberg destacou que o planejamento energético e as diretrizes estratégicas não podem deixar de lado a questão da sustentabilidade. “Enquanto a Inglaterra cobra 16 € por tonelada emitida de CO2, o governo brasileiro isentou o IPI dos automóveis sem pedir nenhuma contrapartida ambiental das montadoras. É preciso agir”, disse. O secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, defendeu o incentivo e o desenvolvimento das pesquisas na área de energia.
O representante da Unesp, Carlos Alberto Canesin, destacou que do total de energia de origem fotovoltaica gerada no mundo, aproximadamente 50% é produzida na Alemana, e, outros 30% no Japão. Segundo ele, entretanto, o Brasil, que possui uma irradiação solar muito superior à da Alemanha, não explora ainda este tipo de energia, não incentiva seu uso, nem sequer de forma consistente para o aproveitamento da energia solar para fins de aquecimento de água, o que poderia com certeza substituir todos os chuveiros elétricos do país.
Ele ressaltou que, adicionalmente, para a conversão fotovoltaica e produção de energia elétrica, o país ainda, de fato, não incentiva o desenvolvimento tecnológico e industrial para a produção dos inversores solares que poderão ser conectados à rede de distribuição convencional de energia elétrica.
“Neste sentido, considerando-se estudos que a energia fotovoltaica será uma das energias alternativas renováveis que terá maior crescimento na matriz energética mundial no cenário 2030-2040, torna-se imperativo o seu incentivo e fomento, para que nossas indústrias dominem tal tecnologia e não sejamos importadores da mesma. Assim como a normatização e regulamentação da conexão deste tipo de gerador de energia distribuído nas redes de distribuição de energia elétrica, inclusive, e, principalmente, para conexão na baixa tensão”, comentou.
Studio Equinócio
Fonte: http://www.ambienteenergia.com.br