A energia solar nos EUA concorrerá em preço com a geração convencional de eletricidade dentro de três anos, sem subsídios, graças ao declínio nos custos, segundo líderes do setor.
O custo da energia solar na Califórnia está próximo do das usinas alimentadas a gás em horários de pico da demanda, o que será um grande avanço para a geração renovável e diminuirá a dependência em relação aos combustíveis fósseis.
O custo da energia solar caiu cerca de 60% nos últimos cinco anos, em função de avanços tecnológicos, maior eficiência na produção e a queda na margem de lucro decorrente do excesso de capacidade entre os fornecedores.
A tendência promete abrir um mercado mundial muito mais amplo, embora analistas alertem para o fato de que nem todas as empresas no setor, altamente fragmentado, serão bem-sucedidas.
A energia solar não é competitiva em todos os lugares com os combustíveis fósseis. O Departamento de Informações sobre Energia, do governo dos EUA, calcula que o custo médio da eletricidade em uma usina a gás em cerca de US$ 0,06 por quilowatt-hora (kWh), em comparação aos atuais US$ 0,21 da energia solar.
Na ensolarada região Sudoeste dos EUA, contudo, em horários de pico na demanda, a diferença é bem menor.
A First Solar, do Arizona, maior empresa de energia solar do mundo em valor de mercado, espera poder assinar contratos com as concessionárias de serviços públicos da Califórnia para vender energia por US$ 0,10 e US$ 0,12 por kWh, em linha com o custo das usinas a gás nos horários de pico.
O executivo-chefe da First Solar, Rob Gillette, disse que a empresa planeja ter esse preço cortando o custo em seus módulos de energia solar de filmes finos em 20% até 2014.
Publicado em junho 13, 2011 por outrapoliticaemsampa
Ed Crooks, Financial Times / Valor, 9 de junho de 2011