Por Vitor Abdala, da Agência Brasil – O governo fluminense encaminhou na sexta-feira, 25 de novembro, ao Fórum dos Secretários Estaduais de Energia um documento chamado Carta do Sol, que propõe medidas para estimular o aproveitamento da energia solar. Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento e Energia do Rio, Júlio Bueno, a expectativa é que os demais secretários também assinem o documento e que ele seja encaminhado ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Entre as medidas propostas estão a concessão de estímulos financeiros e tributários, desenvolvimento tecnológico e fomento da cadeia produtiva de equipamentos fotovoltaicos, como células e geradores.

Com a Carta do Sol, o governo fluminense espera que a energia solar possa ter o mesmo tratamento dado à energia eólica que, nos últimos dois anos, teve grande desenvolvimento no país depois da divulgação de um documento semelhante, a Carta dos Ventos, de 2009.

“É um documento que tem por objetivo ajudar no debate da implantação da energia solar na matriz energética. Fala sobre a criação de um mercado, a questão da regulação, o desenvolvimento tecnológico, o parque fabril e a necessária desoneração”, disse Bueno.

Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, a energia solar tem grandes chances de sucesso no Brasil, um país ensolarado e um dos maiores produtores mundiais de silício, matéria-prima para esse tipo de equipamento.

O secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o estado está se empenhando para estimular o aproveitamento de energias renováveis. O governo fluminense já publicou decreto desonerando equipamentos para produção de energia eólica e solar. Minc revelou que há, inclusive, um plano para criar dois distritos verdes no estado. Um voltado à produção de equipamentos, possivelmente em Itaguaí, na região metropolitana da capital, e outro para a pesquisa de novas tecnologias na área de energias alternativas.

Potencial – Ao ministrar a palestra “Do espaço para a Terra: a história da energia solar fotovoltaica”, que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) promoveu na semana passada, o esquisador norte-americano John Perlin, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, apresentou a energia solar como uma modalidade potencialmente vantajosa para o Brasil devido à intensa insolação. “É energia limpa, de baixo custo e cujos componentes têm um ciclo de vida longo.” Além disso, destacou a possibilidade de reciclagem do silício e os múltiplos empregos da tecnologia fotovoltaica, do setor aeroespacial à iluminação residencial, com impactos socioambientais importantes e destaque para a possibilidade de integração das comunidades isoladas.

Fonte:https://www.ambienteenergia.com.br/

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