O mercado solar térmico alemão contou com 112 mil novas instalações em 2014. Um número que, apesar de reflectir uma queda em relação ao ano anterior, é visto pelo sector como um sinal positivo, face à queda dos preços do petróleo.
As estatísticas das associações alemãs das indústrias solar, BSW-Solar, e de aquecimento, BDH, referem que aos 112 mil novos sistemas solares térmicos correspondem 900 mil m2 de nova área instalada. Os números mostram uma contracção de 11,7% relativamente a 2013, ano em que foram instalados na Alemanha 1,02 milhões de m2, segundo dados da ESTIF (Federação Europeia da Indústria Solar Térmica). O país tem agora mais de dois milhões de instalações solares térmicas em funcionamento e, em termos acumulados, totaliza 18,4 milhões m2.
Apesar da redução no mercado, as associações alemãs do sector não encaram estes números de forma negativa e consideram até uma notícia positiva, uma vez que a energia solar térmica continua a ser uma opção pertinente entre os consumidores alemães, mesmo com os preços do petróleo em baixa. “É uma afirmação notável a favor da protecção climática e da segurança de abastecimento a longo prazo. Apesar dos baixos preços de petróleo no curto prazo, o interesse das pessoas pela energia solar não diminuiu”, afirmou Carsten Grainy, director executivo da BSW-Solar. Para o responsável, investir no solar térmico é uma forma de protecção para o futuro contra as espirais repentinas dos preços do petróleo e gás.
Para o aquecimento solar, o potencial do mercado alemão é enorme, dizem as associações, já que apenas 10% das necessidades de aquecimento alemãs são satisfeitas com energia solar térmica. Estima-se que mais de dois terços dos sistemas de aquecimento instalados no país precisam de ser subtituídos e que existam três milhões de caldeiras ineficientes e desactualizadas em funcionamento.
A utilização de energia solar térmica é incentivada pelo Estado alemão no sector residencial, através de incentivos para a substituição de equipamentos convencionais e ineficientes por tecnologia solar, mas também na indústria, com apoios à instalação de sistemas solares para calor de processo.
Fonte:http://edificioseenergia.pt/