Avaliar as diversas tecnologias de conversão de energia solar fotovoltaica, para subsidiar o processo de escolha da melhor alternativa para utilização de geração elétrica em Sergipe e no nordeste brasileiro, aplicada em instalações de consumidores de pequeno e médio porte, visando à expansão da oferta de energia de menor impacto ambiental.
Esse é o objetivo da pesquisa que está sendo coordenada pelo professor Carlos Eduardo Gama da Silva, do curso técnico de Eletrotécnica do Instituto Federal de Sergipe, Campus Aracaju, que teve seu projeto aprovado, no final do ano passado, em programa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.
A pesquisa será aplicada no Campus Aracaju, por um período previsto de 18 meses e contará com auxílio financeiro do CNPq no valor de R$ 175.000,00. A primeira etapa do projeto foi iniciada nesse mês de janeiro, com o levantamento de dados e um minicurso, ministrado pelo professor da Universidade Federal de Sergipe, Milthon Serna Silva, para a equipe do projeto.
A próxima fase será a escolha dos locais onde serão instalados os sistemas fotovoltaicos e medição da irradiação solar, isolação térmica e temperatura; isso feito de acordo com melhor disponibilidade da área, com índices de irradiação solar e será feito um mapeamento da rede elétrica e da infraestrutura de acesso no momento da instalação.
Em seguida, a equipe irá selecionar e avaliar os equipamentos que serão adquiridos para compor o sistema. Quando os instrumentos estiverem instalados e funcionando, o grupo realizará avaliação diária, mensal e trimestral dos dados coletados. Será estudado o rendimento, a produção de energia e demais dados quando ligado no sistema elétrico.
O projeto é fruto de uma parceria inédita entre o Instituto Federal de Sergipe e a Universidade Federal de Sergipe, nessa área de conhecimento. O professor Carlos Henrique de Goes Siqueira, da Coordenadoria do Curso de Eletrotécnica do IFS; o professor Milthon Serna, da UFS, e os alunos Mateus Almeida Costa e Mirena Garcez Sobral Chagas, do curso técnico em Eletrotécnica do Campus Aracaju, participam da pesquisa como colaboradores.
O projeto do professor Carlos Eduardo Gama da Silva concorreu com outros 64 trabalhos de institutos federais do país, nessa área de conhecimento. Apenas oito foram aprovados pelo CNPq.
Energia solar fotovoltaica
O coordenador do projeto explica que a energia solar é uma fonte de energia inesgotável e é considerada uma alternativa energética promissora, para enfrentar os desafios da expansão da oferta de energia com menor impacto ambiental. Segundo ele, a energia solar fotovoltaica é um processo de conversão direta da energia solar em energia elétrica através de placas.
“A geração fotovoltaica está em alta no mundo. Hoje existem quatro tecnologias básicas de construção dessas placas. Nossa proposta é instalar no prédio do Campus Aracaju pequenos geradores abrangendo essas tecnologias, módulos monocristalino e policristalinos, silício amorfo e filme fino para acompanhar o processo de escolha da melhor alternativa para utilização de geração elétrica”, afirma o coordenador da pesquisa.
Dos R$ 82.000,00 para custeio, foram liberados R$ 8.000,00 que estão sendo usados na compra de software. O próximo passo será a compra dos equipamentos. A expectativa é de que essas placas sejam instaladas preferencialmente no pavilhão onde funciona a Coordenadoria de Eletrotécnica.
“A equipe fará o acompanhamento desses equipamentos para comparar as tecnologias e verificar a viabilidade técnica e econômica de cada um, concluindo qual a que mais se aplica ao clima da região”, diz professor Carlos Eduardo Gama.
Laboratório de energia solar fotovoltaica
Com o projeto, o Campus Aracaju do Instituto Federal de Sergipe ganhará um laboratório de energia solar fotovoltaica. Outro benefício é que os equipamentos vão ficar ligados em rede, contribuindo com a economia de energia comprada pela instituição. A previsão é de que o laboratório comece a funcionar dentro de oito meses.
“Todos os equipamentos, software e literatura específica, que serão adquiridos para a pesquisa, vão permanecer na escola como parte do acervo do curso técnico de Eletrotécnica, proporcionando conhecimentos aos professores e alunos. Será um legado para o IFS”, avalia Carlos Henrique, colaborador do projeto.
O grupo está motivado e espera divulgar os resultados da pesquisa em 18 meses, apontando qual a melhor tecnologia de conversão de energia solar fotovoltaica para Sergipe e a região Nordeste.
IFS – Campus Aracaju
fonte: http://www.faxaju.com.br/