A Siemens, que recentemente anunciou o fim da atuação na área de geração nuclear, está bastante atenta à movimentação em torno da energia solar no Brasil. De acordo com o responsável pela área energética no País, Newton Duarte, a companhia deve focar os pequenos projetos para dar início a um desenvolvimento nos moldes da matriz alemã.

“Vemos uma boa perspectiva no mercado brasileiro, e não em grandes projetos em GW, mas sim em pequenos residenciais e comerciais”, disse o executivo durante evento em São Paulo nesta segunda-feira (26/9). “E nosso propósito, até mundialmente, não é de desenvolver placas solares”, completou.

Segundo Duarte, equipamentos desse tipo são commodities e não valem o desenvolvimento. O especialista compara com uma situação vivida nos anos 1990. “Não podemos cair no que aconteceu com o chip de relógio. Gastamos milhões para desenvolvê-lo e depois vimos que custava meio dólar no mercado internacional”.

Nuclear
Na última semana, a sede alemã da Siemes anunciou que irá abandonar de forma definitiva os negócios na área de energia nuclear. A empresa é responsável por toda a tecnologia das plantas na Alemanha, que recentemente também decidiu por desligar gradativamente seus reatores. No Brasil, as usinas de Angra 1 e 2 também têm equipamentos Siemens.

“Deixaremos de ter envolvimento na construção de centrais nucleares e em seu financiamento. Este capítulo terminou para nós”, cravou o presidente da companhia, Petr Loscher, em entrevista à revista Der Spiegel. A companhia, agora, irá fornecer para térmicas convencionais, após tomar a postura motivada pela “posição clara adotada pela sociedade e os políticos da Alemanha”.

Fonte:http://www.jornaldaenergia.com.br/

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