Recentemente, o parlamento do Japão aprovou um poderoso programa de feed-in-tariffs (FIT) para as energias renováveis o que evidentemente coloca o país como um próximo grande mercado para o setor. A nova lei estabelece a geração de 30.000 megawatts de energia renovável ao longo dos próximos dez anos.
A política de FITs (Feed-in-tariffs) têm sido notadamente eficazes para acelerar a implantação das energias renováveis em vários países do mundo, porque permitem o planejamento de longo prazo e modelos financeiros que atraem vultosos investimentos.
As tarifas entrarão em vigor em julho de 2012 e a lei japonesa obriga as empresas de energia a comprar toda a energia produzida por projetos de energia renovável no âmbito de um contrato de 20 anos (10 anos para uso residencial). Uma característica fundamental da lei é que os detalhes do programa e sua coordenação serão definidas por uma comissão parlamentar especial, o que é um avanço já que no passado, essa responsabilidade teria caído somente sobre poderoso Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI), que está profundamente enraizado com as concessionárias de energia elétrica.
Nos primeiros dias após a crise nuclear, a maioria dos especialistas e observadores acreditava que o Japão manteria o curso da geração nuclear, que responde por 30% da geração de energia elétrica do Japão. No entanto, uma onda de indignação pública (e com muita razão) se espalhou pelo país com o acidente em Fukushima e agravou-se quando foram revelados detalhes sobre a desconforátvel relação existente entre a indústria nuclear e os reguladores de seu governo. Em uma recente pesquisa realizada no país, 85% do público manifestou apoio imediatamente pelo abandono gradual da energia nuclear. O primeiro-ministro Kan aproveitando sentimento público tratou de convencer os legisladores a aprovar a legislação da tarifa feed-in para renováveis antes de submeter sua renúncia.
A legislação deverá desencadear uma explosão de atividades empreendedoras para tirar proveito da nova política. Fabricantes de painéis solares da Sharp, Kyocera e Frontier Solar estão bem posicionadas para se beneficiar desta nova legislação bem como grandes corporações do Japão, como o Softbank, West Holdings, Tokio Marine, Mitsui and Showa Shell que avançam com planos para grandes centrais fotovoltaicas.
A moderna politica de FITS para renováveis é agora uma realidade dentro das maiores economias do mundo como Japão, China, Alemanha. A oportunidade histórica para criar uma economia robusta e verdadeiramente baseada em energias renováveis está acontecendo.