O ‘Minha Casa, Minha Vida’, programa do Governo Federal, em parceria com os estados e municípios, tem saldo positivo no Brasil, atingindo 1 milhão de moradias somente no primeiro semestre deste ano. A informação é de Hérbent Buenos Aires, superintendente regional da Caixa Econômica. Segundo ele, foram liberados pelo Governo do Estado R$ 468 milhões somente para investimento em habitação, o que fez com que o crescimento nesse segmento atingisse a marca de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O ‘Minha Casa, Minha Vida 2’ apresenta algumas mudanças em relação à primeira edição do projeto. Agora a primeira faixa de pessoas contempladas é composta por quem recebe até R$ 1,6 mil mensais; a segunda, de R$ 3,1 mil, enquanto que a terceira, R$ 5 mil. Além disso, o tamanho das residências, que antes tinham uma dimensão mínima de 35m², agora deverão ter ao menos 39m².
Para o superintendente, tais mudanças podem ser consideradas grandes avanços e permitem que se dê prioridade às famílias de baixa renda. “Com esse novo programa, há uma prioridade de sessenta por cento para as famílias de baixa renda. Além disso, todas as casas terão aquecimento solar, o que antes só existia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste”, afirmou.
Ainda segundo o superintendente, a Caixa Econômica obteve um crescimento de 36% no lucro geral, o equivalente a R$ 2,6 bilhões no semestre, o que, de acordo com Hérbent, mostra que o setor imobiliário em Alagoas foi um dos que mais cresceu no Nordeste. “O setor imobiliário em Alagoas é muito bom. Somos o segundo colocado nesse segmento. Só perdemos para o estado da Bahia”, relatou Hérbent.
Problemas
Apesar desse crescimento acelerado, o projeto ‘Minha Casa, Minha Vida’ também apresenta problemas em relação ao tempo das obras e aos sorteios realizados para a entrega das residências, como é o caso de dezenas de apartamentos construídos no bairro Santa Lúcia. Outro exemplo a ser combatido foi o desbaratado pela polícia, que prendeu pessoas acusadas de envolvimento em esquema que consistia na venda de “casas fantasmas” no interior de Alagoas.
Porém, de acordo com o superintendente, todas as reclamações devem ser encaminhadas, primeiramente, às construtoras responsáveis pelas obras, podendo a Caixa rescindir o contrato do projeto se os problemas não forem resolvidos.
“Todos os problemas devem ser apresentados à construtora. É claro que a Caixa faz o trabalho de supervisioná-las, mas cabe às construtoras resolverem os problemas. Caso elas não resolvam, podemos rescindir o contrato”, garantiu, acrescentando ainda que as residências erguidas no município de Penedo serão entregues no próximo dia 26 de agosto. “Foram sorteadas 495 unidades naquele município”, recordou ele, revelando ainda que Alagoas já reúne 50 construtoras.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com