Trabalho desenvolvido por professor do Campus Ouro Branco obtém placas com alta absorção solar e baixa emissão térmica. A tecnologia pode ser utilizada, por exemplo, no aquecimento de água para fins sanitários e na secagem de grãos.

As pesquisas desenvolvidas pelo prof. Wagner Sade, do Campus Ouro Branco, durante a produção de sua tese (ver link abaixo), deram origem a 10 publicações científicas.

Dentre elas, “The Development of Selective Surfaces of Ni-NiO by Magnetron Sputtering for Photothermal Applications” foi publicado na revista da 11ª Conferência Internacional de Materiais, no Rio de Janeiro. Esse estudo teve como coautores Gilson Ronaldo Guimarães (Redemat) e José Roberto Tavares Branco (Cetec).

Outro exemplo é o artigo “Produção de Superfícies Seletivas por Magnetron Sputtering para Aplicações Fototérmicas”, publicado na Revista Brasileira de Aplicações de Vácuo (RBAV). A publicação foi assinada também por Diego Oliveira Miranda (IFMG), Romeu Santana Jesus Santana (Cetec), Gilson Ronaldo Guimarães e José Roberto Tavares Branco.

A tecnologia

Segundo o prof. Wagner, “novas tecnologias e materiais vêm sendo desenvolvidos a fim de tornar a energia solar economicamente mais atrativa. Ela pode ser utilizada, por exemplo, no aquecimento de água para fins sanitários e na secagem de grãos, além de ter diversas aplicações nas indústrias têxteis e químicas”.

Dentro disso, materiais como o níquel e o óxido de níquel (NiO), ao serem depositados sobre o alumínio, têm atuado como superfícies seletivas. Essas superfícies funcionam como placas absorvedoras de calor dos coletores solares.

Basicamente, esse foi o trabalho desenvolvido pelo prof. Wagner. “Em escala de laboratório, produzimos filmes finos de Ni/NiO em substrato de alumínio por meio processos químicos e eletrolíticos seguidos de oxidação e por deposição física. Assim, obtivemos superfícies seletivas com alta absorção solar e baixa emissão térmica. Esse processo permite que a temperatura das placas atinga níveis maiores que 60°C”, afirma ele.

De acordo com o professor, “já existem superfícies seletivas de outros materiais com alto desempenho, porém estas placas costumam apresentar vários problemas, entre eles, a durabilidade, a resistência à umidade, adesão, o riscamento e o alto custo com as técnicas de produção. Com a versatilidade e a alta eficiência energética dessas superfícies, a produção desses coletores solares passa a ter mais interesse comercial no Brasil, onde a energia solar é tão abundante”.

Fonte:http://www.ifmg.edu.br/

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