O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, afirmou, nesta terça-feira, dia 3, que o avanço das políticas públicas de apoio à energia solar depende unicamente da demanda por parte das empresas interessadas em investir no Estado. “São Paulo já concedeu diferimento e suspensão de ICMS para a cadeia de insumos de equipamentos para aquecimento a partir de energia solar desde abril 2013. Queremos estender este benefício para os equipamentos fotovoltaicos também”, explicou o secretário para uma seleta plateia presente na abertura da conferência “Solar Power Generation Brasil”, realizada em São Paulo.
Aníbal ressaltou que o governo paulista está à disposição para dialogar com empresas que quiserem investir em São Paulo. “Queremos aumentar a interlocução da secretaria com o setor de energia solar”, disse. O secretário lembrou que a secretaria já produziu o “Levantamento do Potencial de Energia Solar Paulista”, que revelou que o Estado de São Paulo possui um potencial equivalente a geração de 12 milhões de MW hora/ano. Este volume é suficiente para abastecer 30% do consumo residencial do estado em um ano.
No momento, São Paulo possui seis usinas fotovoltaicas em funcionamento, com potencia para gerar 1.102,12 kW, o que representa 40% da capacidade instalada de todo o Brasil. Outros dois projetos, com geração de mais 850 kW estão em implantação. “O Estado de São Paulo segue fazendo sua lição de casa para atender as metas da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), que prevê a redução de 20% das emissões de gases do efeito estufa até 2020 em comparação a 2005. A expectativa é de que as energias renováveis atinjam 69% da matriz energética paulista até 2020. Em 2010, ela estava em 55,5% renovável.
Para Aníbal, os leilões de compra de energia do governo continuam sendo um obstáculo, contudo, para a energia solar. “O governo insiste em um leilão único quando ele devia ter sensibilidade para ver a dimensão do desafio da energia solar”, disse. O secretário defende a realização de leilões por fonte e por região. “São Paulo tem uma forte incidência solar e está perto do consumo. A viabilização da energia solar, assim como a eólica e a gerada por biomassa de cana-de-açúcar vai evitar a construção de grandes linhas de transmissão”, afirma.
Fonte:http://www.energia.sp.gov.br/