O governador Antonio Anastasia presidiu nesta terça-feira, 5 de feverero, no Palácio Tiradentes, a solenidade de lançamento do Atlas Solarimétrico de Minas Gerais, um dos mais importantes trabalhos desenvolvidos pela Cemig no campo energético. O objetivo é mapear o potencial energético e identificar os melhores sítios para estimular a atração e implantação de empreendimentos solares no Estado.
Este projeto é parte dos esforços do Governo de Minas para o aumento da participação da energia renovável na matriz energética mineira, em especial as alternativas solar e eólica. Foram investidos no Atlas Solarimétrico R$ 2,85 milhões. O trabalho resultou em cinco novas estações climatológicas nos municípios de Diamantina, Jaíba, Paracatu, Sete Lagoas e Uberlândia.
“Estamos apresentando um atlas que vai permitir não só que a parte técnica da Cemig, os nossos professores, as estações que estão sendo instaladas pelo Estado, fazer a pesquisa detalhada desse potencial energético, mas, o mais importante, para termos a atratividade de empreendimentos que tenham o sol como fonte energética E empresas que vão construir e melhorar a tecnologia, para transformar a luz do sol em energia”, destacou o governador.
De acordo com Anastasia, o lançamento do Atlas é mais um passo importante para consolidar o perfil de Minas como centro de produção de energia limpa no país. “Com nossa capacidade hidrelétrica, que é conhecida, com as nossas centrais hidrelétricas, com o gás, com as pequenas centrais, com a eólica, com a solar, com a biomassa, Minas Gerais tem, portanto, um perfil de energias alternativas extremamente atraentes e queremos estimular isso. Nos últimos meses, temos discutido no Brasil o tema da energia, que é fundamental, porque energia significa vida, a força motriz que vai desenvolver o Brasil e, mais do que isso, que nos dá o nosso dia a dia, a nossa vida”, completou.
Insumo para empreendimentos – Os dados provenientes das estações climatológicas, em seus primeiros dois anos de operação, serão reunidos e agrupados aos já existentes no atlas, com a finalidade de mapear mais pormenorizadamente o potencial solarimétrico de Minas. Além disso, servirão para obter a radiação direta incidente no Estado, insumo fundamental para o projeto de usinas solares. Essas informações mais detalhadas serão consolidadas no segundo volume do Atlas Solarimétrico, a ser lançado no final do projeto, dentro de 24 meses.
De acordo com o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, a empresa está se propondo a viabilizar os projetos de ligação entre esses parques solares e as linhas de distribuição mais próximas. “Queremos dotar o Estado de uma infraestrutura que se viabilize não só dentro de Minas Gerais, como dentro de nosso país. E acredito que essa ideia se torna progressivamente competitiva, inclusive com condições de ser viabilizado em residências”, afirmou.
O Governo do Estado participará ainda disponibilizando financiamentos por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e incentivos dos fundos estaduais e investindo em pesquisas por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Participaram da solenidade o vice-governador Alberto Pinto Coelho; o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Olavo Machado; e o presidente do Sistema Fecomércio e Sebrae Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, além de secretários e dirigentes de órgãos do Estado.
O Atlas – O Atlas, parte integrante do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D Cemig-Aneel, vem sendo executado pelo Centro de Capacitação, Treinamento e Cultura Terra Verde, com participação do Climatempo, da PUC-Minas, da Universidade Federal de Pernambuco e da Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas da Cemig.
Os dados preliminares desse trabalho são promissores, apontando índices de radiação solar de 5,5 a 6,5 kWh/ m²/dia em mais de metade da área do Estado, caracterizando sua adequação à implantação de empreendimentos solares. O material oferece informações solarimétricas para todos os municípios mineiros, um ranking de regiões de maior potencial, subsídios para pesquisa e desenvolvimento tecnológico, assim como implantações de empreendimentos solares.