Para distribuidora, desafio comercial é maior do que o técnico; cronograma, porém, deve ser cumprido pela empresa
Por Fabíola Binas, de São Paulo (SP)

A CPFL Energia entende que o prazo que as distribuidoras receberam para se adaptar às regras estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relação à microgeração de energia por consumidores é bastante curto frente aos desafios da tecnologia. Em abril deste ano, o órgão regulador deu 240 dias – aproximadamente oito meses – para que as concessionárias deixassem seus sistemas comerciais e técnicos prontos para receber essa microgeração.

“O desafio técnico é menor, sendo o lado comercial da microgeração mais complexo para o processo de implantação”, argumentou Vinicius Teixeira, diretor de Inovação e Transformação da CPFL Energia. Ele acrescentou, porém, que a companhia está confiante no desenvolvimento dos processos, mesmo com o cronograma “apertado”.

Durante participação na Solar Energy Conference, nesta quinta-feira (20/9), o diretor da CPFL destacou que a empresa tem investido em projetos de Pesquisa & Desenvolvimento na área solar, na busca de alternativas tecnológicas para desenvolver a fonte no Brasil.

Ele revelou que a CPFL deve inaugurar um projeto solar ainda em novembro deste ano, na comemoração de 100 anos da companhia no Brasil. “Estamos trabalhamos na microgeração, mas também estamos nos preparando para quem sabe participar de leilões fotovoltaicos no futuro”, finalizou.

Para o especialista em inovação da AES Eletropaulo Sunny Jonathan, o desenvolvimento de projetos de P&D é o melhor caminho para preparar a entrada da fonte solar no mercado brasileiro. “Antes da publicação da regulamentação pela Aneel, vínhamos trabalhando em um projeto de P&D”, afirmou, ao acrescentar que a companhia tem se preocupado em adquirir conhecimento para operar, medir e comercializar a energia proveniente da fonte solar.

Jonathan frisou que a AES segue com um planejamento estratégico sustentável na área de energia renovável. O técnico, inclusive, faz parte do grupo da empresa que desenvolve um projeto para a implantação de uma usina fotovoltaica no futuro estádio do Corinthians em Itaquera, que tem como investidor a Odebrecht Energia.

fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br

About Post Author

Deixe um Comentário