O Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) propôs à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que o Plano Decenal de Energia (PDE) 2020, versão que será publicada de forma definitiva ainda neste ano, contemple a fonte solar com 2 mil MW instalados para o final da década.

“Temos potencial para chegar em 2mil MW. A questão é estabelecer um ponto de equilíbrio entre as políticas e as necessidades do país”, afirmou o presidente do grupo, Leônidas Andrade, que cobra o planejamento do governo enquanto celebra a marca de 98 empresas já associadas à Abinee buscando alavancar a fonte na matriz nacional.

A expectativa do trabalho realizado pelo setor, levado ao público durante evento em São Paulo é que já em 2011 o Brasil tenha 5MW solares instalados. Até agora, porém, a única planta que já é realidade é a Tauá (1MW), da MPX Energia, instalada no Ceará e que anunciou recentemente um acordo com a GE para dobrar a capacidade de geração até o ano que vem.

Os outros projetos citados por Andrade são da Eletrosul (projeto Megawatt Solar, de 1MW, em instalações a serem realizadas em Florianópolis-SC, mas ainda em fase de licitação internacional) e da Cemig (planta de 3MW em Sete Lagoas-MG), unidades geradoras experimentais que ainda não estão em operação.

Depois, numa escala progressiva, a estimativa é que o País tenha 600MW solares em 2015, até chegar aos 2GW em 2020. Para o coordenador geral de fontes alterativas da área de planejamento do Ministério de Minas e Energia, Roberto Meira Junior, o segmento está cobrando isenções e incentivos por parte do governo, mas precisa entender que o Executivo está trabalhando em definições para a entrada da energia solar na matriz nacional, como o tipo de geração, por exemplo, que pode ser centralizada, distribuida ou por meio de leilões.

“As discussões sobre fotovoltaica no governo são de alto nível e envolvem todas as secretarias. São conversas com o Ministério de Ciência e Tecnologia, para ver se teremos engenheiros para trabalhar nisso, com o Ministro da Indústria e Comércio, para entendermos a cadeia produtiva, e a area de energia, para sabermos como está o sistema de transmissão, se ele irá suportar”, analisou Meira. “O portfolio de energias do governo não está fechado para nenhuma fonte”, concluiu.

Adaptado de http://www.jornaldaenergia.com.br/

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