Em Portugal, existe em média cerca de 1/4 de m2 de painel solar térmico por cada edifício. Na sua maioria, estão instalados no setor residencial em edifícios unifamiliares, já que edifícios com três ou mais alojamentos representam 8,2% do total dos edifícios do país. Não obstante, o governo decidiu lançar o Fundo de Eficiência Energética (FEE) – Edifício Eficiente 2012 – direcionado para a promoção da eficiência energética em edifícios multifamiliares existentes, através do apoio à instalação de sistemas solares térmicos.

A reabilitação e manutenção do parque edificado têm revelado um enorme potencial de crescimento face à atual conjetura de crise econômica noutras atividades de construção. Este mercado emergente permitirá alargar a atividade do setor solar térmico, pela imposição ao cumprimento do Sistema de Certificação Energética (SCE), colocando também vários desafios ao nível da integração destes sistemas.

Com vista a agilizar e uniformizar este tipo de obras de grande dimensão, estão a ser desenvolvidos trabalhos no âmbito do projeto financiado pelo programa Intelligent Energy Europe, UrbanSolPlus. Neste projeto, tendo como unidade de estudo o património edificado de Lisboa, são dissecados vários temas que no final congregam uma base de decisão para diferentes intervenientes no mercado. No que respeita a diferentes cenários possíveis de reabilitação, as intervenções mais compatíveis com a instalação de um sistema solar térmico em edifícios multifamiliares existentes situam-se ao nível da reabilitação da cobertura (plana ou inclinada); reabilitação/substituição da rede predial de água; reabilitação/substituição da rede predial de gás natural; e manutenção/intervenção no sistema de elevadores e caixa de escada.

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