Os italianos mais uma vez disseram um grande “não, obrigado” à energia nuclear pela segunda vez em um referendo nacional e o país deve agora migrar cada vez mais para as energias renováveis.

A vitória democrática respeitando a decisão do povo é uma dura repreensão ao conservador primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que tinha a insana esperança de reviver a indústria nuclear dormente no país.

Os italianos votaram em um referendo de 1987 para impedir a construção de novas usinas nucleares e o governo acatou a decisão, evidentemente.Neste segundo referendo, Berlusconi admitiu a derrota dizendo “addio” ao nuclear destacando que o país deve agora continuar desenvolver seus recursos energéticos renováveis.

O referendo italiano foi conclusivo e segue a proposta da Alemanha e da Suiça para fechar todos os seus reatores nucleares até 2022.

A Itália foi a maior economia industrial do mundo a não usar a energia nuclear nos últimos 14 anos. E felizmente continuará sendo.

Meta – 23.000 MW Solares

Enquanto o povo italiano demonstrava sua inteligência indo às urnas e vetando de forma definitiva a energia nuclear no país, o governo italiano aprovou as novas tarifas para sistemas solares fotovoltaicos indicando uma nova meta de atingir 23.000 MW até 2017.A nova meta substitui a anterior de 8.000 MW meta esta que provavelmebte será batida ainda neste ano de 2011.

No final de 2010, a Itália teve oficialmente instalada uma capacidade solar fotovoltaica total de 3.000 MW atingindo uma capacidade total de 7.000 MW.

Para efeito de comparação, a Alemanha tem uma capacidade instalada atual de 17.000 MW. Há cerca de 2.200 MW de energia solar fotovoltaica instalada nos EUA.

A Itália é atualmente o segundo maior mercado do mundo para a energia solar fotovoltaica, na sequência da Alemanha. A nova política garante que a Itália irá provavelmente manter esta posição para o futuro.


Energia solar para suprir 10% da demanda total

Sob as novas condições da política solar italiana, a nova meta de 23.000 MW poderiam gerar mais de 30 TWh por ano até 2017 e a Itália consumiu 319 TWh de eletricidade em 2010. Com isto pode-se dizer que a energia solar representará 10% do fornecimento de eletricidade da nação, o que evidencia para um potencial ainda muito maior. A energia eólica fornece atualmente cerca de 5% da oferta de energia do país.

Tarifas prémio para a energia fotovoltaica continuam a ser atrativas

Enquanto a imprensa especializada tem enfatizado que a nova política “corta” as tarifas existentes drasticamente, as tarifas prêmio da energia solar fotovoltaica continuarão a ser uma das mais elevadas da Europa principalmente quando avaliadas em relação à sua insolação mais intensa que outros páises.

Adaptado de matéria da revista Solar Today

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