Aerogeradores e placas fotovoltaicas, que produzem energia elétrica a partir da força dos ventos e da radiação solar, já mudaram a paisagem do nordeste do país, chegaram à região sul e, em breve, poderão ser vistos no cerrado brasileiro. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul é o estado com maior potencial, segundo estudos preliminares do Ministério das Minas e Energia.

O atlas do potencial eólico brasileiro indica a intensidade e os locais mais interessantes para esse tipo de exploração. Esses mapas foram traçados a partir de dados registrados por bases e torres meteorológicas. Em uma unidade instalada no norte de Mato Grosso do Sul, a velocidade dos ventos chega a 54 km/h, condição favorável à produção de eletricidade.

Na base de estudos meteorológicos instalada em Campo Grande, as informações sobre a radiação solar entusiasmaram os pesquisadores, que confirmam: Mato Grosso do Sul poderá aproveitar o sol para gerar energia em grande escala. “As latitudes de MS favorecem a utilização de energia solar, e devido às condições climáticas, algumas regiões podem ser favorecidas. Sabemos que a cobertura de nuvem de Corumbá, com relação ao estado, é um pouco menor”, afirma o doutor em física Widinei Alves Fernandes.

A implantação de parques eólicos e solares para gerar energia renovável em Mato Grosso do Sul, em escala comercial, já está em análise. Engenheiros, físicos, geógrafos e meteorologistas fazem parte do grupo de estudos técnicos coordenado pela gerência estadual de energia. “A expectativa é de fazer as instalações da parte eólica na região de São Gabriel do Oeste, Campo Grande, Sidrolândia, Maracaju e Jardim”, afirma o gerente estadual de energia, Ildo d´Oliveira Mariano

O potencial eólico e solar, aliado à posição geográfica do estado, tem despertado o interesse de grupos estrangeiros que pretendem investir nas energias renováveis. “Quase que mensalmente eles têm nos procurado, com uma série de missões, no sentido de passar informações para que eles possam gerar um projeto específico para Mato Grosso do Sul e desenvolver tanto a parte de energia eólica como solar”, diz Mariano.

Atualmente, o estado produz por mês 538 Mw de energia proveniente de hidroelétricas e biomassa, principalmente a partir do bagaço da cana. Para atender à demanda atual de 810 Mw, é preciso importar energia do sistema nacional. Sem falar nas perdas totais que chegam a 14,7%.

Fonte:http://www.jptl.com.br

Fonte: G1 MS

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